Ajuda pra localizar certidão de casamento dos meus trisavos
Boa tarde, queria dar entrada no pedido de nacionalidade porem como nao consigo localizar nenhum dado ou informação sobre o casamento fica difícil saber por onde começar a procurar, nome do meu avo e Roque antonio da silva, nascido em portugal 1840, nome da minha avo adelina maria de faria brasileira, ele morreu antes do meu bisavo nascer então teve uma reconhecimento porem nao consta como pai na certidao dele e so consegue inclusao com a certidao de casamento, moravam no rio de janeiro, faleceu em 17 de out 1903, o filho dele nasce 18 de out de 1903 com nome de Roque pires bandeira
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.
Comentários
@Sayrtin
Só para entender melhor;
O português é Roque Antonio da Silva, que faleceu em 1903, certo?
Ele faleceu logo antes de Roque Pires Bandeira nascer no Rio de Janeiro. E Roque Pires Bandeira foi registrado por um terceiro (Francisco Dutra da Rocha):
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-6W2N-XQ?i=181&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A79WT-YH2M
Também consta no registro que Adelina Maria de Faria era a "companheira" de Roque Antonio da Silva - ou seja, aparentemente não eram casados no civil.
O batismo de Roque em 1904 também o lista como "filho natural" de Adelina Maria de Faria; ou seja, também não eram casados no religioso:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-W72W-Q?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A8BX5-WJZM&action=view
Não parece que houve um casamento entre Roque (pai) e Adelina.
No óbito de Adelina em 1937, declarado por Roque Pires Bandeira, ela aparece como "viúva de Joaquim Sampaio"; o que reforça que não deve ter casado com Roque:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-6GT3-5KS?i=125&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A772P-7GZM
Aqui o provável casamento de Adelina e Joaquim Ignacio Sampaio em 1879. Note que o nome da mãe de Adelina bate com outros registros, e que ela é da Ilha do Governador:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-RZSK-7Y?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A6X8G-4938&action=view
E aqui o provável óbito desse Joaquim Ignacio Sampaio, apenas em 1926, também na Ilha do Governador. Sendo ele, explicaria por que Adelina e Roque não puderam se casar:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-6GT3-DWH?i=132&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A772G-LB3Z
Sim e este roque mesmo, entao no registro de obito ja emitido consta o nome do pai como roque antonio porem nao ha no registro de nascimento e no registro do obito ele declara casado com adelina, e pai de todas filhas que tiveram juntos
@Sayrtin
Olhando o conjunto de documentos, como dito acima, me parece improvável que Adelina e Roque tenham se casado. Se houve reconhecimento da paternidade por outros meios, é outra história. Mas como Roque (pai) faleceu antes de Roque (filho) nascer, não teria havido tempo para isso.
Constar no óbito não serve, pois Roque (filho) não foi reconhecido pelo pai (Roque) durante a vida do pai. Portugal exige que filhos sejam reconhecidos pelo progenitor português em vida, ainda na sua menoridade.
No óbito de Roque (pai), quem declara que Roque é casado com Adelina e tem esses filhos é um terceiro (Pedro Grau Salles) e não o próprio Roque pai (por estar morto). Dessa forma, essa declaração de "casado" não tem valor legal para Portugal - e pode (muito provável) não corresponder à realidade formal. Terceiros cometiam muitos erros ao declarar óbitos, e era só "de boca", sem documentos comprovando essas declarações. Inclusive, como explicado abaixo, Angelica não era filha de Roque, mas sim de Joaquim Ignacio Sampaio.
Se olhar os registros de vários filhos de Roque e Adelina, vai notar que Roque comparece ao cartório para fazer o registro; porém ele NÃO se declara como pai de nenhum deles. O pai aparece como incógnito ou não consta do registro.
A razão para isso me parece ser que Adelina ainda era formalmente casada com Joaquim Ignacio Sampaio (inclusive há alguns registros que mencionam Adelina como "casada e separada do marido").
Por isso, ela não poderia se casar novamente até Joaquim falecer (o que parece que só aconteceu em 1926). Dessa forma, os filhos de Adelina de outros relacionamentos, pela legislação da época, não podiam ser reconhecidos como filhos de um pai que não fosse o seu marido formal (Joaquim).
Aparentemente, Adelina teve 3 relacionamentos na vida:
Casou se com Joaquim em 1879 e teve vários filhos com ele. Aparentemente, a última foi Angelica em 1888:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-R8S9-RK?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A6X8V-73WF&action=view
Pode ver que no casamento de Angelica, apesar de ela aparecer com o sobrenome "da Silva" (igual ao do Roque), o pai é Joaquim Ignacio Sampaio:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-6GK7-D5X?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AXJ3P-9TC&action=view
O segundo relacionamento foi com Roque Antonio da Silva, com quem teve vários filhos entre 1891 até o Roque (filho), nascido logo após o falecimento de Roque (pai) em 1903.
Depois da morte de Roque pai, ela teve ao menos uma filha em 1908 (Cesarina) com José Coelho da Rocha.
O óbito de Adelina em 1937, cujo link está no comentário acima, como dito, menciona que era "viúva de Joaquim Sampaio" e lista 6 filhos ainda vivos (de diferentes relacionamentos): Marieta, Cesarina, Alexandrina, Guiomar, Branca e Roque (filho, o declarante do óbito).
Aparentemente, os filhos do relacionamento com Joaquim já tinham todos falecidos em 1937. A Angélica, mencionada acima, faleceu em 1923, já com seu nome de casada Angelica Durao Vila Verde:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-6GT3-85K?i=58&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A776X-G7N2