Prazo para nacionalização na Conservatória dos Registos Centrais em Lisboa

Aos amigos que entraram com pedido de nacionalização pela CR em Lisboa, alguem sabe o prazo, pois meu pedido tem exatamente um ano e meio e está no 1º andamento entregue na conserbatória ainda.

O QUE FAZER

GRATO PELA AJUDA

Comentários

  • @chjoao

    pedidos de neto estão demorando de 2 a 3 anos para conclusão

  • No caso da minha mãe, demorou quase 3 anos (de 07/20 a 05/23)

  • @Djá Djinha , houve alguma exigência, no processo da sua mãe?

  • Em 23/07/20 enviamos os seguintes documentos, conforme recomendação do pessoal aqui do Fórum:

    1 - Cópia da certidão portuguesa do pai;

    2 - Certidão da Requerente por cópia reprográfica, apostilada;

    3 - Cópia autenticada e apostilada do RG, CNH ou passaporte que tenha a filiação, emitidos há menos de 10 anos;

    4 - Formulário 1C impresso colorido, frente e verso, com assinatura reconhecida por autenticidade;

    5 - Pagamento de 175 euros

    Eles acusaram recebimento em 30/07/20, mas em 27/10/21 enviaram um email solicitando também a certidão de nascimento original do pai da minha mãe, sendo que, na época que preparei os documentos para envio, não era exigido e antes de enviar todos os documentos, tive o cuidado de enviar email para eles para confirmar se minha lista estava certa. Em 08/11/21 constava como entregue o documento. Desde então cobrei várias vezes por email um status atualizado do processo e depois de muito custo, esse ano responderam que não tinham previsão e que estavam com uma fila represada de processos. Não demorou muito e em maio desse ano recebemos um email confirmando que o processo tinha dado certo e que poderíamos fazer o cartão do cidadão.

  • @mabego @texaslady @Destefano @CarlosASP @Guilherme Moreira @Kleber Silva Aguiar @Admin @LeoSantos


    Notícia interessante publicada hoje no Globo:

    Portugal concede cidadania inédita a brasileiro com câncer (globo.com)

    Não posso copiar o texto todo, aqui vão alguns pontos importantes:

    1. O brasileiro luta contra um câncer e o seu processo exigia a rapidez que a Conservatória dos Registros Centrais, órgão do governo, se recusou a oferecer. O processo de cidadania começou em 2021 com pedidos de urgência devido à saúde e idade do brasileiro, que foram negados pela Conservatória. O escritório Martins Castro, em Lisboa, entrou com ação judicial no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa em um processo que durou quatro meses. E venceu. A Justiça obrigou a conservatória a conceder a cidadania, o que foi feito agora, seis meses após a decisão.
    2. Huver informa que a decisão garante jurisprudência para casos semelhantes de causas humanitárias. O que foi decidido deverá ser respeitado pelas conservatórias portuguesas. Hoje, temos em torno de dez processos em análise e por diferentes motivos, como saúde, residência e trabalho em Portugal e idade avançada. Essa decisão nos permite cobrar das conservatórias os cumprimentos dos prazos previstos para análise dos processos de nacionalidade — disse (o advogado)
    3. Essa ação judicial garante direitos. No caso do Renato, ter uma idade avançada e ter uma doença crônica, fez com que o tribunal reconhecesse que, em caso de concessão da cidadania, ele poderia ter acesso a melhores condições de tratamento no sistema de saúde de Portugal — disse o advogado.
  • @eduardo_augusto é uma ótima notícia, tomara que a CRC passe a cumprir os prazos.

  • @LeoSantos


    A decisão gera jurisprudência - mas não obriga que a CRC passe a cumprir os prazos para todos os requisitantes.

    Isso é algo que já foi debatido aqui no Fórum antes. Se você analisar o Regulamento da Nacionalidade Portuguesa (Decreto-Lei n.º 26/2022), os processos deveriam durar apenas alguns meses e não anos como vemos hoje.

    Em tese, qualquer advogado responsável por um processo poderia entrar na Justiça portuguesa exigindo o cumprimento dos prazos que, afinal estão determinados em lei. (se vai ganhar ou não é outra história - há um deliberação do IRN (18/01/2023) dizendo que "nunca uma decisão proferida num processo de nacionalidade se torna ineficaz por não ter sido proferida em tempo útil."

    Mas de qualquer maneira, é positivo, quanto mais cobrarem que o IRN respeite os prazos, maiores as chances de vermos mudanças.

  • @eduardo_augusto sim, o que pode acontecer é similar ao que já ocorre hoje com a cidadania italiana, processos judiciais contra fila.

  • editado June 2023

    @eduardo_augusto

    Pessoalmente, não gosto do precedente (não estou entrando no mérito da pessoa).

    Como dito,pode acabar como na IT, onde quem tem $$$ fura a fila através da justiça. E passa na frente de uma pessoa que, possivelmente com o mesmo "mérito", não tem $$$ para, além dos custos do processo, pagar advogados.

    Como sempre, é bom para advogados, que ganham mais clientes. E ruim para a população como um todo.

    Se é para ter preferência pelo motivo X, Y ou Z, que seja aplicada para todos; não apenas para quem tem mais $$$.

  • @eduardo_augusto , @CarlosASP , @LeoSantos ,

    Vou colocar minha opinião aqui, espero que ninguém se ofenda, nada pessoal com ninguém:

    1. Tenho respeito pelos idosos e pessoas com problemas de saúde. Minha simpatia por pessoas que passam por esta situação difícil para a família.
    2. Porém se avaliarmos esta situação de netos, principalmente pela idade mais avançada, visto que são netos de portugueses, existe um número enorme de idosos e consequentemente muitos com problemas graves de saúde.
    3. Então temos 2 casos aqui, o primeiro prioridade por idade. Se analisarmos o que pode parecer justo, pode muito bem ser injusto com muitos que estão na fila. Ningúem sabe o dia que vai morrer. Um neto mais jovem pode morrer e seus descendentes perderão o direito e um neto mais idoso pode viver mais de 100 anos. Se ele passa na frente daquele neto mais jovem que morreu isto seria justo? O segundo caso seria os que estão com doenças graves. A princípio isso ilustra uma causa humanitária, e é, mas da mesma forma o requerente pode se curar e viver mais de cem anos e talvez tomar o lugar de um outro mais jovem que teve um mal súbito.
    4. Outro ponto que levanto aqui é a questão dos advogados, sim eles vão explorar isso. E todos sabemos que a maioria não tem recursos para contratar advogados. Aí a injustiça não seria apenas como os mais jovens e saudáveis mas também com os mais velhos, doentes e sem recursos.
    5. Enfim minha opinião é que, primeiro os prazos deveriam ser cumpridos conforme a lei e não deveria ter prioridade. Mas por outro lado a partir do momento que o processo foi iniciado, tendo o requerente falecido antes da finalização e tendo sido aprovado, os descententes teriam seus direitos preservados.
  • @eduardo_augusto @texaslady @CarlosASP @LeoSantos

    justamente o erro mais simples do lado português, não quis mexer.

    Retifiquei o lado italiano, que estava a maior bagunça (e o sobrenome que carrego) judicialmente, nem tinha como fazer administrativamente.

    Na hora de transcrever casamento... tive que retificar aquele errinho simples do lado português, que não quis mexer (por escolha minha mesmo), pois tudo estava bastante claro.

    Conclusão: nova retificação judicial e mais gasto.

    Reenviei a documentação, transcrevi casamento.

  • @eduardo_augusto @texaslady @CarlosASP @LeoSantos @mabego


    Também não sou a favor da judicialização do processo. Não posso falar sobre a Itália porque nunca estudei o tema. Sei que há algumas diferenças em relação aos documentos apresentados e ao processo propriamente dito. O que quis dizer com meu comentário foi que a via judicial permite que pessoas com uma necessidade objetiva possam ser atendidas, como no caso do homem da reportagem, que poderá fazer o seu tratamento médico em Portugal. Não é uma necessidade hipotética, não é "vou entrar na justiça porque pode ser que eu fique doente", não é "vou entrar na justiça porque estou doente", é "vou entrar na justiça porque estou doente e ter a cidadania me dará acesso ao tratamento que preciso para continuar vivo".

    Obviamente concordo que o ideal seria que os prazos fossem cumpridos e que os processos não demorassem tanto tempo. Pode ser que um dia as coisas voltem à normalidade. Talvez um processo aqui e outro ali ajude os dirigentes a refletir sobre o que podem fazer para melhorar os serviços.

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