Preciso de ajuda para resolver esse mistério familiar!
Pessoal, gostaria muito da ajuda de vocês para tentar localizar documento importante para a minha cidadania. A situação é um pouco diferente, e para ajudar no entendimento montei a figura abaixo. Toda a história se passa na Ilha da Madeira.
Como se vê, Maria Francisca teve 6 filhos. Três são do marido (Manuel de Freitas Miranda), e os outros três têm registros de nascimento indicando pai incógnito. Já consegui os 6 registros de nascimento e o do casamento, todos ocorridos em Faial. Também encontrei 2 passaportes de Manuel de Freitas Miranda para Demerara, um de 1872 e outro de 1878. E isso é tudo. A partir de 1882, com o nascimento do último filho, todos eles "desaparecem do mapa".
Então, 20 anos depois, parte deles reaparecem no Brasil. Cristina se casou em Taiúva (SP) em 1902, e João se casou em Cordeirópolis (SP) em 1905 (no Brasil, ele passa a usar o nome João Jacinto). E há registros que a mãe Maria Francisca também estava no Brasil. Ou seja, a mãe e pelo menos 2 dos filhos vieram para cá. Dos outros filhos não sabemos mais nada.
Por fim, outra informação interessante. Nos documentos brasileiros de Cristina e João, o pai até então incógnito de cada um deles é identificado: Manoel Jacinto de Mendonça (pai de Cristina) e Jacinto de Freitas (pai de João). Mas já procurei registros sobre esses dois, e até agora nenhuma pista. As buscas em Portugal fiz no Arquivo e Biblioteca da Madeira. Procurei bastante também nos bases de dados de imigração do Arquivo do Estado de São Paulo, sobre todos eles, e não encontrei nada sobre a entrada no Brasil.
Muito obrigada!
Fabiana
Comentários
@fabiananp
o Foco da comunidade é em cidadania portuguesa. Algumas pessoas podem até te ajudar a investigar o restante da familia, mas seria bom voce indicar quem é o seu parente, entre os filhos da Maria Francisca.
se Puder tambem colocar os links ou imagens dos registros ja encontrados, tambem é muito útil!
@fabiananp
Se vc tem o registo de nascimento (pela data acredito que seja na verdade assento de batistmo) de Cristina e João e eles são portugueses nascidos na Madeira, vc não precisa de outros documentos portugueses para cidadania sua ou de outros descendentes.
Certidões ou informações do pai são irrelevantes para o processo (mesmo que sejam de interesse da família para entender sua história). Foque no que precisa para o processo, que são os documentos dos filhos e netos dos portugueses.
@eduardo_augusto
Olá, obrigada pela resposta!
Sim, estou buscando a cidadania. Dei referências de toda a família pois a situação dos 3 filhos de pais incógnitos é praticamente a mesma, e, se descobrir algo sobre qualquer um deles, provavelmente descobriremos sobre os outros também. Foi inclusive dessa forma que consegui achar todos os registros de nascimento.
Sou bisneta do João, que no Brasil era conhecido como João Jacinto de Freitas. A cidadania será feita pela minha mãe, neta dele portanto.
Sobre os documentos que já tenho, estou anexando as imagens nessa mensagem, ok?
@fabiananp para cidadania apresente a certidão deste batismo de João, seu bisavô. Os demais documento não são necessários para esta finalidade, o que importa é comprovar que sua mãe é neta de um português originário, não importando se a filiação era legítima, natural ou espúria. A depender de como estiver a docuemntação brasileira (com nome de pai?) talvez seja necessário retitificação para que fique conforme documento portugues, salvo se você encontrar algum instrumento de legitimação.
@ecoutinho
Muito obrigada pelos seus comentários!
Sou descendente do João, então meu foco para o processo de cidadania é ele. E já cheguei a pensar dessa mesma forma que você sugeriu, que o que tenho já seria suficiente. Mas acredito ter um ponto frágil nesse caminho, que vou explicar abaixo. Mas é claro que estou aberta às sugestões de vocês que têm bastante experiência no assunto.
Como em qualquer processo de cidadania, de qualquer país, imagino que uma das maiores dificuldades é comprovar que o a pessoa X, que nasceu em um determinado país, é a mesma que depois apareceu no Brasil, com um nome relativamente diferente de X. E no caso do João, me parece que estamos diante de uma situação em que as evidências de que se trata da mesma pessoa são bem frágeis, por enquanto.
Em resumo:
PORTUGAL
Nome: João
Mãe: Maria Francisca Teixeira
Pai: incógnito, filho "espúrio"
Nascimento: 7/12/1882
Local: Faial, Ilha da Madeira
BRASIL
Nome: João Jacinto de Freitas
Mãe: Maria Francisca Teixeira
Nascimento: não mencionado em nenhum documento brasileiro; normalmente aparece apenas a idade - e fazendo o cálculo, às vezes dá um pouco mais ou um pouco menos que 1882.
Local: não mencionado em nenhum documento brasileiro, diz-se apenas que é "português".
Ou seja, o único elo concreto mesmo entre os dois é o nome da mãe. Mas acredito que tenha havido diversas Maria Francisca Teixeira em Portugal que tiveram um filho chamado João.
Qual a opinião de vocês? O que tenho já seria suficiente, mesmo com as diversas lacunas?
@fabiananp
A questao maior é: nos documentos brasileiros ele aparece com nome de pai ou não?
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Outro ponto, apenas para historia familiar: olhando os passaportes da Ilha da Madeira, onde se supõe que o tal "Jacinto de Freitas" vivia, acredito que o nome dele possa ser Jacinto Xavier de Freitas, pois este individuo era de Faial e tirou varios passaportes, inclusive para o Brasil... depois por curiosidade pesquise sobre ele, pode ser o pai do Joao...
@fabiananp
A forma de resolver isso é com os documentos “do João para frente”. O que vem antes dele não é importante para o seu processo de nacionalidade, apesar de ter valor sentimental para a família conhecer suas origens.
Se o João se casou no Brasil, por exemplo, transcrever o casamento em Portugal serve para “fixar o sobrenome” e resolver essa ambiguidade.
Olá @AlanNogueira, obrigada pela resposta!
Sim, nos documentos brasileiros (casamento, nascimento dos filhos, etc) aparece sempre com o nome do pai (Jacinto de Freitas).
Minha grande dúvida foi a que tentei explicar na última mensagem, mas acho que ainda não ficou claro. Tentando esclarecer de outra forma: ACHO QUE esse registro de nascimento de um João, que anexei em uma mensagem mais acima, corresponde ao meu bisavô.
Por histórias familiares, de "ouvir falar", de "parece ser", nós da família temos convicção de que sim, trata-se da mesma pessoa. Mas na letra fria dos documentos, só há um único dado comum entre os dois: o nome da mãe é o mesmo. Mas trata-se de um nome comum, que poderia perfeitamente ser um homônimo.
ACHO QUE o João Jacinto meu bisavô aqui do Brasil é o mesmo João de um registro de nascimento aleatório que achei em Faial. Para uma análise oficial em um processo de cidadania esse ACHO QUE é suficiente?
Olá @ecoutinho, obrigada pela resposta!
Sim, meu foco é no "João para frente", como você comentou. Porém, a dúvida é se o JOÃO É O JOÃO, entende? Quando me refiro ao resto da família ou ao pai do João, é sempre no sentido de buscar evidências de que o JOÃO É O JOÃO. Sei que para o meu processo de cidadania não serão necessários documentos dos pais, dos irmãos, etc.
Expliquei na mensagem anterior, mas repito aqui por facilidade de leitura. Tentando esclarecer de outra forma: ACHO QUE esse registro de nascimento de um João, que anexei em uma mensagem mais acima, corresponde ao meu bisavô.
Por histórias familiares, de "ouvir falar", de "parece ser", nós da família temos convicção de que sim, trata-se da mesma pessoa. Mas na letra fria dos documentos, só há um único dado comum entre os dois: o nome da mãe é o mesmo. Mas trata-se de um nome comum, que poderia perfeitamente ser um homônimo.
ACHO QUE o João Jacinto meu bisavô aqui do Brasil é o mesmo João de um registro de nascimento aleatório que achei em Faial. Para uma análise oficial em um processo de cidadania esse ACHO QUE é suficiente?
@fabiananp
Eu entendi o ponto. Apesar de parecer ser a mesma pessoa, é razoável acreditar que possa ser um homônimo.
Não tenho experiência prática com um caso assim, portanto sugiro aguardar algum colega que tenha passado por um caso semelhante traga a experiência dele.
Minha opinião pessoal (vulgo palpite):
Se tivesse o nome do pai no batismo, provavelmente mandar uma cópia da certidão de casamento ou óbito como documento complementar para fixar o nome seria suficiente, mas como nesse caso a chance de questionamento é maior eu tentaria tirar isso da frente fixando o sobrenome com uma transcrição de casamento.
Se a certidão de casamento no Brasil não tiver nenhuma divergência grave em relação ao batismo português (nome diferente, idade, nome da mãe diferente etc) provavelmente a transcrição ocorrerá com sucesso. Com isso eu mandaria o assento de batismo emitido pelo arquivo distrital e uma cópia da certidão de casamento portuguesa resultado da transcrição em Portugal. Isso será o suficiente para evitar que o conservador questione se é a mesma pessoa quando for analisar o processo.
Uma alternativa mais barata e que evitaria ter que esperar uma transcrição seria você pode tentar a sorte e, ao invés de transcrever, mandar junto ao processo de nacionalidade apenas o assento de batismo com uma cópia da certidão de casamento ou óbito brasileira para fixar o nome e ver se passa. Pode passar batido, mas acho que há chance razoável de haver questionamento. Nesse caso você tenta transcrever quando vier a exigência. Confesso que não gosto dessa alternativa pq vc vai ficar meses na dúvida e ansiedade de saber se vai dar certo ou não e depois vai ter que tentar transcrever na correria também sem a certeza que vai dar certo. Eu prefiro caminhos mais seguros, mesmo que por vezes possam demorar um pouco mais ou custar um pouco mais.
Boa sorte e mantenha o fórum informado sobre o resultado para servir de referência futura.