Projeto de Lei: Inclusão dos Descendentes de Portugueses sem limite de gerações

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Comentários

  • @Detto ,

    obrigada por suas palavras, não acho de maneira alguma piegas. E agradeço ao @Admin , que nos proporciona este espaço democrático, onde todos podem participar igualmente e com respeito.

    Fico feliz em encontrar aqui esta chama acesa da esperança, onde todos possam crescer juntos em direção a um mundo melhor.

  • AdminAdmin Member, Banner, Administrator, Beta

    Eu é que agradeço a vocês. Compartilho do sentimento de exasperação em relação ao momento em que vivemos, ao avanço do ódio e da ignorância intencional. E fico feliz em vem ver aqui exemplos de que ainda há motivos para ter esperança na humanidade.

  • Assinei a petição citada neste tópico e ainda enviei um e-mail pro criador da petição dando mais argumentos pra lutar pela mudança da lei.

    Sou descendente de portugueses e espanhóis mas levei 9 anos procurando pela certidão que precisava e só achei 2 meses atrás porque Portugal melhorou os serviços de digitalização de batismos antigos.

    Agora , embora ainda seja possível fazer o trâmite de ir passando de geração pra geração, corro o risco de não ter mais tempo. O processo está levando 3 anos e acabaram com a priorização automática dos idosos. Se o pior acontecer , perco a chance de pegar a cidadania.

    Por outro lado, comentei com ele que tenho o típico perfil que os países mais difíceis de obter cidadania estão procurando. Formada em ciência da computação, especialização em data science, 23 anos no mercado tecnológico e trabalhando com inteligência artificial. Sou elegível ao green card pelo visto EB2-NIW por qualificação profissional e se pagar a taxa premium chega o visto em menos de 30 dias. Com tudo isso, eu preferia ir pra Portugal pela comodidade da língua e pelo valor sentimental.

    Eles precisam sim rever essa lei e lembrar que o imigrante também pode ajudar o país.

  • @ReggyTech Que legal! Eu também enviei um email para o autor. Foi o que eu disse, temos que dar suporte com assinaturas.

  • @LeoSantos @ecoutinho Discordo de vocês. Respeitosamente. Eu vivo na europa desde 2001 e já morei em 3 países, incluíndo Portugal por duas vezes em décadas diferentes e em regiões diferentes. Além de conviver com portugueses desde quando cheguei do Brasil, na Inglaterra, o país em que eu morava. Em 2009, quando os brasileiros não sabiam nada sobre Portugal, eu com os meus 23 anos eu sabia até quem era a ministra da economia de Portugal. Minha família comprou uma casa em uma aldeia praiana do norte de Portugal e nos mudamos, vindos da Inglaterra, quando só o Algarve era famosinho e antes desse boom que veio depois. E nos últimos anos fui fazer uma pós-graduação. Há poucos anos eu vi uma matéria de um jornalista português que vive no ceara que ele comentava do desconhecimento que os brasileiros tem sobre Portugal e de como os portugueses que viajavam ao Brasil voltavam estupefatos com a falta de conhecimento por parte dos brasileiros em relação ao "país irmão". Mais recentemente saiu uma matéria parecida com estaa no diario de notícias. Quantas vezes ao longo de nossas vidas escutamos falar sobre Portugal no noticiário brasileiro? Sobre a política e tudo isso. Prova disto é que Portugal faz parte da união europeia desde 1986 (coincidentemente o ano que nasci) e muitos netos e até filhos tem ido requerer a nacionalidade apenas agora para viajar mais tranquilo. Conheci em 2016 em Lisboa uma filha de uma portuguesa que emigrou para o Brasil na década de 70 e aquela era a primeira vez que ia a Portugal. Apesar de a mesma ter me dito que já havia perdido as contas das vezes que viajou aos EUA. Ela com 39 anos havia requerido a cidadania naquela altura. Em são Paulo e Rio de Janeiro capitais as pessoas podem haver tido uma aproximação maior com portugueses imigrantes. E é importante ainda lembrar que muitos dos que foram ao Brasil nos últimos anos eram os retornados de Angola e Moçambique. Eu mesmo sou um exemplo. Sou de Belo Horizonte e a primeira vez que escutei um português falar na vida foi em uma reportagem na TV, já com os meus 13 anos de idade. E ainda me lembro de ter comentado com a minha mãe de me espantar de o haver entendido. A família do meu pai teve uma historia bastante interessante desde o século XVII, entre párocos açorianos, capitães, alferes e senhores de engenho, tanto das ilhas quanto do continente português e que eu só fui descobrir fazen uns 5 anos, depois de pesquisar minhas origens. O que estes artigos do jornal que mencionei acima diziam e que eu já sei é que a cultura portuguesa se mesclou com a brasileira, de forma que não se sabe a origem das coisas, o que faz com que a cultura italiana e a estadounidense seja a que mais interesse disperta por parte dos brasileiros. Fora os disparates do tipo dizer que feijoada foi invenção de escravos ou dizer que os pratos nordestinos, que tem sua origem no alentejo, foram trazidos da áfrica. O próprio Roberto Leal comentou isto uma vez em uma entrevista que ele deu em Portugal no início dos anos 2000. Que ele quando chegou ao Brasil ficou surpreso negativamente porque esperava encontrar Portugal no Brasil, porém não encontrou nada de Portugal, e que era bonito no Brasil ser Francês, ser Italiano, Alemão. O que sabemos que é verdade. Os vinhos portugueses que na minha humilde opinião são os melhores do mundo são pouco apreciados no Brasil. Em São Paulo eu comecei a ver vinhos normais como periquita em lugares normais em 2016. Enólogos na tv e no rádio falam basicamente de vinhos franceses e italianos. A novela Morangos com Açucar quando passou na band teve de ser dublada em "brasileiro" porque senão as pessoas não entenderiam. Apesar de os portugueses já estarem habituados com o brasileiro desde a época da Tieta :-D. Assim como eu há gente com histórias interessantes de antepassados de 7, 8 ou 9 gerações e que desconhecem o passado, e que agem como se chamassem Silva, Santos, Oliveira, Abreu por mero acaso (alguns eu tenho consciência que sim) e que uma alteração de lei assim faria com que pessoas descobrissem mais sobre a sua origem portuguesa. A nacionalidade alemã não tem limite de gerações, a italiana não tem, a austríaca não tem. Já o @eduardo_augusto está certo na colocação dele. A imensa maioria dos brasileiros foi para Portugal apenas porque ali era o único país da europa que legalizava brasileiros imediatamente, além de ser mais fácil se adaptar com a língua e por já ter uma comunidade grande. E só foi para Portugal porque não poderia ir legalmente para os EUA, Canada, Inglaterra e outros países mais. Mesmo assim os EUA contam com mais de um milhão de brasileiros, sendo que a maioria ilegal. O que é normal, visto que no Brasil desde a segunda guerra se consome basicamente cultura estadounidense, como em grande parte do planeta. A imensa maioria dos brasileiros, eu chutaria entre 70 e 80%, dos imigrantes não tem qualquer afinidade com a cultura de Portugal e só estão ali por estar. Entram e vão embora do país sem saber nem quem é o primeiro ministro ou quem foi Camões. E sendo que só ficam 5 anos a espera de obter o passaporte para irem imediatamente para outros países. Esta é a realidade. Fala aqui alguém que vai em Portugal desde 2006 e continua indo de férias praticamente todo ano visitar a família e amigos. Os próprios portugueses teem a sensação de que eles sabem sobre o Brasil e os brasileiros não sabem nada sobre Portugal. Embora as culturas sejam parecidas. Tudo isso só me faz pensar que do ponto de vista de ajudar a manter viva a cultura portuguesa e a historia antiga portuguesa no Brasil que foi se perdendo aos poucos e que ninguém irá atrás resgatar se não for por um fim próprio, como buscar a origem da família, ficará esquecido em papeis mofados em arquidioceses e arquivos públicos brasileiros que não teem condições de dar o devido cuidado aos documentos. Haja visto os incendios no museu nacional e no museu da língua portuguesa que tinham anos luz de importância que os referidos documentos. A minha opinião continua a de que uma pessoa que tem uma nacionalidade originária tem muito mais afeto pelo país e se sente um pouco pertecente. O que daria mais representatividade em Portugal, que é esquecido até na europa. O Brasil é o país que mais poderia ser aproveitado por Portugal em termos de demonstração de soft power ao longo da história e isso não acontece justamente por esse apagamento de grande parte do legado português no Brasil. O que é uma vergonha, pois até a família imperial segue ligada entre os dois países. Um país tão grande como o Brasil e que tende a ter um soft power maior nos próximos anos poderia ser muito aproveitado por Portugal. Nem os vizinhos espanhois se interessam pelo país, pois os dois tem uma espécie de competição. E já é sabido que no futuro a comunidade indiana sobrepassará a brasileira em todas as regiões. Exceto o Algarve, que tende a continuar inglês. Os brasileiros aos poucos vão buscar outros lugares para irem e até voltarem para o Brasil. Esta é a minha singela opinião. E me desculpem pelo textão, mas quis resumir tudo em um post apenas. 🇵🇹 🇵🇹 🇵🇹

  • @gero veja só: como eu já disse no meu post inicial, eu também sou favorável a concessão de cidadania sem limite de gerações. Sou bisneto de Portugueses e italianos, minha mãe deu entrada no pedido dela para também poder passar a nacionalidade para os filhos. Todas as histórias, cultura, as rodas, etc etc... estão presentes em mim, eu não me sinto nem um pouquinho menos português do que um neto ou filho. Dito isto, o que eu falei e muitos colegas concordaram é que não há clima político para fazer esse tipo de pedido neste momento. Se você discorda, tá ótimo, eu vou manter a minha opinião e tá tudo bem. Toda discordância, desde que respeitosa, ajuda a melhorar a experiência de todos e é bem vinda neste fórum. E quero deixar mencionado também que achei muito bacana a participação de vários colegas aqui que muito respeito, como.

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