Para pedido de cidadania eu posso enviar copia simples do português?

Seguinte, a minha mãe quer tirar a cidadania mas o avô dela que é o português nasceu em 1891, logo só tem a certidão de batismo (que já temos ela em mãos e certificada na forma narrativa). A minha dúvida é que nessa certidão os nomes estão:

mãe: Anna Iria

pai: José Agostinho Pereira

filho (avó da minha mãe): José Maria

No passaporte estão listados os mesmos dados e diz que ele tirou para vir para o brasil. Além disso, tem a assinatura dele. No entanto, na certidão de nascimento do filho dele (pai da minha mãe) em que ele foi o declarante e o fez na semana em que ele nasceu, estão as seguintes informações:

avô: José Agostinho Pereira

avó: Anna Iria da Silva Pereira

pai: José Maria Pereira

filho : Wilson dos Santos Pereira

Nesta certidão só diz que o José Maria Pereira era "portugues, digo, brasileiro naturalizado" e que os avós da criança moravam em Portugal.

Dúvidas:

1) Preciso enviar cópia do passaporte junto com a documentação? Porque lá pelo menos mostra a assinatura (para conferir com a que consta na certidão de nascimento do filho), que ele estava vindo para o Brasil e o nome dos pais como está na certidão de batismo dele. Se sim, precisa apostilar mesmo sendo um documento portugues?

2) Preciso averbar casamento e óbito do filho dele (o filho do portugues) mesmo este tendo sido o declarante da minha mãe? A minha mãe tirou a certidão de nascimento com 10 anos de idade e os pais não se casaram porque ele tinha casado antes e na época não existia divorcio. Mas ele foi o declarante dela.


Obrigada desde já por toda a ajuda!

Comentários

  • editado July 2023

    @silsant

    A documentação requerida para processos de neto:

    https://forum.cidadaniaportuguesa.com/discussion/21965/lista-basica-de-documentos-para-atribuicao-de-netos-1d#latest


    Mas ele era brasileiro naturalizado? está averbado?

    Coloque o documento do português aqui

  • @mabego Sim ele se naturalizou em 1920 conforme documento:


  • @mabego Quanto a documentação necessária eu sei qual é e já estou indo atrás, a minha duvida é em relação a essas adições de sobrenomes depois que ele chegou ao Brasil, tenho medo deles não aceitarem por isso ou pensarem que se trata de duas pessoas diferentes. Por isso surgiu a ideia de enviar junto a cópia do passaporte, mas não sei se é adequado entende? por isso estou perguntando no forum

  • @silsant

    como está o assento de baptismo dele? tem a averbação da naturalização?

    @Destefano @CarlosASP

  • @silsant

    O PT batizado como Jose Maria aparece como Jose Maria Pereira no nascimento do filho BR. Sem problemas, pois ele pegou sobrenome do pai. Pelo que entendi, no passaporte ele também aparece como Jose Maria Pereira, confirmando que esse foi o nome completo que ele fixou na idade adulta. O passaporte (se vier direto do Arquivo Distrital) serve sim como prova da fixação do nome dele na idade adulta. Ou o casamento dele.

    Nesse batismo dele, como estão os nomes dos avós maternos? Alguém tem Silva no sobrenome? Isso mostraria a origem do Silva no caso da Anna Iria. Se tiver, eu não me preocuparia muito.

    E, no batismo PT dele, suponho que não exista anotação de naturalização BR.

  • @mabego Não tem nada averbado no assento dele, inclusive recebi hoje pelo correio

  • @CarlosASP No passaporte ele só assina como José Maria (sem o Pereira). Mas mostra de onde ele é e a mesma filiação que consta no assento de batismo, além da assinatura. E esse passaporte consegui no processo de naturalização dele então não veio direto do Arquivo Distrital, tem problema?

    Na família dele não tem ninguém com Silva e do lado dela eu não achei nenhuma outra documentação... esse Silva só aparece depois que ele se mudou para o Brasil, na certidão de nascimento do filho.

    Ele passou a adotar o sobrenome no processo de naturalização. Ainda não tenho a certidão de casamento mas já sei em qual cartório ela esta. Acha melhor colocar a certidão de casamento ao invés do passaporte? Mas nesse caso teria que ser transcrito? A esposa era brasileira

    Segue o passaporte e o RG dele:


  • @CarlosASP O nome dos pais da Anna Iria são: Gonçalo Antonio Marques e Maria Volante.

    No passaporte do José Maria o nome dela aparece só Anna Iria, já no RG dele aparece Anna Iria da Silva e na certidão de nascimento do filho dele e processo de naturalização aparece Anna Iria da Silva Pereira... ele só vai acrescentando nomes nela, ai não sei se poderia dar problema lá na frente isso... e também não sei como o nome dela está na certidão de casamento... Por isso falei das assinaturas, porque olhando tem como perceber que era a mesma caligrafia e que era ele.

  • @silsant

    veja o nome dos bisavós dele... se consta o Silva

  • @mabego Os Silva que tem achei distante e eu só tenho registrado em documento comigo até os que constam na certidão de batismo dele (José Maria). Segue Print da arvore genealógica, os marcados em amarelo são os que tem "da Silva" no sobrenome. Mas essa parte da árvore é a sugerida pelo Family Search, eu nem tenho certeza se é mesmo ou não .... O site só me deixa ver até a certidão dos pais dele


  • editado July 2023

    @silsant

    Procure diretamente no tombo o assento de batismo de Anna Iria ; lá deve constar os avós maternos dela. O que interessa aqui é o Domingos Jose da Silva - ele que daria uma explicação para o Silva na Anna Iria.

    Se não souber onde e quando ela nasceu, vá indo para trás nos eventos da vida dela. No batismo do filho Jose Maria deve dizer onde ela nasceu e onde se casou ("recebidos" que dizer "se casaram").

    Depois ache o casamento dela - pois o casamento em geral diz a idade dos nubentes. Com isso, fica mais fácil procurar no livro de batismo da freguesia dela.

    https://tombo.pt/

  • @CarlosASP Felizmente eu já sei onde ela nasceu e se casou, pois como você disse consta da certidão no José Maria, mas não sei a data exata


    Pergunta, você acha que eu teria que ir primeiro atrás do assento dela pra só depois iniciar o processo da minha mãe? Ou se for pra primeiro achar o assento dela, eu teria que o anexar a documentação da minha mãe é isso?

    Ainda não pedi a certidão de casamento (no Brasil com brasileira) do José Maria mas lá também pode constar o nome da Anna Iria da Silva. Eu poderia usar essa certidão?

    Se eu enviar só a documentação pedida para netos como está no forum, sem complementação do nome dela vocês acham que cairia em exigência?

    Qualquer direcionamento já me ajudaria muito, Obrigada =D

  • @silsant

    Aí é questão de como você prefere fazer para lidar com a questão de uma possível exigência de explicação da origem do nome Silva,

    As exigências são feitas na fase 4 do processo. Ou seja, se mandar o processo de sua mãe hoje (processo de neta 1D), isso poderia acontecer daqui a 1-2 anos. Tem gente que prefere ter tudo já na mão antes de mandar o processo; outros mandam o processo e nesse meio tempo vão buscando mais documentos caso haja a tal exigência.

    Não adianta usar documentos BR para explicar o nome de Anna Iria. Tem que ser um documento PT.

    Você tem que pensar assim: são 3 certidões de nascimento (batismo) que tem que apresentar no processo: da requerente (sua mãe), do progenitor dela que é descendente do PT; e do antepassado PT (no caso, o Jose Maria). Todos os nomes de pessoas que constam nessas certidões tem que bater entre eles; quando não batem, há chances de cair em exigência. E, quando há exigência, precisa de argumentos para responder.

    No seu caso, já ficou determinado que o nome da Anna Iria não bate entre as certidões BR e PT. Por isso, as pessoas estão tentando te ajudar a mostrar a origem do nome Silva, para você ter uma explicação caso isso caia em exigência. A explicação é que o nome vem do avô da Iria, o Domingos. Se no batismo dela constar o nome do avô com Silva, essa seria a explicação a dar - e a prova o batismo da Anna Iria.

    Siga as instruções do comentário anterior para tentar chegar no batismo de Anna Iria, onde deveria constar o nome completo de seu avô Domingos:

    https://tombo.pt/f/mrs03#BIRT

  • @CarlosASP Nossa, muito obrigada pela explicação! Da forma como você explicou a linha de raciocínio ficou muito claro pra mim o que eu preciso fazer agora. Obrigada!

  • @CarlosASP @mabego Gente, muito obrigada pelos esclarecimento e disponibilidade para me ajudar. Eu não tenho pratica com esse tipo de processo, mas agora graças ao direcionamento de vocês eu já que caminho seguir e se deus quiser vai dar tudo certo. Valeu!

  • @CarlosASP @mabego @Destefano Oie de novo! Achei a certidão de batismo da Anna Iria onde conta que a avó materna se chamava Mariana da Silva. Seria possível ela ter usado o sobrenome da avó? Na certidão de nascimento e de casamento não tem o da Silva.

    O assento de batismo dela e casamento:

    A arvore da Anna Iria e do marido José Agostinho Pereira:


  • @silsant

    existe de tudo em Portugal, entre os portugueses.

    Já ví Português que adicionou como apelido o nome do navio que veio para o Brasil: Ressurreição.


    Achavam que era a festa do caqui.

    Em um momento colocavam um apelido, em outro adicionavam mais um... lembrando de um avô ou trisavô. E assim vai.

    Adicionavam o que queriam... até do lugar que moravam (caso do meu avô).

    resultado: agora... temos que correr atrás para arrumar a confusão, e tentar alinhar tudo.

    Esse "da Silva", se está documentado como apelido de algum parente ou padrinho/madrinha... está justificado.

    Se na documentação a ser enviada, aparece essa comprovação deste "da Silva", fique sossegado, porém de sobreaviso.

    O conservador pode acatar como normal (e os costumes por lá eram assim). Mas vai da rigorosidade do conservador.

    o que vc acha @CarlosASP

  • @silsant @mabego

    Eu acho que fica explicado pela "avoenga" da Anna Iria a razão de aparecer o Silva.

    Existia sim essa inconstância do uso de nomes; em alguns documentos eles mencionavam a pessoa de um jeito; em outros a mesma pessoa já aparecia de outro.

    Se em algum momento receber um questionamento da origem do nome Silva, eu simplesmente mandaria o batismo da Anna Iria e ressaltaria que vem de sua avó materna Mariana da Silva.

    Como dito, cada conservador tem um jeito de olhar processos. O meu processo (como filho) tinha algo parecido e foi aprovado sem exigências. No nome de minha avó materna no meu nascimento aparecia um segundo prenome (que ela usava na prática - mas não constava nos outros documentos - por exemplo, nem no nascimento ou casamento de minha mãe). Eu acho que, para esse conservador, ficou claro pelo conjunto de todos os nomes das pessoas envolvidas que não havia dúvidas que eram as mesmas pessoas. É o que eu chamo o "conjunto da obra" dar segurança ao conservador disso. No meu caso, haviam alguns nomes e sobrenomes incomuns (inclusive uns não portugueses), o que realmente diminuia muito a chance de ter homônimos. Acho que poderia ser diferente se todo mundo se chamasse apenas Maria dos Santos e José de Souza ou coisa do tipo.

    Só para você saber, até hoje em dia os portugueses podem usar qualquer sobrenome de avós, ou mesmo bisavós (desde que consigam comprovar a origem) ao registrar os seus filhos - mesmo que os pais em si não tenham esse sobrenome; o trecho abaixo vem do site do próprio IRN:

    Como escolher os apelidos?

    Os apelidos estabelecem a ligação à família a que a criança pertence. 

    • em regra, são escolhidos de entre os apelidos de ambos os pais, mas podem ser de apenas de um
    • também podem ser escolhidos apelidos que pertencem aos antepassados (avós, bisavós). Neste caso, e se não fizerem parte dos apelidos dos pais, é preciso fazer prova
    • se houver apelidos iguais, do pai e da mãe, estes podem ser repetidos de forma seguida ou intercalada
    • podem ser adicionados ou eliminados elementos de ligação (de, da, do, e)
    • podem conter palavras que, normalmente, correspondem a nomes próprios, desde que essas palavras façam parte dos apelidos dos pais
    • no máximo podem ser escolhidos quatro apelidos (vocábulos simples ou compostos)
    • a ordem dos apelidos na composição do nome não obedece a nenhuma regra


  • @mabego Nossa, mas que confusão, nunca imaginaria isso 😅

    Bom menos mal então, espero não ter problemas.

    Última pergunta, recomenda eu enviar o assento de batismo dela logo ou envio a documentação exigida para netos normal e só caso eles pedirem eu envio ?

  • @silsant

    envie o requerida na lista.

    Eu enviaria sim... para comprovar o Silva.

  • @CarlosASP @mabego Muito obrigada pelas explicações e paciência, vocês me ajudaram demais <3

    Agora me sinto bem mais segura para iniciar o processo da minha mãe e posteriormente o meu. Vou pedir o assento dela e juntar com o restante dos documentos requeridos na lista e enviar, espero que dê tudo certo! Muito muito obrigada!!!

  • @mabego

    Só para você saber, até hoje em dia os portugueses podem usar qualquer sobrenome de avós, ou mesmo bisavós (desde que consigam comprovar a origem) ao registrar os seus filhos - mesmo que os pais em si não tenham esse sobrenome; o trecho abaixo vem do site do próprio IRN:

    Agora nós brasileiros também podemos… inclusive incluí-los posteriormente após q maioridade, diretamente em cartório (nova redação do art 57 da Lei 6015/73) 😃

  • @AlanNogueira Quando estava pesquisando sobre "avoenga" depois do comentário do @mabego eu achei essa informação também! Achei interessante até, e também descobrir que no processo de atribuição de nacionalidade a gente também pode mudar o nome, tipo ter um nome em Portugal e outro no Brasil porque estaríamos "nascendo" de novo. Mas sinceramente fico pensando se não pode causar alguma confusão no futuro... principalmente em caso de mulheres, porque geralmente mudam mais de nome devido a casamento etc...

  • editado July 2023

    @silsant pessoalmente não mudaria o meu nome (incluindo sobrenomes familiares), não recomendo nem as mulheres a mudarem seus nomes no casamento como é/foi “tradição” pois isso dá muito trabalho depois… mas tem pessoas que tem o “sonho” de poder usar como seu algum sobrenome familiar que eventualmente não receberam quando nasceram e para esses casos é muito válido a pessoa poder alterar.

    Já vi gente que se sentia “excluída” da família com quem mais convivia por não ter o mesmo sobrenome e incluiu para ter este sentimento de pertencimento. Já vi outros que tinham um nome muito comum, com vários homônimos, que incluíram para sair dessa situação que as vezes lhes trazia problemas… e já vi gente que simplesmente queria “ostentar” um sobrenome estrangeiro “chic” que foi lá 3 gerações atrás, achou algum em sua árvore e resolveu utilizar… tem de tudo… importante é cada um ser feliz com suas escolhas 😃

  • @AlanNogueira Realmente, eu não tinha pensado sobre essas possibilidades mas faz total sentido

    Como você disse o m ais importante é realmente a pessoa se sentir bem com o seu novo nome 😊

  • @AlanNogueira @mabego @CarlosASP @Destefano

    Oi gente! sou eu de novo rs

    Já estou com toda a documentação e me surgiu uma dúvida, quando uma certidão reprográfica é difícil de ler se envia também a digitada certo? Nesse caso precisa apostilar a certidão reprográfica e a digitada? Olhei no fórum e no fixado para processos de netos e não achei resposta

  • @silsant


    A orientação é que não precisa apostilar, pois é um documento "de apoio". Maaaas, como a gente nunca sabe na mão de qual conservador vai cair, quando eu mandei os meus documentos, mandei tudo apostilado. Gastei um pouco mais, mas fiquei tranquilo.

  • @eduardo_augusto Vou fazer assim também então, obrigada eduardo =D

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