Certidão de batismo diferente da certidão de casamento

Preciso de ajuda!

Processo de transcrição de casamento - dados do registro de batismo português diferente da certidão de casamento brasileira(nome do pai da noiva no caso)

Pode dar problema na transcrição?

*Obs.: nome do pai no registro está incógnito e na certidão consta o nome dele

como proceder?

Comentários

  • @Nathalia22

    Sim, é uma divergência importante, pois "Maria, filha de Fulano de Tal" não é mesma coisa que "Maria, filha de pai incógnito". Não acredito que a transcrição seja feita dessa forma.

    É relativamente comum o caso de alguém que foi batizado com "pai incógnito" depois passar a citar o nome de um pai em documentos posteriores (por exemplo, ao casar).

    Há duas razões principais para isso:

    Uma é que a pessoa, que sabia quem era seu pai "de verdade" (mesmo nunca tendo sido "formalmente" reconhecida como tal), passa a declarar o nome do pai. Muitos casamentos aqui no BR eram feitos com base apenas em declarações dos interessados, com 2 testemunhas corroborando os dados, sem apresentar nada mais. Nisso, muita informação "incorreta" (do ponto de vista formal) é incorporada aos documentos e em todos os subsequentes.

    Outra possibilidade é os pais terem se casado após o batismo da criança e, com isso, o nome do pai pode formalmente ser incorporado aos documentos da pessoa. Isso aconteceu com um familiar meu: os pais se casaram poucos meses depois, "resolvendo" a questão de "pai incógnito". Tem um outro caso mais distante na família (e já vi outros assim ao ajudar o pessoal aqui) onde os pais só casaram literalmente à beira da morte do progenitor - era a última chance de resolver essa questão (que, na época, ainda tinha implicações muito importantes, inclusive para heranças etc).

    O caminho a seguir seria diferente para cada uma dessas situações.

  • Bom dia! @CarlosASP Obrigada pelas informações, tentei buscar se houve um casamento tardio porém não encontrei nada.

    A única coisa que possuo é o pedido de passaporte em Portugal desse suposto pai, e lá consta que ele viajaria para o Brasil com a mulher e os filhos (consta o nome da esposa e de 4 filhos)

    Consegui encontrar o registro de batismo desses 4 filhos, e apenas tem o nome dele como pai no registro do caçula, os outros todos estão como pai incógnito.

    minha dúvida é, seria esse pedido de passaporte o suficiente para provar que a minha avó é filha dele? Mesmo a certidão de nascimento não tendo nome de pai?

  • @Nathalia22

    No batismo desse filho caçula, aparece algo qualificando o filho? Como por exemplo, “natural” ou outra coisa?

    O fato de o pai mudar de incógnito para ser listado como tal entre os batismos de 2 filhos poderia indicar que o casamento teria ocorrido entre esses 2 batismos. São todos na mesma freguesia?

    olha, sobre o passaporte. Acho que dependendo da combinação de nomes dos pais e criança ( são nomes comuns que dão margem a questão de ser homônimo?) e outros dados (idade bate com o batismo, etc), talvez uma conservatória como a CRC Porto aceitasse como prova ligando a criança ao pai. Acho que seria preciso já explicar isso sucintamente no pedido de transcrição.

    Ja nos consulados no BR acho que seria mais difícil conseguir, pois tendem a ser menos flexíveis.

    Não há uma resposta certeira nesses casos. Seria interessante ver a opinião de outros foristas como @texaslady @eduardo_augusto @AlanNogueira @ecoutinho e outros.

  • @Nathalia22 acredito que a teoria levantada pelo @CarlosASP faz todo sentido. Provavelmente o casamento ocorreu em algum momento entre o batismo do terceiro filho e do caçula, o ideal seria buscar por ele na freguesia dos batismos (ou talvez nas freguesias vizinhas caso não encontre). Outro local que talvez encontre dados adicionais seria no processo de emissão de passaporte, embora não seja comum juntarem o casamento nele (sempre vejo com batismos) mas não custa muito tentar ver se há alguma informação que lhe ajude neste documento. O processo também pode ajudar a definir que se trata do mesmo casal.

  • @Nathalia22

    Concordo com o @CarlosASP . Num consulado acho difícil ter sucesso. Pode ser que na CRC Porto aceitem fazer dessa forma. Pode tentar de duas formas: tentar contato com eles (não é fácil) e perguntar, ou simplesmente juntar os documentos e mandar por correio. Caso aceitem fazer com os documentos fornecidos, você vai receber o link de pagamento um tempo depois (1 a 2 meses depois) e após pagar eles transcrevem 1 mês depois. Se não aceitarem vão te mandar tudo de volta por correio.

  • @Nathalia22 @CarlosASP @ecoutinho


    cuidado ao fazer essa transcrição. fazer a transcrição não significa que "tá tudo certo". vc corre o risco de depois ainda ter trabalho adicional para retificar a transcrição. não estou dizendo, "não faça", só estou alertando para um risco.

  • @Nathalia22

    Bom ponto levantado pelo @eduardo_augusto . Ao invés de "sair fazendo" a transcrição, reveja seu plano e como essa transcrição ajuda ou se encaixa na sua estratégia para obter a nacionalidade.

    Tenha um plano e considere também o que acontece ou o que vc fará caso alguma etapa dê errado (por exemplo, se não conseguir transcrever esse casamento, o que vc faz?).

  • @Nathalia22

    Concordo com a advertência do @eduardo_augusto .

    Você não mencionou que tipo de processo é (filho, neto etc).

    É preciso analisar todas as certidões requeridas em tal processo e olhar como constam em cada uma delas os nomes de todos os envolvidos. Para avaliar se, mesmo após uma eventual transcrição bem sucedida, ainda continuariam a existir divergências nos nomes que constam nas diversas certidões.

  • Boa tarde, fiz exatamente isso, procurei no intervalo de nascimento entre o terceiro e o quarto filho se havia algum registro de casamento , porém não tem.

    As idades dos filhos que constam no pedido de passaporte todas batem com os registros de batismo (inclusive foi assim que consegui encontrar os registros de batismo)

    @CarlosASP @AlanNogueira @ecoutinho

    Apesar de serem nomes comuns acho que não fica muita dúvida que se trata do mesmo casal.

    Nas duas primeiras imagens estão o pedido de passaporte.


  • @CarlosASP seria transcrição de casamento, para posteriormente dar entrada no processo de neto

  • As próximas são os registros dos filhos em ordem de nascimento.



  • editado November 7

    @Nathalia22

    Se você ler o batismo da Carmina em 1904 (é a caçula, certo?), vai ver que corrigiram e "eliminaram" o nome do pai. Inicialmente iam por como filha "legítima" dele, mas corrigiram. Aparece assim:

    "... digo, filha natural de Anna dos Santos, solteira etc etc". E depois os avós paternos são incógnitos também.

    Ou seja, os pais não eram casados nesse momento.

    Já na emissão de passaporte em 1905 desse Rufino de Almeida, ele aparece como casado,

    Sendo as mesmas pessoas e não havendo erros, eles teriam que ter casado em algum lugar entre o batismo de Carmina e o pedido do passaporte.

    Preste atenção nos pontos levantados por @ecoutinho @eduardo_augusto @AlanNogueira .

    Talvez tentar essa transcrição não seja a melhor estratégia. Sem ver todas as certidões envolvidas e os nomes que lá constam (como mencionado), fica mais difícil opinar.

    Já houve casos parecidos onde o caminho seguido foi alinhar as certidões BR ao batismo em PT (pois, para processos de nacionalidade PT, os documentos PT são os "certos"). Ou seja, retificar as certidões BR para eliminar o nome de Rufino de Almeida e colocar "incógnito" em seu lugar. Isso teria que ser feito em todas certidões onde o nome de Rufino aparece. Não estou dizendo que esse é o melhor caminho; é uma alternativa a ser ponderada.

  • Realmente @CarlosASP não tinha me atentado para esta correção no registro de Carmina.

    Já olhei todos os registros de casamentos em Felgueiras que é de onde eles eram e onde todos os filhos foram batizados, porém sem sucesso.

    Eu preciso transcrever esse casamento pq como disse o meu processo é de neta e minha mãe (já falecida) que é a filha de portugueses não foi a declarante no meu nascimento. Então sem essa transcrição não consigo dar entrada no processo de neta.

    Vocês acham mais viável eu tentar retificar a certidão de casamento brasileira?

    Por via das dúvidas mandei e-mail para CRC Porto explicando toda a situação e com esses documentos em anexo, perguntando se seria possível essa transcrição.

  • Boas notícias amigos que tanto estão me ajudando!!!

    Consegui achar o registro do casamento, e realmente foi após o nascimento da filha caçula. O registro estava anexado no processo de pedido de passaporte, mas a qualidade da imagem estava de difícil compreensão.

    Nesse caso, tendo o casamento dos pais sido tardio, a certidão de casamento brasileira com o nome dele como pai da noiva é válida para a transcrição?

  • @Nathalia22 mundo pequeno, meu bisavô também era de Felgueiras… fico feliz q tenha encontrado. Verifique no casamento se consta no texto a legitimação dos filhos.

  • @Nathalia22

    essa transcrição pode não ser necessária, se for apenas pelo motivo alegado. Mas pode ser necessário por outra razão. Você disse que sua mãe é filha de dois PT, que se casaram no BR. Se eles casaram depois de 1911, a transcrição é necessária.

    Em processos de netos, essa coisa de quem declarou quem só se aplica na relação entre o ascendente PT e seu descendente direto, no caso sua mãe.

    Na relação entre o filho/a BR e o neto/a BR, por serem todos apenas BR , não há essa exigência de quem declarou. O que importa é ter o nome correto dos pais e avós. No seu caso, o nome de sua mãe e dos pais dela, batendo com os que constam no nascimento BR de sua mãe.

    Quem e quando declarou o nascimento de sua mãe?

    como está a certidão de nascimento de sua mãe? O Rufino aparece como avô dela? Se aparecer, isso seria uma divergência em relação ao batismo do ascendente PT, onde é incógnito. Talvez isso possa ser explicado apenas pela junção desse casamento de Rufino e Anna que achou,. Como dito antes, nem tudo tem resposta absoluta.

    sobre esse casamento que achou, coloque o,link para livro onde está o casamento, não o do processo, pois o link para o livro tende a ser bem mais legível.

    novamente, sempre bom ouvir as opiniões de demais foristas sobre o melhor caminho a seguir.

    acrescento que está sendo meio difícil te ajudar pois está colocando as informações de forma pingada e assim fica difícil entender a situação completa.

    o ideal seria por os nomes completos das pessoas como aparecem nas certidões das 3 gerações, neto BR, mãe BR, ascendente PT. Se não quiser por os nomes reais de algumas pessoas, use fictícios, mas tenha o cuidado de usar sempre com as mesmas eventuais divergências que existem entre as certidões.

  • Bom dia!

    Vou tentar colocar todos os dados aqui para melhor compreensão:

    Neta BR: Carla Gonçalves (registrada pelo pai brasileiro)

    Mãe BR: Cândida de Almeida Sul (brasileira, filha de portugueses, declarante o próprio pai em 07/07/1935)

    Ascendentes Portugueses: Daniel de Sul e Maria Rocha de Almeida (nome solteira) / Maria de Almeida Sul (nome de casada) / (casaram no Brasil em 25/05/1933)

    Quanto aos documentos de Daniel de Sul tudo ok, consegui encontrar o registro de batismo dele para a transcrição do casamento.

    O B.O. começou quanto encontrei o registro de batismo de Maria Rocha de Almeida, pois o nome do pai consta como incógnito e na certidão de casamento brasileira consta o nome de Rufino de Almeida. Na verdade, no registro de batismo dela não tem nem sobrenome, apenas Maria.

    Com a ajuda de vocês, consegui descobrir que Rufino de Almeida casou tardiamente com Anna dos Santos, e lá consta o reconhecimento dos filhos nascidos antes do casamento.

    como está a certidão de nascimento de sua mãe? O Rufino aparece como avô dela? Sim, aparece como avô e Anna dos Santos como avó.

    Obrigada mais uma vez por toda a ajuda que estão me dando!

    @CarlosASP @AlanNogueira

  • @Nathalia22

    O passo agora é comparar os nomes (de pais e avós) nas certidões de cada geração com os nomes que aparecerem nas certidões das outras gerações.

    Isso para detectar possíveis divergências entre as certidões que serão apresentadas.

    Até agora. foi detectada essa:

    nascimento da Mãe BR: Cândida de Almeida Sul - consta como avô materno Rufino de Almeida - em divergência com o batismo de Maria Rocha de Almeida, onde aparece como incógnito.

    Alguma outra?

    Como os avós PT se casaram no BR em 1933. a transcrição do casamento será exigida.

    Já olhando adiante, como há 2 avós PT, você pode escolher de qual deles puxa a nacionalidade. Me parece inicialmente que seria melhor usar o Daniel de Sul; dessa forma não se precisa mostrar no processo de neta o batismo de Maria Rocha de Almeida onde há a questão de pai incógnito,

    Confirmar se os nomes dos pais de Daniel que aparecem no seu batismo PT estão idênticos aos que aparecem no nascimento BR de Candida como seus avós paternos.

    Os batismos em PT em geral vem sobrenomes mesmo. Estava olhando a questão de a avó PT Maria se chamar "Maria Rocha" (imagino que Almeida venha do marido Rufino de Almeida), mas vi que o avó materno dela é Antonio Rodrigues Rocha, justificando o uso desse sobrenome.

    Como aparece o nome dessa Maria como noiva na certidão de casamento? Não deveria ter "Almeida", pois vem do marido e não da família dela.

    Vamos ver se com sua resposta os demais foristas tem mais sugestões sobre o melhor caminho a seguir @texaslady @eduardo_augusto @ecoutinho @AlanNogueira

  • boa noite! Gente, e no caso o português foi batizado apenas por sua mãe portuguesa em Portugal, e ela se declarou solteira. Porém quando foi casar no Brasil, o português inventou um nome de pai, pois ninguém sabe de onde tirou o nome do pai, sendo q a mãe dele era solteira. E o português só tem p sobrenome da mãe. O q fazer? Retificar a certidão de casamento brasileira?

  • @Gisapoli

    O q fazer? Retificar a certidão de casamento brasileira?

    Se a história for essa mesma: português filho de mãe solteira, no casamento no Brasil informou um nome de pai que não consta da sua certidão (algo compreensível, dado o peso social que ser filho de mãe solteira tinha na época) cabe retificar a certidão de casamento, e eventualmente a dos filhos desse português (onde vai constar o nome de um avô paterno que não existe).

  • @ecoutinho meu muito obrigada! No caso liguei num cartório e me orientaram a entrar com processo judicial, pq entendem que foi ele mesmo q declarou o nome. Vou ver a viabilidade. Agradeço a informação.

  • @Gisapoli

    O fato de não ter sido um erro do cartório não quer dizer que eles não precisem retificar se você apresentar a documentação comprovando que há um erro no registro de casamento.

    Acho que o cartório está te orientando a entrar com um processo judicial pq sabe que muita gente desistiria pela dor de cabeça e custo. Antes de entrar com um processo judicial, tente fazer uma reclamação extrajudicial ao juiz corregedor do cartório.

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