Distrito da Guarda - Celorico da Beira - Sem certidão de nascimento e poucos dados dos avós
Bruno Patricio
Member
Boa tarde a todos. Meu nome é Bruno Patricio Silva (adivinhem a origem do Patricio? Rs..).
Já li há um tempo praticamente todo o material permanente do portal e também muitos casos, dúvidas e relatos aqui no fórum.
Assim, venho pedir encarecidamente a ajuda de quem puder auxiliar (Mariza Guerra, Guilherme Moreira dos Santos e Cia.?).
Sou neto de avós maternos portugueses já falecidos aqui (ambos originários da Serra da Estrela e que vieram a se encontrar no Brasil). Acredito que o caminho mais adequado (não sujeito a negativas) para conseguir o meu passaporte português seria a ATRIBUIÇÃO para minha mãe e, na sequência, a atribuição para mim e para meu único irmão (também interessado).
Enfrento, contudo, um problema logo de saída. Na certidão de nascimento de inteiro teor da minha mãe brasileira, meu avô é o declarante qualificado sucintamente como brasileiro naturalizado (sem especificar Portugal) e minha avó como portuguesa.
Pensei em tentar a atribuição a partir da mãe dela (minha avó), pois não temos a certidão de nascimento de nenhum dos dois avós e, da minha avó, só tenho o número de registro de estrangeiro do governo brasileiro e o PDF do documento histórico “Ficha Consular de Qualificação da República dos Estados Unidos do Brasil” (quando da entrada dela aqui).
Entre os (poucos) dados que possuo deles cito:
(AVÔ)
ALBERTINO PATRICIO
Local de nascimento: SERRA DA ESTRELA (sei que isso é insuficiente, pois a Serra da Estrela está 85% na Guarda e 15% em Castelo Branco... São muitas possibilidades)
DATA NASC: 12/05/1904;
MÃE: MARIA JOSÉ FERREIRA; Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
PAI: JOSÉ MARIA PATRICIO, Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
(AVÓ; tenho mais esperança de conseguir algo por ela)
MARIA DE JESUS DIAS
DISTRITO DA GUARDA /CELORICO DA BEIRA; DATA NASC: 28/05/1924
MÃE: NORBERTA DIAS DA FONSECA, Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
PAI: MANOEL MATHEUS, Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
Na FICHA CONSULAR DE QUALIFICAÇÃO dela:
Nome por extenso: Maria de Jesus Dias
Lugar e data de nascimento: Guarda, 28/05/1924
Nacionalidade: Portuguesa
Estado Civil: Solteira
Filiação: Manoel Mateus e Norberta Dias
Passaporte n° 160 expedido pelas autoridades de Govêrno Civil de Lisbôa na data 1-2-1939 visado sob o n° 285.
Consulado Geral do Brasil em Lisbôa, 6 de fevereiro de 1939.
Assim, considerei tentar a certidão de nascimento dela, por: (i) ser menos de 100 anos antiga (ele é de 1924), (ii) ela não ter sido naturalizada, (iii) os dados dele serem tão escassos e vagos que não me permitam buscar o documento.
Não sei se só a certidão de nascimento dela (sem a dele) será suficiente. O casamento deles se deu no Brasil e não foi averbado no registro português (não tenho a certidão, estou correndo atrás), tampouco os óbitos também ocorridos aqui o foram.
Entrei na página da Conservatória do Registro Civil de Celorico da Beira (site do Arquivo Distrital da Guarda) e, ao consultar os Extratos de Registros de Nascimento de Celorico da Beira (1911/1977), constato que para o ano de 1924 não há documentos digitalizados. Os dados que aparecem são:
“Extratos de Registos de Nascimentos de Celorico da Beira
Nível de descrição
Documento composto
Código de referência
PT/ADGRD/RC/CRCCLB/006/00014
Tipo de título
Controlado
Datas de produção
1924 a 1924
Dimensão e suporte
1 liv.
Cota atual
I-AK-2.5
Idioma e escrita
Português”
Assim, pergunto:
Tem como obter a certidão de nascimento da minha avó pedindo on-line ao Arquivo Distrital da Guarda com os dados que possuo? Estou no caminho certo? Terei que necessariamente averbar o casamento e o óbito dos meus avós para o processo de atribuição da minha mãe (e, posteriormente, o meu)?
Se eu, por sorte, conseguir a atribuição da minha mãe e a minha, como ficam a minha esposa e minhas filhas (bisnetas) de 03 e 07 anos de idade atualmente? Elas ainda possuem algum direito? (Acho que por serem menores ainda dá, mas não lembro ao certo)
Estou quase desistindo… Por gentileza, agradeceria imensamente qualquer ajuda. Não sei se a Guerreira Mariza ou o Santo Guilherme poderiam dar algum norte.
Abraços cordiais a todos, de mais um "patrício" em busca da cidadania da "Terrinha".
Não achei nada no familysearch.org.
Já li há um tempo praticamente todo o material permanente do portal e também muitos casos, dúvidas e relatos aqui no fórum.
Assim, venho pedir encarecidamente a ajuda de quem puder auxiliar (Mariza Guerra, Guilherme Moreira dos Santos e Cia.?).
Sou neto de avós maternos portugueses já falecidos aqui (ambos originários da Serra da Estrela e que vieram a se encontrar no Brasil). Acredito que o caminho mais adequado (não sujeito a negativas) para conseguir o meu passaporte português seria a ATRIBUIÇÃO para minha mãe e, na sequência, a atribuição para mim e para meu único irmão (também interessado).
Enfrento, contudo, um problema logo de saída. Na certidão de nascimento de inteiro teor da minha mãe brasileira, meu avô é o declarante qualificado sucintamente como brasileiro naturalizado (sem especificar Portugal) e minha avó como portuguesa.
Pensei em tentar a atribuição a partir da mãe dela (minha avó), pois não temos a certidão de nascimento de nenhum dos dois avós e, da minha avó, só tenho o número de registro de estrangeiro do governo brasileiro e o PDF do documento histórico “Ficha Consular de Qualificação da República dos Estados Unidos do Brasil” (quando da entrada dela aqui).
Entre os (poucos) dados que possuo deles cito:
(AVÔ)
ALBERTINO PATRICIO
Local de nascimento: SERRA DA ESTRELA (sei que isso é insuficiente, pois a Serra da Estrela está 85% na Guarda e 15% em Castelo Branco... São muitas possibilidades)
DATA NASC: 12/05/1904;
MÃE: MARIA JOSÉ FERREIRA; Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
PAI: JOSÉ MARIA PATRICIO, Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
(AVÓ; tenho mais esperança de conseguir algo por ela)
MARIA DE JESUS DIAS
DISTRITO DA GUARDA /CELORICO DA BEIRA; DATA NASC: 28/05/1924
MÃE: NORBERTA DIAS DA FONSECA, Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
PAI: MANOEL MATHEUS, Freguesia/Município:?, Concelho/Estado: ?, País: Portugal.
Na FICHA CONSULAR DE QUALIFICAÇÃO dela:
Nome por extenso: Maria de Jesus Dias
Lugar e data de nascimento: Guarda, 28/05/1924
Nacionalidade: Portuguesa
Estado Civil: Solteira
Filiação: Manoel Mateus e Norberta Dias
Passaporte n° 160 expedido pelas autoridades de Govêrno Civil de Lisbôa na data 1-2-1939 visado sob o n° 285.
Consulado Geral do Brasil em Lisbôa, 6 de fevereiro de 1939.
Assim, considerei tentar a certidão de nascimento dela, por: (i) ser menos de 100 anos antiga (ele é de 1924), (ii) ela não ter sido naturalizada, (iii) os dados dele serem tão escassos e vagos que não me permitam buscar o documento.
Não sei se só a certidão de nascimento dela (sem a dele) será suficiente. O casamento deles se deu no Brasil e não foi averbado no registro português (não tenho a certidão, estou correndo atrás), tampouco os óbitos também ocorridos aqui o foram.
Entrei na página da Conservatória do Registro Civil de Celorico da Beira (site do Arquivo Distrital da Guarda) e, ao consultar os Extratos de Registros de Nascimento de Celorico da Beira (1911/1977), constato que para o ano de 1924 não há documentos digitalizados. Os dados que aparecem são:
“Extratos de Registos de Nascimentos de Celorico da Beira
Nível de descrição
Documento composto
Código de referência
PT/ADGRD/RC/CRCCLB/006/00014
Tipo de título
Controlado
Datas de produção
1924 a 1924
Dimensão e suporte
1 liv.
Cota atual
I-AK-2.5
Idioma e escrita
Português”
Assim, pergunto:
Tem como obter a certidão de nascimento da minha avó pedindo on-line ao Arquivo Distrital da Guarda com os dados que possuo? Estou no caminho certo? Terei que necessariamente averbar o casamento e o óbito dos meus avós para o processo de atribuição da minha mãe (e, posteriormente, o meu)?
Se eu, por sorte, conseguir a atribuição da minha mãe e a minha, como ficam a minha esposa e minhas filhas (bisnetas) de 03 e 07 anos de idade atualmente? Elas ainda possuem algum direito? (Acho que por serem menores ainda dá, mas não lembro ao certo)
Estou quase desistindo… Por gentileza, agradeceria imensamente qualquer ajuda. Não sei se a Guerreira Mariza ou o Santo Guilherme poderiam dar algum norte.
Abraços cordiais a todos, de mais um "patrício" em busca da cidadania da "Terrinha".
Não achei nada no familysearch.org.
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Comentários
Se o seu avó não comunicou mudança de nacionalidade em Portugal, na maioria das vezes não era comunicado, ele continua português. Você irá precisar da certidão de casamento deles.
Maria de Jesus Dias - https://familysearch.org/ark:/61903/1:1:KC6V-R5Z
Não encontrei a freguesia de Caneças no Distrito de Guarda, mas, sim no Concelho de Odivelas- no Distrito de Lisboa. Pode ser o último endereço deles
Irmão de Maria de Jesus: https://familysearch.org/ark:/61903/1:1:V1SD-N6X
Os dados do passaporte costumam esclarecer a naturalidade, envie pedido de pesquisa ao Arquivo Distrital de Lisboa.
Realmente, na FICHA CONSULAR DE QUALIFICAÇÃO da minha avó (a mesma que encontraste via family search), consta a residência em Caneças. E o local de nascimento no distrito da Guarda.
Descobri o cartório do casamento deles (meus avós) aqui no Rio e vou mandar fazer a busca.
Antes de entrar em contato com alguma repartição pública de lá, peço sua opinião (ou de quem mais puder contribuir):
Convivi muito com minha avó (do meu nascimento até meus 32 anos, quando ela faleceu... que saudade!) e ela me contava muitas histórias da infância dela na Serra da Estrela, de como nevava e que na escola usavam pedras quentes para esquentar as mãos para poder escrever, o mesmo faziam nas camas, colocando as pedras aquecidas por baixo das cobertas...
Sabendo que o local de nascimento aparece no registro como Guarda (que abarca maior parte da Serra da Estrela) e que a residência consta como em Caneças, vale contactar primeiro Arquivo Distrital de Lisboa com base na referência do passaporte ou o Arquivo Distrital da Guarda, com base na referência familiar de Celorico da Beira? (Minha tia mais velha - filha dela - é que disse lembrar que o nascimento teria sido em Celorico da Beira).
De repente, acho que Lisboa pode ser melhor, pois meu pedido de pesquisa seria baseado em um documento oficial conhecido ( o passaporte), não? Só fico na dúvida se o Arquivo de Lisboa simplesmente responderia "nada consta" ou se aprofundaria a resposta com dados de nascimento de outro distrito (possivelmente baseados nas informações de registro de passaporte dela).
Alguma luz?
Muito Grato, desde já!
Envie os dados da sua avó juntamente com a data de emissão e número do passaporte ao Arquivo Distrital de Lisboa e solicite informações sobre a naturalidade que deve constar no requerimento do passaporte: mail@adlsb.dglab.gov.pt . O registro da sua avó já é Civil portanto estará na Conservatória de Celorico da Beira e eles não fazem busca sem a indicação da freguesia. Portanto, aguarde a resposta do Arquivo de Lisboa e da certidão de casamento.
Não se penalize por isso, super normal! Abraços.
Mandei e-mail às 17:31 (BRT) de ontem para o mail@adlsb.dglab explicando resumidamente com todos os dados da Ficha de Qualificação do Consulado de 1939 (grafando em negrito e sublinhado as informações sobre o passaporte) e ao final solicitei:
"Diante das informações acima, solicito encarecidamente, informações sobre a naturalidade que possivelmente constem no requerimento do passaporte (Freguesia, Concelho, Disitrito) de Maria de Jesus Dias para que possa requerer de forma certa ao Arquivo Distrital correto a certidão de nascimento dela - economizando tempo e energia do Serviço Registral Português ao evitar equívocos no dito requerimento."
O retorno veio rápido, às 5:25 (BRT) de hoje, mas com uma resposta que me deixou em dúvida:
"Em resposta ao e-mail informamos que para solicitar a certidão de nascimento de Maria de Jesus poderá fazê-lo através do site Portal do Cidadão (www.portaldocidadao.pt) ou contactando a Conservatória do Registo Civil da Guarda (civil.guarda@irn.mj.pt)
Com os melhores cumprimentos,
Adelaide Proença
Técnica Superior/DCA"
Achava que eles confirmariam os dados de naturalidade em função do fundamento de meu pedido (até por isso, esperava uma resposta mais demorada). Tenho receio de negativa pura e simples do Distrito da Guarda, por eventual falta de informação detalhada no pedido. O que acham?
Em paralelo, o cartório aqui do Rio responde semana que vem sobre a busca da certidão de casamento dos meus avós.
Abs. a todos.
Siga a orientação recebida no e-mail. Por alguma razão indicaram a Conservatória de Guarda e não a de Celorico da Beira. Envie os dados de Maria de Jesus. O registro está informatizado portanto receberá apenas o número e ano do assento.
Exatamente quando redigia o e-mail para o Arquivo da Guarda, recebo uma ligação da minha tia (irmã da minha mãe) dizendo que encontrou uma pasta antiga de documentos da vovó e estava mandando me entregar. Deixei o e-mail em rascunho e esperei.
Recebida a pasta, ela contém:
1- o original tamanho A4 de 1939 em papel verde com marca d'água transparente, intitulado “Certidão de Nascimento” do “Registo Civil do concelho de Celorico da Beira” certificando que “examinando os livros de nascimentos arquivados nesta Repartição, referente ao ano de 1924, consta que no dia vinte e oito de Maio de mil novecentos e vinte e quatro, no lugar do Grichoso, da freguesia de Vale de Azares, deste concelho, nasceu um indivíduo do sexo feminino de nome: MARIA DE JESUS DIAS .(e daí seguem os dados)..”
Este doc. datado de 30/01/1939 indica na margem o Ano 1924, as Fls e o n° do registro de nascimento. Tem, ao final, a conta de emolumentos, somando 10.00 “São dez escudos”, e o carimbo redondo: “Visto 7-2-1939 GRATIS * CONSULADO GERAL DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL * LISBOA”
2 - o original tamanho A4 de 193X (há um rasgo bem em cima da data, provocado pela dobra excessiva do documento, só deixando ler “mil novecentos e trinta e ...ALGO RASGADO..”), em papel verde com marca d'água transparente, de um documento mais completo intitulado apenas “Certidão” lavrado pelo “Registo Civil do concelho de Celorico da Beira” certificando que “no livro primeiro de nascimentos desta Repartição, referente ao ano de mil novecentos e vinte e quatro a folhas cento e cincoenta e duas verso se encontra um assento do teror seguinte: - Á margem:-- n° 296 – de Jesus Dias (Maria): - No texto: às dez horas do dia vinte e oito do mez de maio de mil novecentos e vinte e quatro, nasceu no lugar do Grichoso, da freguesia de Vale de Azares, deste concelho, nasceu um indivíduo do sexo feminino a quem foi posto o nome de MARIA DE JESUS DIAS: (e daí seguem os dados)..”
Este doc. é bem mais detalhado que a “Certidão de Nascimento”, trazendo dados de meus bisavós e tataravós, de duas testemunhas (com a observação de que elas não são os padrinhos) etc. Tem ao final a conta de emolumentos somando 12.50 “Doze escudos e cincoenta centavos” e somente o carimbo retangular no cabeçalho, à direita assinado e sobre um escudo em baixo relevo, dizendo: “Registado no livro de emolumentos sob o n° 2115”
3 – original de “ATESTADO DE SAÚDE PARA PERMANENTES” assinado e lavrado em Lisboa, 01 de fevereiro de 1939 com carimbo redondo: “Visto 7-2-1939 GRATIS * CONSULADO GERAL DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL * LISBOA”
4 – original muito desgastado e rasgado de um papel pequeno, o atestado de vacinação lavrado em Lisboa, 01 de fevereiro de 1939 , assinado com a mesma firma do atestado de saúde, mas sem qualquer carimbo consular (fico imaginando minha avó com 14 anos sozinha com o irmão dentro do navio e com esse papelucho no bolso...).
Acredito que mesmo com a imprecisão na data do documento 2 (mais completo nos detalhes), ele combinado com a Certidão de Nascimento do documento 1 fazem prova do nascimento e cidadania portuguesa dela. Fico com receio de como vão manuseá-los no MRE, pois são muito antigos e frágeis (estou guardando-os em envelopes plásticos ZIP).
Tenho a certidão de inteiro teor de nascimento da minha mãe (repito, meu avô declarante) em que minha avó é corretamente qualificada como “natural de Portugal”, cópia da carteira de estrangeiro dela com o n° do RNE e mandei fazer a busca sobre a certidão de casamento de 20/09/1941 no RCPN competente aqui do Rio.
Conforme a lei, acho que não precisarei também da certidão de nascimento de meu avô, visto que a nacionalidade originária, que produz efeitos desde a data do nascimento (artigo 11.º da Lei da Nacionalidade), pode ser atribuída:
1. Aos filhos de mãe portuguesa ou de pai português, nascidos no estrangeiro que inscrevam o seu nascimento no registo civil português ou declarem que querem ser portugueses - artigo 1.º, n.º 1 alínea c) da Lei da Nacionalidade e artigo 8º do Regulamento da Nacionalidade.
Ele é de 1904 e não tenho nem a Ficha Consular de entrada dele no Brasil, só os dados que coloquei no primeiro post.
Você não precisará apresentar o registro da sua avó, apenas preencherá o formulário com os dados de número de assento, data e a Conservatória onde ele se encontra. São dois portugueses casados no Brasil portanto, vai precisar fazer a transcrição do casamento deles, não sei se será obrigatório encontrar o registro do seu avô. No Consulado e na Conservatória de Ovar certamente irão querer o assento do seu avô.
Revi o passo-a-passo e, realmente, só a certidão de nascimento da minha mãe é que deverá ser legalizada no Itamaraty (após o reconhecimento da firma do oficial que a assina)
Agora, desculpe a ignorância, mas: para a transcrição do casamento você citou a Conservatória de Ovar como exigente, já no "nosso" cidadaniaportuguesa.com leio que "As Conservatórias do Registo Civil fazem a transcrição de casamento e óbito via correios, entre outros serviços. Duas conservatórias bastante recomendadas são Guimarães e Esposende." Nós podemos escolher para qual conservatória requeremos a transcrição do casamento ou há algum critério a seguir ou mesmo sorteio? E por que Guimarães e Esposende são reputadas como bastante recomendadas? Você teria alguma notícia sobre isso?
Sei que o caminho será longo e demorado, mas agora com essa certidão de nascimento da minha avó encontrada estou com esperança de conseguir.
Abs., e obrigado, mais uma vez.
Espere até 14/08 para solicitar a certidão de nascimento de inteiro teor de sua mãe, assim não precisará legalizar. Leia a discussão sobre Apostilha de Haia aqui no fórum.
Não tenho referências sobre Guimarães e Esposende . Sugiro que envie e-mail para ambas e pergunte sobre a possibilidade do envio da transcrição do casamento do casal português juntamente com a atribuição da filha brasileira. Depois você nos informa a resposta. Porém, você poderá entrar com os processos em qualquer Conservatória que tenha balcão de nacionalidade.
Fazendo diretamente em Portugal não há exigência para informar óbito.
Conservatória de Guimarães: civil.guimaraes@irn.mj.pt -
Esponsende: civil.esposende@irn.mj.pt
De fins de 2016 para 2017 não pude prosseguir com o caso aqui relatado, por motivos alheios às minhas vontades.
Agora a família voltou a me requisitar para tocá-lo (alguns familiares dizendo que apenas contratando advogado especializado é que progrediremos).
Depois do último contato aqui, obtive a certidão de casamento dos meus avós. Então tenho:
- a certidão de inteiro teor de nascimento da minha mãe com cópia reprográfica e apostilada com selo de fiscalização eletrônica e
- certidão de inteiro teor de casamento dos meus avós com cópia reprográfica e apostilada com selo de fiscalização eletrônica;
- certidão de nascimento em papel da minha avó de 1939 emitida pelo “Registo Civil do Concelho de Celorico da Beira” constando nascimento dela de 1924 – como já relatado - registrando todos os dados referentes a ela;
Problema: não tenho a certidão de nascimento do meu avô (e tenho dificuldade de por onde procurar), sendo que na certidão de casamento deles aqui no RJ só consta em relação a ele o seguinte:
Albertino Patricio
Natural do Distrito da Guarda, Portugal
Nascido em 12 de maio de 1904
Pai: José Maria Patricio
Mãe: Maria José Ferreira
Já na certidão de nascimento da minha mãe, meu avô é declarante e qualificado apenas como brasileiro naturalizado.
Estou meio perdido ao retomar o assunto (ainda mais com as mudanças legais de 2017).
Peço muito encarecidamente a ajuda dos membros daqui, pois mesmo que tenha que ir a algum advogado especializado, não quero jogar dinheiro fora nem tratar com ele sem a exata noção (ao máximo possível) dos caracteres básicos dos procedimentos.
Pelo que andei lendo aqui no fórum, e retomando a orientação da Marisa, entendo que:
1) antes de poder requerer a atribuição por minha mãe, é preciso transcrever o casamento dos meus avós portugueses (i.e., não é possível fazer simultaneamente os dois procedimentos). É isso?
2) a transcrição de casamento, pelo que vi hoje, tem progredido rapidamente (cerca de 30 dias) em Ponta Delgada (fonte: http://forum.cidadaniaportuguesa.com/discussion/3360/transcricao-de-casamento-por-ponta-delgada/p103 )
3) o problema é que para pedir a transcrição de casamento em PD, mesmo ambos sendo portugueses, precisarei da certidão de nascimento dos dois, e não tenho a do meu avô.
4) não sei se isso mudou, mas até onde sei a atribuição pode ser fundada na ascendência de um português (pai ou mãe) do filho requerente e a ironia da coisa é que apesar de meu avô ser o declarante, eu não tenho maiores dados dele, mas tenho todos os dados e documentos da minha avó (mãe).
POR FAVOR, ALGUÉM PODERIA DAR UMA LUZ DE COMO CONSEGUIR A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO MEU AVÔ PARA PODER TRANSCREVER O CASAMENTO (primeiro passo antes de a minha mãe poder requerer a atribuição).
Agradeço MUITO, desde já, a qualquer ajuda. A pressão dos familiares para partir para uma solução paga é grande (a qual, por enquanto, acho que não será muito diferente das possibilidades que temos agora).
Abraços a todos.
O assento do Albertino precisa ser encontrado, é a providência mais importante e nenhum advogado montará o processo sem que você apresente todos os documentos. De posse do assento certamente o Fórum te ajudará no passo a passo.
Não se preocupe com o nacionalidade errada no registro de sua mãe.
No registro de casamento diz que os nubentes apresentaram os documentos exigidos, como o casamento ocorreu em 1941 pode ser que o cartório tenha a habilitação em arquivo. Você já pediu essa pesquisa? Com o endereço dos nubentes vc poderá localizar a paróquia para uma segunda tentativa no registro do casamento religioso.
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:QGVM-B568
Bom... Como disse, não pude prosseguir antes com o caso e, a rigor, não foi feita nenhuma tentativa de transcrição do casamento, ainda. Mas concordo que a certidão do meu vô Albertino é essencial. Tentarei a pesquisa no Cartório do RCPN-RJ para ver se consigo a habilitação arquivada.
Agora me perdoe a ignorância, quando você diz "Com o endereço dos nubentes vc poderá localizar a paróquia para uma segunda tentativa no registro do casamento religioso.", indago: ao dizer paróquia, está se referindo à paróquia do nascimento e/ou batismo dele lá na Guarda, a qual pode constar nos docs. de habilitação do casamento aqui, não é isso?
Enormemente grato, desde já. E abraços.
P.S.: Posso seguir relatando/buscando ajuda no meu caso por aqui? É que me sinto melhor acolhido e mais confiante nas informações desta comunidade do que nas de qualquer outra fonte.
Eu quis dizer que na certidão de casamento dos seus avós realizado no Brasil tem os endereços de morada dos noivos e que vale a pena localizar as paróquias dos bairros em que moravam. Alguns padres registravam a paróquia de batismo dos noivos.
Você sabe o histórico de emigração de Albertino? Quando chegou, se tinha irmãos, enfim qualquer detalhe poderá ser útil. Até uma visita ao Arquivo Nacional do Rio para um pedido de buscas seria recomendável, pois os imigrantes foram obrigados a fazer registros de estrangeiros na década de 30.
Fique à vontade para pedidos de ajuda no Fórum, sempre haverá uma boa alma para te responder.
Minha esperança se renovou. Vejam.
Obtive junto ao cartório do casamento a referência de moradia de solteiro dos avós, daí encontrei a Paróquia do matrimônio (que, aliás, é onde minha mãe e tios foram batizados e meu irmão casou!!!). A funcionária da Igreja (super solícita e educada) recuperou o arquivo do Livro de 1941.
Consta no Registro do casamento da Paróquia de Santa Teresa de Jesus/RJ que: Albertino Patricio nascido em 12/05/1904 "batizou na Freguesia de São Pedro de Celorico da Beira, da Diocese de Guarda" . Como os dados do batismo da minha avó coincidem certinho com a certidão de nascimento dela que tenho, fiquei bastante confiante neste dado acerca do meu avô também.
Busquei a informação sobre a freguesia de São Pedro e obtive:
"São Pedro foi uma freguesia portuguesa do concelho de Celorico da Beira, com 14,17 km² de área e 1 383 habitantes (2011). Densidade: 97,6 hab/km².
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Santa Maria e Vila Boa do Mondego, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego da qual é a sede."
https://pt.wikipedia.org/wiki/São_Pedro_(Celorico_da_Beira)
Página oficial da freguesia de São Pedro, Concelho de Celorico da Beira:
www.cm-celoricodabeira.pt/concelho/freguesias/saopedro/Paginas/default.aspx
União das Freguesias de Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego
Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego (oficialmente: União das Freguesias de Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego) é uma freguesia portuguesa do concelho de Celorico da Beira com 41,1 km² de área e 2 385 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 58 hab/km².
História[editar | editar código-fonte]
Foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de São Pedro, Santa Maria e Vila Boa do Mondego e tem a sede em São Pedro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/União_das_Freguesias_de_Celorico_(São_Pedro_e_Santa_Maria)_e_Vila_Boa_do_Mondego
Demais dados que levantei neste meio tempo, quando tentava chegar à informação de identidade, nascimento e em que ano ele veio para cá.
Irmã: Rosa Patricio (mais velha) - ficou em Portugal
Irmão: Adelino Patricio (mais velho) - veio para o Brasil depois do Albertino e já é falecido (ao que consta, a minha família não tem maiores referências dele)
Serviu exército em Guimarães (Portugal), cerca de 120 KM do Norte da Guarda - como é nascido em 1904, talvez isso tenha sido entre 1922 e 1923/1924, não sabemos.
Ele veio de embarcação/vapor procedente do Porto.
Não sabemos o ano de chegada ao RJ.
CPF conhecido, mas não identidade (ele morreu quando eu era criança e esse RG se perdeu)
Trabalhou uma época como funcionário público Municipal (esta era a ocupação à época do casamento, em 20/09/1941) na Companhia de Limpeza Urbana - DLU (motorista). Em 1940, a Diretoria Geral de Limpeza Pública e Particular do Rio de Janeiro passou a ser o Departamento de Limpeza Urbana, DLU, e temos o número da matrícula dele, de 1939.
Pergunto:
Sabendo que ele foi batizado na freguesia de São Pedro [ hoje "União das Freguesias de Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego"], Concelho de Celorico da Beira, Distrito da Guarda, é possível obter a certidão de nascimento, certo?
A Igreja daqui informa que pode fazer uma declaração sobre esta informação do batismo registrada nos assentos do casamento, se necessário.
Vi a possibilidade (ao que parece, a única à distância desde 26/03/2018) de pedidos on-line pelo Balcão Virtual do Arquivo Distrital do Distrito da Guarda.
Este é o melhor caminho?
Podem me ajudar?
Sei que falta muito, ainda, mas estou com esperança de conseguir transcrever o casamento dos meus avós e conseguir pedir a atribuição da minha mãe.
Tenho mais confiança aqui no http://forum.cidadaniaportuguesa.com do que em qualquer outro lugar.
Abraços lusitanos e agradecidos desde já.
Quem bom!
Poucas pessoas acreditam que vale a pena pesquisar o registro do casamento religioso, ainda bem que seguiu a dica.
O livro de 1904 da freguesia de São Pedro não está online. O melhor caminho é enviar o pedido ao Arquivo da Guarda, sim.
Envie os dados de Albertino e peça a busca indicando a freguesia: http://adgrd.dglab.gov.pt/formularios/
Fiz hoje o pedido on-line da pesquisa e certidão do batismo do meu avô. Prevendo os próximos passos para a transcrição do casamento, vejo por aqui no fórum que a lista para o requerimento menciona (a priori) :
- Cert. nascimento do português;
- Cert. nascimento do cônjuge brasileiro (inteiro teor e apostilada);
- Cert. de casamento inteiro teor apostilada;
- requerimento com assinatura reconhecida por autenticidade;
- cópia autenticada do RG ou passaporte do cônjuge;
- cópia autenticada do RG ou passaporte do declarante requerente.
Considerando que no meu caso ambos os nubentes eram portugueses e terei a certidão de nascimento de ambos (tomara), precisarei juntar "cópia de RG ou passaporte do cônjuge"? É que do meu avô (declarante do nascimento da minha mãe) só tenho o CPF, já da minha avó tenho RG e a ficha consular de entrada dela aqui. Se ambos são portugueses, não basta as certidões de nascimento/batismo dos dois (dispensando-se para eles RG/Passaporte)?