Divergência entre Portugal e Brasil
Pessoal, boa noite!
Estou juntando os documentos para dar entrada no pedido do meu pai que é neto e encontramos algumas divergências do documento do meu bisavô português em Portugal em relação ao que consta na certidão de nascimento de sua filha que é a mãe de meu pai.
De meu bisavô:
Segundo documento em Portugal:
Nome: Antonio
Filho de: Augusto Grigorio e Maria Custodia
Nascido em 04/01/1892
Natural: Freguesia de Alcoutim subdistrito de Faro
Na certidão de casamento de meu bisavô aqui no Brasil:
Nome: Antonio Augusto
Nascido em 04/01/1892
Filho de: Augusto Gregorio e Maria Custodia
Naturalidade: Faro, Portugal
Na certidão de nascimento da minha vó consta:
Pai: Antonio Augusto
Avós Paternos: Augusto Gregorio dos Santos e Maria Custodia
Naturalidade do pai: Brasileiro (pois ele havia se tornado cidadão brasileiro)
Minhas dúvidas são
- Preciso mudar o nome do meu bisavô nos documentos de minha avó para ficar igual aos de Portugal dado que pelas datas, nomes e local fica claro ser a mesma pessoa?
- Preciso mudar o nome do meu tataravô na certidão de minha avó por ele ter acrescentando o Santos ao nome?
- A naturalidade de meu bisavô precisa ser ajustada na certidão de minha avó?
Espero ter deixado claro minhas dúvidas e desde já agradeço!
Comentários
Tendo em vista os últimos desdobramentos, EU retificaria os últimos dois itens que você mencionou (- Santos e brasileiro -> português).
O Grigorio -> Gregório acredito que não terá problemas.
@yuritoledo
Concordo com o @LeoSantos , mas acho que se for retificar, já corrige também o Gregório --> Grigório...
Mas antes disso: quando você diz "documento de Portugal", você está olhando o livro de registro (manuscrito no livro de batismo), ou no assento enviado pela conservatória?
Antes de sair retificando documentos, certifique-se de que não é o documento português que está errado.
@eduardo_augusto o documento em Portugal é o registro de nascimento
@yuritoledo
Você consultou a imagem do livro? No livro também está escrito Grigorio?
Insisto na pergunta porque já vi casos em que o assento estava escrito de uma maneira, mas no livro estava de outra. E o que vale oficialmente é o livro.
@eduardo_augusto
entendi, no entanto no momento não tenho a imagem do livro para confirmar. Vou tentar conseguir para fazer a validação.
@LeoSantos ainda sobre o nome de Augusto Grigorio, o Santos só aparece na certidão de nascimento da neta dele (minha avó) enquanto que na certidão de casamento e óbito do filho dele consta somente Augusto Gregorio. Mesmo dessa forma acha que seria necessário atualizar a certidão de nascimento da neta dele?
A questão da naturalidade de Antonio Augusto também, somente na certidão de nascimento da filha dele (minha avó) que ele consta como brasileiro enquanto que em sua própria certidão de casamento e na certidão de casamento de sua filha ele consta como português.
@yuritoledo a impressão que tenho, é que Portugal no geral está mais rigoroso na análise das divergências (especialmente o ACP).
É só um palpite claro, porém basta dar uma olhada nos tópicos recentes para desconfiar que algo está acontecendo.
Como os processos de netos tem chance de ir parar no ACP agora, eu retificaria (e dou razão ao @eduardo_augusto , já que é pra retificar, retificaria tudo de uma vez)
A alternativa é mandar assim e se preparar para lidar com uma eventual exigência. A escolha é sua.
Boa tarde, no eu caso meus bisavós acrescentaRAM o sobrenome de minha bisavó ao nome de meu avô e mudaram a data nascimento com medo de ele ser convocado durante a segunda guerra. Agora estão me pedindo documentos para confirmar que o homem que casou no Brasil é o mesmo que nasceu em Portugal. Não sei por onde começar, sei que meu tio, que faleceu o ano passado fez o registro do casamento no consulado e tirou a cidadania por causa do filho a alguns anos. Mas não tenho nada além disso.
@Amador
Desculpe, mas é difícil ajudar quando a história não é bem contada. Dando mais detalhes, talvez a gente consiga te ajudar a encontrar uma solução! Ajuda a gente a te ajudar :-)
Vamos lá...
meus bisavós acrescentaram o sobrenome de minha bisavó ao nome de meu avô e mudaram a data nascimento com medo de ele ser convocado durante a segunda guerra.
Seus bisavós nasceram onde? Seu avô nasceu onde? Onde foi feita essa "mudança na data de nascimento"? Onde foi feito esse "acréscimo" de sobrenome?
estão me pedindo documentos para confirmar que o homem que casou no Brasil é o mesmo que nasceu em Portugal
Quem "estão pedindo"? O processo caiu em exigência? Quem é o requerente, você ou seu pai? Quem é a pessoa que nasceu em Portugal e casou no Brasil, seu bisavô ou seu avô? Pode postar a carta de exigência?
sei que meu tio, que faleceu o ano passado fez o registro do casamento no consulado e tirou a cidadania por causa do filho a alguns anos
Seu tio, suponho, irmão do seu pai. Fez o registro de que casamento? Quando você diz registro, quer dizer transcrição? Como assim "tirou a cidadania por causa do filho"? Normalmente os filhos que obtém a cidadania a partir dos pais, não me recordo em que situação o pai consegue a cidadania a partir do filho.
Deixeme reformular:
Meu avô nasceu em 22 de dezembro de 1918 como Antonio Gonçalves, na freguesia de Pinzio, conselho de Pinhel. Filho de Francisco Joaquim Gonçalves e Cândida da Conceição Amador.
Quando chegaram ao Brasil, disseram aos responsáveis que o nome de meu avô era Antonio Gonçalves Amador. Nascido em 07 de setembro de 2018. Filho de Francisco Joaquim Gonçalves e Cândida da Conceição Amador.
Em 19 de abril de 1941 ele se casou com minha avó Anna Maria de Queiroz, que passou a assinar Anna Maria de Queiroz Amador.
Deste casamento, nasceram os filhos: Elcio (meu pai), Hélio, Édio e Edson.
Em 22 de janeiro de 2015 foi feito o assento do casamento de meus avós junto ao Consulado Geral de Portugal, pois meu tio Hélio resolveu solicitar a cidadania portuguesa para que meu primo também tivesse a cidadania e também pudesse morar e trabalhar em Portugal (portanto antes da mudança da lei).
Durante a pandemia pediram que envia-se cópias das certidões de nascimento minhas e de meu pai. Anexei também uma cópia simples do livro de registro de nascimento e do assentamento do casamento junto ao consulado.
Agora enviaram um pedido para que eu envie uma cópia dos documentos de meu pai (passaporte, etc). E uma declaração dos países onde morei antes. Mas com certeza o problema da divergência ainda vai permanecer
@Amador
Quando chegaram ao Brasil, disseram aos responsáveis que o nome de meu avô era Antonio Gonçalves Amador. Nascido em 07 de setembro de 2018. Filho de Francisco Joaquim Gonçalves e Cândida da Conceição Amador.
Quando quem chegaram ao Brasil? Quem disseram a que responsáveis? Em que documento(s) aparece o nome do seu avô como Antonio Gonçalves Amador, nascido em 7 de Setembro de 1918?
Deixe-me reformular:
Meu avô nasceu em 22 de dezembro de 1918 como Antonio Gonçalves, na freguesia de Pinzio, conselho de Pinhel. Filho de Francisco Joaquim Gonçalves e Cândida da Conceição Amador.
Quando chegaram ao Brasil, meu avô e seus pais, disseram aos responsáveis pelo registro no desembarque no Brasil, que o nome de meu avô era Antonio Gonçalves Amador, e disseram também que meu avô havia nascido em 07 de setembro de 2017. Filho de Francisco Joaquim Gonçalves e Cândida da Conceição Amador.
Em 19 de abril de 1941 meu avô se casou com minha avó Anna Maria de Queiroz, que passou a assinar Anna Maria de Queiroz Amador.
Deste casamento, nasceram os filhos: Élcio (meu pai), Hélio, Édio e Edson.
Em 22 de janeiro de 2015 foi feito o assento do casamento de meus avós junto ao Consulado Geral de Portugal, pois meu tio Hélio resolveu solicitar a cidadania portuguesa para que meu primo também tivesse a cidadania e pudesse morar e trabalhar em Portugal (portanto antes da mudança da lei).
Durante a pandemia pediram que se enviassem cópias das certidões de nascimento minhas e de meu pai diretamente ao IRN. Anexei também uma cópia simples do livro de registro de nascimento e do assentamento do casamento junto ao consulado.
Agora enviaram um pedido para que eu envie uma cópia dos documentos de meu pai (passaporte, etc). E uma declaração dos países onde morei antes. Mas com certeza o problema da divergência
@Amador
Quando chegaram ao Brasil, meu avô e seus pais, disseram aos responsáveis pelo registro no desembarque no Brasil, que o nome de meu avô era Antonio Gonçalves Amador, e disseram também que meu avô havia nascido em 07 de setembro de 2017. Filho de Francisco Joaquim Gonçalves e Cândida da Conceição Amador.
O que disseram aos responsáveis pelo registro no desembarque no Brasil, imagino que você esteja se referindo aos livros de passageiros, não tem qualquer valor no processo.
O que importa é exclusivamente o que está nos registros oficiais: certidão de nascimento ou batismo (para os portugueses de antes de 1911), certidão de casamento, eventualmente certidão de óbito.
Em 19 de abril de 1941 ele se casou com minha avó Anna Maria de Queiroz, que passou a assinar Anna Maria de Queiroz Amador.
Qual o nome dele no registro de casamento? Qual o nome que aparece escrito no registro, e como que ele assina?
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Enfim, sem querer me alongar muito na discussão... considerando até o seu nome de usuário aqui no fórum, entende-se que o sobrenome Amador é o sobrenome usado pela família.
A princípio, você teria que fazer toda retificação dos nomes da família. Mas na minha opinião, destacando aqui que não sou especialista, sou só um cara anônimo na internet, eu não me preocuparia no momento.
Você já recebeu, pelo que eu entendi, uma carta contendo duas exigências: um documento do seu pai (RG, passaporte ou similar), e a declaração dos países onde você morou. Pronto. Envie o que eles pediram. Não perca mais tempo.
Esqueça essa história de mudança de data de nascimento por causa de guerra. Isso não é explicação, você não tem como provar, nada.
O que você tem é: o seu avô nasceu Antonio Gonçalves, conforme consta da certidão de nascimento. Na vida adulta, adotou o sobrenome da mãe (Amador), passando a se apresentar e viver como Antonio Gonçalves Amador. É isso. Menos mal que esse é o sobrenome da mãe. Tinha gente que simplesmente adotava como sobrenome o nome do navio em que veio para o Brasil...
Não é muito diferente de quem era batizado apenas com um nome próprio, e só na hora de casar é que se "fixava" o nome com os sobrenomes.
Boa sorte!