Ajuda para achar documento do meu bisavô Português

Oi, tudo bem?

Nao tenho certeza se posso simplesmente postar assim no fórum, mas gostaria muito de ajuda pra achar informação sobre meu bisavô que aparentemente nasceu em Portugal. Único documento que tenho que prova isso é uma cópia do “registro do at. 149 do Decreto 3010 de 20 de agosto de 1938” que afirma que ele é português.

As informações que eu tenho:

Nome: Antônio Soares de Medeiros

Nome do pai: João Soares de Medeiros

Nome da mãe: Maria do Rosario

Ano de nascimento: 1889

Local de Nascimento: Província de São Miguel

Chegada no Brasil: 1891

Conjugue: Olga Ferreira de Medeiros


Contatei algumas conservatórias em Portugal mas infelizmente não tive muita sorte até o momento. Então agradeço desde já qualquer informação. Muito obrigada!

Comentários

  • @Sapertinny

    Deve ser o registro do Antônio n°65 https://culturacores.azores.gov.pt/biblioteca_digital/SMG-LG-SANTACRUZ-B-1881-1884/SMG-LG-SANTACRUZ-B-1881-1884_item1/index.html?page=120

    Freguesia de Lagoa (Santa Cruz) / Lagoa (Açores) / São Miguel / Açores   

  • @Kleber Silva Aguiar parece o registro mais próximo das informações do meu bisavô mesmo. Mas o ultimo sobrenome do pai tá diferente. Invés de ser Medeiros é Cabral e o ano de nascimento do meu bisavô também. No documento que tenho diz que ele nasceu em 1891 e nesse diz 1873.

    Talvez esteja errada a data do nascimento dele nesse documento que tenho, porém o primeiro filho dele nasceu em 1925. Então acredito eu que ele nasceu mais ou menos na época que ele diz ter nascido mesmo.

    Mas muito obrigada por checar isso pra mim!

  • @Sapertinny

    A data é 1883 e não 1873. Você pode ver que os primeiros batismos do livro, onde a letra é mais legível, são de 1881:

    https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CS2B-D9JQ-3?view=index&action=view

    Sobre o sobrenome. Não é Cabral, mas é Cabós (Caboz). Pode ver no registro que o colega encontrou que o avô paterno da criança é José Soares Cabós.

    Em registros de outros filhos desse casal Joao Soares e Maria do Rosario, no mesmo local, com os mesmo avós etc, o nome do pai aparece como Joao Soares Medeiros. Era comum ocorrer essa variação. Um exemplo:

    João (número 14):

    https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CS2B-D9J3-5

    Além disso, o colega que achou o registro é muito bom, difícil ele errar algo,

    Também era muito comum os PT "rejuvenescerem" uns anos ao atravessar o Atlântico...

    Você já conseguiu o casamento de Antonio com Olga? Tem ideia de onde e quando foi? Os nomes dos pais de Olga? Isso ajudaria a achar esse casamento e aumentar a certeza nos dados.

    Esse registro de chegada diz onde e em que navio chegou?

  • @CarlosASP

    Depois que eu vi que tinha visto a data errada e o nome. Fiquei surpresa como o Cabós virou Medeiros.

    Sobre o documento, apenas fala sobre o ano que ele chegou no Brasil. Como era tipo meu bisavô preenchendo, aparentemente ele não lembrava muita coisa.

    E em respeito a certidão de casamento, meu irmão entrou em contato com o cartório da cidade em MG onde o Antônio mudou quando veio pro Brasil pra ver se ele consegue essa certidão.

    Muito obrigada pela ajuda!

  • @Sapertinny

    Provavelmente há algum antepassado da família com o sobrenome Medeiros.

    Dessa forma, o Joao Soares às vezes era citado como "Medeiros" e outras como "Cabós". Ou apenas "Joao Soares". Inclusive, ele casou apenas como "Joao Soares". Ver aqui (é o número 20, no final da página e continua na seguinte):

    https://culturacores.azores.gov.pt/biblioteca_digital/SMG-LG-SANTACRUZ-C-1870-1879/SMG-LG-SANTACRUZ-C-1870-1879_item1/index.html?page=153

    Parece confuso para nós hoje em dia, mas a realidade do uso de nomes e sobrenomes na época era muito diferente. Sobrenomes apareciam, desapareciam e reapareciam ao longo do tempo nos diversos registros de uma mesma família (ou pessoa). Sem contar que muita gente era analfabeta e não tinha a menor ideia do que estava escrito nos registros.

  • @CarlosASP

    Muito obrigada pela sua ajuda e por todas essas informações! Nunca pensei que iria descobrir tanto assim sobre a minha família.

    Eu jurava que achar essas informações em Portugal seria a parte mais difícil, mas empaquei agora em achar a certidão de casamento do meu bisavô. Pela data que ele provavelmente casou, antes de 1930, acho que a maior parte dos registros ainda eram feitos em paróquias. Eu não faço ideia de como vou ter acesso a isso

  • editado June 3

    @Sapertinny

    O registro civil no BR existe desde 1889 (em PT só desde 1911).

    Quais as informações que tem sobre esse casamento? Tem as certidões de nascimento dos filhos? Onde e quando nasceram?

    Uma coisa muito comum de acontecer é que o município onde a pessoa casou (ou nasceu) deu origem a vários outros desde a época. Por exemplo, a pessoa casou em 1920 no município X, mas na verdade foi no distrito Y que na época fazia parte de X. Depois disso, Y se emancipou e virou um município separado.

    A pessoa pode estar olhando no cartório de X, quando na verdade a certidão está no de Y.

    Se deixar os nomes dos locais prováveis de casamento (e onde nasceram os filhos mais velhos; e se tiver, onde a noiva nasceu), dá para ver a história administrativa do município e se houve esse tipo de desmembramento em outros. Pergunte aos mais velhos da família o que lembram sobre onde a família viveu; se se mudou etc,

    MG é um estado meio ruim para buscas de certidões civis antigas online, pois muita coisa não está disponível, Aí só dá para fazer contatando os cartórios mesmos. Para mais recentes (acho que só depois de 1950), tente ver o que aparece aqui:

    https://registrocivilminas.org.br/e-civil/pages/principal.jsf

    Para registros religiosos em MG, varia muito. Depende se o responsável da área deixou ou não que se digitalizassem esses arquivos. Varia muito, mas muitos não deixaram e tudo está apenas no papel, possivelmente nos arquivos dás cúrias de cada região, ou até mesmo ainda nas paróquias.

    Já estive no arquivo de uma cúria em MG (não deixaram digitalizar nada até hoje) e nem todos os livros das paróquias da região estavam lá. Tive que parar numa paróquia rural no meio do nada e convencer a pessoa (que não entendia nada de arquivos, mas tinha boa vontade) a deixar eu olhar os livros que estavam guardados de forma desorganizada na secretaria da paróquia.

    Infelizmente no BR, ao estabelecer o registro civil, não se obrigou que os registros religiosos anteriores fossem entregues ao estado. PT fez isso - que é o que permite hoje em dia achar nos Arquivos Distritais de PT batismos, casamentos e óbitos muito anteriores ao início do registro civil lá. Não só eles forem entregues, mas PT digitalizou a maioria absoluta desses registros. Como esses dos Açores de seus antepassados.

    Aqui no BR ficou essa bagunça; cada bispo (ou mesmo o pároco da igreja) decidiu o que fazer com os registros, como conservar e catalogar (ou simplesmente deixar mofar numa prateleira ou armário), a quem dar acesso etc.

  • Oi @CarlosASP !

    Desculpa pela demora pra te responder! Pra ser honesta eu não tenho muitas informações de quando pode ter sido registrado o casamento desse meu bisavô. Mas aqui algumas informações:

    Minha avó: Antônia Ferreira Medeiros (Barbosa pelo marido)

    Data de nascimento: 27/08/1929

    Natural de: Providência (Distrito de Leopoldina) - Minas Gerais

    Pai dela: Antônio Soares de Medeiros

    Mae dela: Olga Ferreira de Medeiros

    Voces me ajudaram bastante com informação sobre o Antônio, mas infelizmente eu não tenho informação alguma pra ajudar sobre a Olga. Alguns parentes falaram que ela tinha família italiana, porém não acho que essa informação seja correta não.

  • Entrei em contato com alguns cartórios onde poderia ter esses registros de casamento mas não tive sorte, nem em uma igreja na região. É problematico pro processo de cidadania não ter essa certidão de casamento do português?

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