Arquivos da Cidade de Horta, Ilha de Fayal (Faial)
Boa noite, colegas,
Encontrei uma certidão nascimento de um tio-bisavô meu, indicando que seus pais seriam "naturais da cidade de Horta, Ilha de Fayal"
Essa certidão de nascimento é de 1874, então estou supondo que seus pais tenham nascido entre 1850 e 1856 (ou seja, entre 18 e 24 anos).
No entanto, não encontrei no tombo.pt e nem no familysearch os links adequados para folhear os livros de registros de nascimento e casamento da cidade de Horta, Ilha de Fayal, daquele período. Aparece com nome diferente? Estão guardados sob a responsabilidade de outro arquivo distrital? foram perdidos?
Alguma dica?
Entre ou Registre-se para fazer um comentário.
Comentários
@eduardo_augusto
Todos os livros de todas as freguesias estão online.
https://tombo.pt/m/hrt
@eduardo_augusto
É nesse link que o @Guilherme Moreira lhe mandou, onde você vai achar os documentos. http://www.culturacores.azores.gov.pt/ig/
Clique em "Registos Paroquiais", ou "Passaportes". Em "Registos Paroquiais" pode selecionar a ilha "Faial", Conselho "Horta", e as várias freguesias. pode começar pela "Matriz da Horta", mas não se prenda nisso. Depois selecione o tipo de documento que quer buscar, como "Baptismos" ou "Casamentos". E tem que folhear um por um mesmo.
Entenda como a ilha se divide, porque cada uma dessas áreas tem sua freguesia com sua própria igreja, onde teria que buscar a certidão folheando os livros. Tem a matriz de Horta, mas pode estar em qualquer dos outros.
As famílias com apelido semelhante tendem a aparecer na mesma igreja (Orago).
aqui https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_do_Faial
Obrigado, @gandalf e @Guilherme Moreira
@Leticialele ,
Pode me ajudar a completar a leitura desse registro?
Brasil, Rio de Janeiro, Registros da Igreja Católica, 1616-1980; https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-R899-KJ?cc=1719212&wc=M6ZR-Y68%3A131775101%2C136517601%2C137683801
"JULIO - Ao primeiro dia do mês de Fevereiro de mil oitocentos e setenta e cinco, nesta Matriz de Santa Rita, [...] desta Freguesia, [...] Antonio Joaquim da conceição e Silva, baptisou e pôs os Santos Óleos ao inocente Julio, nascido a vinte e nove de dezembro do ano próximo findo, digo, do ano de mil oitocentos e setenta e três, filho legítimo de Francisco Antonio da Silveira e de Dona Isabel Vasconcellos da silveira, naturais da Cidade da Horta da Ilha de Fayal, Protetora Nossa Senhora, e Padrinho Julio [...] de que mandei lavrar este assento que assino. Averbação: casou-se na Candelária 21 junho de 1956 com Helena [...] Santos"
Coisas que acho curiosas:
1) Nunca vi essa menção a uma "protetora" - aparece em alguns outros registros do mesmo livro, mas nem todos. Há algum significado especial?;
2) Esse Julio teria se casado em 1956, com quase oitenta anos!
3) Há um outro registro de Julio, filho de Isabel Vasconcellos e Francisco Antonio, que aos 29 anos, teria se casado com uma Alcina Leite Lobo... Será que teria se casado duas vezes?
3) Eu estou razoavelmente seguro de que Isabel Vasconcellos e Francisco Antonio sejam meus parentes distantes, mas encontro em outros registros "Isabel Henriqueta Vasconcellos", também "Francisco José Antonio" e o Julio, ao que parece, adotou em algum momento o nome de "Julio Betencor" ou "Julio Betancor" (e outras derivações)
@eduardo_augusto
As lacunas:
coadjutor pró parocho
Reverendo
Julio (?) por seu procurador Camillo (? - mesmo sobrenome de Julio)
Sim, parece ter tido um primeiro casamento em 1896 com Emilia da Silva. Emilia faleceu em 1902.
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-677S-Z1?i=3&cc=1582573
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-DC6J-LS?i=26&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AKFSZ-CL8
E ele casou de novo em 1904 com Alcina. Se olhar a certidão do segundo casamento (com Alcina) consta que Julio era viúvo:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-XX63-SQS?i=10&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AWYJX-JRT2
Se a anotação no batismo estiver certa e Julio realmente se casou em 1956, uma teoria é que ele só pode oficializar uma terceira união após o falecimento de Alcina em 1952. No óbito de Alcina consta que era desquitada de Julio; antes da lei do divórcio, a pessoa não podia se casar de novo enquanto o ex-cônjuge estivesse vivo.
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-DCYQ-3WD?i=32&cc=1582573
Na minha família eu achei um parente distante que só oficializou o casamento de décadas, com muitos filhos já nascidos, só à beira da morte (isso consta na certidão religiosa), exatamente uma semana antes de morrer.
No registro do casamento de Julio e Alcina consta uma anotação que se desquitaram em 1946. Mas a anotação foi só feita em 10/07/1956 - talvez justamente para poder registrar um casamento com Helena esse ano.
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-XX63-SQS?i=10&cc=1582573&personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AWYJX-JRT2
Julio aparentemente faleceu em 1964:
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_07&pesq=%22Julio%20Betencor%20da%20Silveira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=48588
@CarlosASP , obrigado!
A gente vai descobrindo curiosidades sobre a família... muito obrigado!
Bem, a menos que em algum lugar eu tenha me perdido com homônimos, consegui avançar bastante. É engraçado como há nomes que se repetem tantas vezes, nomes que aparecem e desaparecem... por exemplo, não faço ideia de como o Julio ganhou "Betencor", ou porque a mãe dele aparece Isabel Vasconcellos e em outros registros como Isabel Henriqueta Vasconcellos, que era também o nome da mãe dela... que confusão!!
Esse Julio seria um tio-trisavô meu, portanto não é o meu foco. Mas com o registro, consigo firmar a origem dos pais. Já encontrei também o que seria a certidão de casamento dos pais do Julio, e assim consegui chegar nos avós.
Ou seja, agora tenho os nomes dos meus quinto-avós desse lado da família! E saber que tenho um lado português Açoreano!