Certidão para fixação de nome
Olá pessoal,
Estou ajudando um amigo com o processo de neto dele.
O português é Félix Antonio da Fonseca (L13K-X89) nascido em Avintes em 1870. O registro do português consta no link abaixo:
https://pesquisa.adporto.arquivos.pt/ViewerForm.aspx?id=827382 (Foto: PT-ADPRT-PRQ-PVNG02-001-0031_m0060.tif)
Félix migrou pra Salvador-BA e se casou com a brasileira Amélia Chaves Figueredo (L13K-8KN), não sabemos a data mas a primeira filha do casal que aparece no FamilySearch foi batizada na Igreja N S da Conceição da Praia, em Salvador (1902). https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:662G-RC1P?lang=en&cid=fs_copy
Temos também o registro do filho do português Aguinaldo Figueredo Fonseca (P3Q4-47Q), pai do meu amigo, nascido em 1912 em Salvador. Consta nome dos pais e avós e o declarante foi o pai, tudo certinho. Por fim, temos o registro do meu amigo, feito pelo pai dele, tudo certo aqui também.
O problema aqui é que o português Félix adicionou o segundo nome Antonio que não consta no registro português. Então precisamos de um documento pra fixar esse nome.
Procuramos pelo óbito do Félix (que sabemos o ano exato, 1924) e não encontramos em nenhum cartório de Salvador. O casamento de Félix com Amélia não sabemos o ano, mas estimamos que entre 1890 e 1902 (pela idade do noivo e da primeira filha que sabemos).
Minha dúvida é: é possível localizar esse casamento sem precisar pedir e aguardar buscas desses 12 anos em todos os cartórios existentes em Salvador na época? Tivemos uma péssima experiência com os cartórios se recusando a responder, demorando meses. Não confiamos nem um pouco nessas buscas feitas pelo óbito de 1924, quem dirá procurar o casamento em livros do séc XIX. O FamilySearch pode nos ajudar aqui?
Se localizássemos o casamento religioso na igreja mas não encontrássemos o civil, poderia o casamento religioso transcrito pelo consulado solucionar a questão da fixação do nome?
Obrigado
Comentários
@davitrindade
Tem um registro onde uma Amelia Chaves Figueiredo aparece como mãe de uma criança falecida em Salvador em 1901.
Esse registro foi indexado por computador, o que causa muitos erros e deixa a informação truncada. E está travado por questão de copyright, mas tem solução (ver abaixo)
Acho que vale a pena ir atrás para ver se se trata da mesma pessoa. A indexação truncada parece indicar que ela seria casada com um "Fortunato". Isso pode estar totalmente errado por problemas de indexação. Mas, se estiver certo, e for a mesma pessoa, te daria uma nova informação: ela poderia ser viúva de outra pessoa e diminuir a janela de tempo de quando se casou com Felix.
Aqui o registro:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6YGW-B1HK
Para destravar, tem que ir pessoalmente no Centro de Historia da Familia do FS mais próximo. É grátis, mas tem horários limitados. Aqui onde achar:
https://locations.familysearch.org/pt/br
Primeiramente muito obrigado pela resposta @CarlosASP
Consegui o documento que mandou digitalizado entrando em contato com o CHF.
Foi uma indexação incorreta como vc suspeitava. É o óbito de uma filha falecida da Amélia mas com o Félix mesmo. A criança morreu com 9 meses em 24.03.1910 (e não 1901). O documento confirma que Felix é português.
Consegue pensar em alguma outra sugestão para encontrar esse casamento?
Se na certidão de nascimento do filho do português Aguinaldo em inteiro teor consta o nome fixado pelo pai Félix (Félix Antonio da Fonseca) + o nome dos pais dele + naturalidade de Portugal e foi declarado pelo próprio Félix, ainda assim é necessário o documento de casamento para fixação? Mesmo constando os avós portugueses na certidão de Aguinaldo?
@davitrindade O Antônio, no nome completo do Felix, vc pode ver como um sobrenome de família, já que o avô se chamava João Antônio da Fonseca e o pai José Antônio da Fonseca. O Felix (ou Feliz como está no registro) adotou o mesmo sobrenome.
@Nairolasai Acredita então que o casamento pra fixação pode não ser necessário?
@davitrindade Entendo que não.
@davitrindade
A questão de "fixar" o nome completo envolve alguma subjetividade do conservador. Tem gente que teve o processo aprovado direto sem mandar nenhuma certidão extra com esse objetivo; outros caíram em exigência exatamente por isso.
O colega mencionou que todos os antepassados tem "Antonio" no nome. O conservador que analisar o caso específico pode ou não ter o mesmo entendimento, mas realmente me parece que é algo que joga a seu favor.
Me parece que será um processo de neto (1D), correto? Essa certidão "extra" para fixar o nome não é um dos documentos "essenciais" para dar entrada, como pode ver no guia:
https://forum.cidadaniaportuguesa.com/discussion/24046/documentos-para-atribuicao-de-nacionalidade-para-netos-formulario-1d
Dessa forma, meu entendimento é que, se mandar todas as "essenciais", não há razão para o processo cair em exigência de cara pela falta de um desses.
Hoje em dia, tem levado uns 2 anos ou mais para alguém realmente olhar o conteúdo dos documentos de um processo. Aí seria o momento em que uma possível exigência para fixar o nome completo pudesse aparecer.
Uma possibilidade, se estiver disposto a correr esse risco, é já mandar tudo como está, sem essa certidão para fixar o nome, para o processo entrar na longa fila. Hoje em dia estão completando os processos de netos que foram enviados há 4 anos (junho de 2021)
Depois terá uns dois anos para tentar achar algo. Se achar, ótimo, manda e pede para anexar ao processo. Se não achar, vai ficar na dependência da subjetividade do conservador.
Sugestões para ver onde está esse casamento. Às vezes, nos nascimentos dos filhos de um casal, é mencionado algo do tipo "pais casados há x anos" e/ou "pais casados em tal lugar". Pode estar mencionado no de um filho, mas não do outro. Pode tentar ver os registros de nascimentos dos vários filhos do casal (inclusive essa falecida com 9 meses da imagem acima) para ver se aparece algo.
Muito obrigado pela ajuda, @CarlosASP e @Nairolasai.
Vou sugeri-lo que dê entrada mesmo sem a certidão de casamento. Caso encontre, vou pedir para anexar ao processo posteriormente.