Busca pelo assento de batismo do meu bisavô - Tocha | Cantanhede
Bom dia a todos.
Há anos procuro pelo assento de batismo do meu bisavô. Encontrei assentos dos irmãos, dos pais, dos avós, mas infelizmente dele não consigo encontrar.
O nome dele é ANTONIO JORGE PATRICIO
Filho de José Jorge Patrício e Ana Izabelina Jorge Patricio
Nascido na freguesia da Tocha, Cantanhede, Coimbra
O ano de nascimento não é exato, pois em alguns documentos cita 1864 e outro 1868, em 25 de março.
Tenho uma árvore enorme da família no site Familysearch, com muitas informações, e gostaria se possível de uma ajuda extra para encontrar esse documento em específico.
Muito obrigado.
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Comentários
@rpatricio
De onde vem a informação que nasceu em Tocha?
Se você já revirou os livros de Tocha e não achou, pode ser daqueles casos onde a família viveu um tempo em outra freguesia, teve alguns filhos lá e depois voltou para a original. Outro dia vi um assim, tinham uns 10 filhos e somente 2 do meio haviam nascido em outro lugar. Como isso aconteceu quando eram pequenos, às vezes a própria pessoa nem tinha muita consciência que havia sido batizada em outro lugar.
Olhei essa árvore abaixo e tem uma lacuna entre a Maria (1863) e Anna (1870) que pelo visto você achou os batismos em Tocha mesmo:
https://www.familysearch.org/tree/person/details/GFW6-KW1
A sugestão é ir olhando no mapa as freguesias vizinhas (algumas podem já ser de outro concelho):
Concelho de Cantanhede:
https://geneall.net/pt/mapa/91/cantanhede/
Distrito de Coimbra:
https://geneall.net/pt/mapa/6/coimbra/
Bom dia @CarlosASP
Primeiramente, muito obrigado pelo seu contato/comentário.
A informação de que ele nasceu na Tocha, está nas certidões de casamento e óbito, emitidas no Brasil. Entretanto quando iniciei as buscas, pude encontrar os assentos dos irmão e dos pais nessa freguesia, o que vinha a confirmar essa informação. Mas infelizmente não é o se apresenta.
Confesso que já fiz buscas e continuo fazendo, nas freguesias ao redor da Tocha e torço muito para encontrar.
O que eu já encontrei foi toda documentação de um passaporte emitido em 1911, quando ele fazia a terceira viagem entre Portugal e Brasil. Nessa documentação consta uma declaração do Pároco da Tocha, alegando não ter encontrado o assento de batismo dele nos livros, e por isso juntamente com mais 2 testemunhas, davam fé do nascimento dele naquela freguesia no ano de 1864. (anexo)
Enfim, continuo na busca.
Se alguém tiver mais alguma sugestão para o caso, será muito bem vinda.
Obrigado.
Bom dia @CarlosASP
Primeiramente, muito obrigado pelo seu contato/comentário.
A informação de que ele nasceu na Tocha, está nas certidões de casamento e óbito, emitidas no Brasil. Entretanto quando iniciei as buscas, pude encontrar os assentos dos irmão e dos pais nessa freguesia, o que vinha a confirmar essa informação. Mas infelizmente não é o se apresenta.
Confesso que já fiz buscas e continuo fazendo, nas freguesias ao redor da Tocha e torço muito para encontrar.
O que eu já encontrei foi toda documentação de um passaporte emitido em 1911, quando ele fazia a terceira viagem entre Portugal e Brasil. Nessa documentação consta uma declaração do Pároco da Tocha, alegando não ter encontrado o assento de batismo dele nos livros, e por isso juntamente com mais 2 testemunhas, davam fé do nascimento dele naquela freguesia no ano de 1864. (anexo)
Enfim, continuo na busca.
Se alguém tiver mais alguma sugestão para o caso, será muito bem vinda.
Obrigado.
@rpatricio
Acho que esse é o caso de pedir ajuda aos "universitários". @mabego @texaslady @eduardo_augusto @Destefano
Você tem o passaporte resultante desse processo? Foi emitido?
Tem os outros dois passaportes anteriores ou o registro deles?
Se tiver, na minha visão você tem um documento oficial PT (o processo de passaporte), que implica que o governo PT na época aceitou a justificativa do pároco de Tocha dizendo que sim, ele nasceu na paróquia "segundo pessoas fidedignas" mas não se acha o assento.
Na minha cabeça. isso meio que diz que PT aceitou na época que "não existe o batismo" e reconheceu a nacionalidade. Na falta de um assento de batismo, tentaria instruir o pedido com esse processo, o registro da emissão do passaporte em si e uma explicação.
Vamos ver o que outros acham do caso
@CarlosASP @rpatricio @mabego @texaslady @Destefano
Não me recordo de nenhum caso similar aqui no Fórum. Se o @rpatricio encontrar os processos dos dois passaportes anteriores e ambos tiverem a mesma declaração do pároco, eu ficaria mais tranquilo.
Mas concordo com o @CarlosASP , se o Governo Português emitiu o passaporte com base na declaração do pároco, então o governo reconheceu que o Antonio era, de fato, português.
Vejo três possibilidades:
1) Obter a cópia certificada do processo do passaporte, assim "oficializando" esses documentos (não sei como faze-lo, é pelo próprio CESEPE?), juntar o restante dos documentos, escrever um requerimento bem convincente explicando a situação, e submeter o pedido de nacionalidade - assumindo aqui que não terá outras complicações como transcrever casamento, etc.;
2) Entrar em contato com o respectivo arquivo distrital ou com o IRN (eu o faria com uma carta - papel sempre dá um aspecto mais "formal"), enviando uma cópia do processo de passaporte e explicando a situação. Em seguida perguntaria se é possível, com base no processo de passaporte, "reconstituir" o registro de nascimento do Antonio. Leia o Código de Registro Civil de Portugal e use como argumento;
3) Sabendo que esse foi o terceiro passaporte, procurar os processos dos anteriores e torcer para encontrar o registro de nascimento!
Importante: O Código de Registro Civil de Portugal prevê a "reconstituição" de registros Vale a pena a leitura.
@rpatricio
Esse documento do passaporte é um forte indício de que de fato não deve existir esse assento. Não creio (porém posso estar enganado) que apenas o processo de passaporte com essa declaração será suficiente para o processo de nacionalidade, que exige o assento de baptismo/nascimento, pois geralmente eles são bastante estritos na análise.
Sugiro que peça o processo deste passaporte no CRAV de forma “certificada” e estude a alternativa de fazer a constituição desse registro, creio que seja a forma mais segura para seu caso.
É um caminho mais longo porém deve dar certo ao final!!!
@rpatricio
concordo com o @AlanNogueira ... esta documentação é suficiente, mas deve estar certificada pelo CRAV.
Boa tarde a todos!
@eduardo_augusto @CarlosASP@mabego @CarlosASP @AlanNogueira muito obrigado pelas orientações e informações. São de grande valia. Farei a lição de casa, de ler Código de Registro Civil de Portugal sobre a questão da reconstituição de registros.
Por gentileza, sabem confirmar se o documento anexo é o passaporte emitido na época? (Registro 2879)
Estou buscando o processo dos outros dois passaportes também.
Ah, tenho uma outra informação, porém não encontrei o documento. No verso da certidão de óbito dele consta a seguinte nota:
"Natural de Portugal, com permanência legal no Pais, conforme certidão nº450 do Registro de Estrangeiros da Delegacia de Policia desta cidade"
Será que isso ajuda mais um pouco? rs
Abraço a todos.!
@rpatricio o documento que enviou por último é a imagem da folha do livro de registro de passaporte dele. Para obter o passaporte eles apresentavam vários documentos (que formavam o processo de passaporte) e após deferido o passaporte era emitido e registrado neste livro.
@rpatricio
Sim, esse é o registro que mostra que o passaporte do processo (que você já havia anexado) foi concedido. Ou seja, na época PT reconheceu que ele era PT baseado nos documentos apresentados no processo.
Como informado aqui, tem que obter esses documentos certificados (via CRAV) para eles terem valor em PT. Tanto o processo como o registro do passaporte. Os dois juntos mostram como e por que PT reconheceu que a pessoa era PT.
https://forum.cidadaniaportuguesa.com/discussion/22851/como-pedir-documentos-nos-arquivos-distritais-pelo-crav
O resto em si - qual a maneira de proceder nesse caso específico para obter nacionalidade - foi discutido acima. Não é um caso "comum", então vai exigir alguma imaginação para achar a melhor solução, Diferentes pessoas podem ter avaliações diferentes. No fim, cabe a você avaliar qual o "grau de risco" em cada caminho - e quanto de risco está disposto a assumir.
Não sou muito de sair recomendando uso de advogados para conseguir nacionalidade, mas esse caso pode ser um onde o conhecimento "feijão com arroz" não seja suficiente para montar um processo com boas chances de sucesso. Mas muito cuidado na escolha de um; o que não falta é picareta que nada mais é que um "despachante de luxo" (onde o cliente faz todo o trabalho e ele só encaminha o resultado para o IRN...). Teria que ser um advogado que realmente entenda a legislação de nacionalidade e registros em PT a fundo e saiba como buscar soluções. Não conheço nenhum e o fórum também não indica ninguém. Teria que buscar por outros meio e fazer sua triagem.
Acho que o que consta no óbito não acrescenta muito, pois é um documento BR (serviria apenas na etapa de busca de informações, pois te apontava para PT). O que precisa são documentos PT mostrando que PT reconheceu a pessoa como PT.
@rpatricio @CarlosASP
Registro de Estrangeiro! Ótimo. Você inclusive tem o número!
Via Arquivo Nacional, você pode também solicitar o processo desse Registro, se estiver disponível.
Talvez encontre mais alguma informação relevante. Boa sorte!