E agora, acabou o sonho??!!

Ola, minha avó faria o pedido da nacionalidade porém a mitra diocesana que tem os documentos antigos da cidade onde nasceu o pai dela (Brasil) ja fez uma pesquisa e não foi encontrado o assento de batismo do pai de minha avó, ira refazer essa busca para dar certeza porém não sendo encontrado esse batismo que é do pai de minha avó, não iria poder entrar com um processo de nacionalidade certo? Não teria nenhuma outra forma sem esse batismo ? Ele nasceu aproximadamente em 1888 e o cartorio em sua cidade foi criado em 1889.

Caso eu encontrasse esse batismo em um CHF do Family Search faria diferença?

Desde já obrigado a quem se disponibilizar para me responder.

Comentários

  • Se você encontrar o batismo no Family Search, você saberá exatamente em que livro está o registro. Com isso, pode voltar na mitra e pedir para olharem lá.

    É igual busca em cartório - os resultado não são muito confiáveis. Dizer "não achei" não é o mesmo que "não está lá".

    Uma dúvida: já tentou olhar pelas imagens do FS? As que não estão indexadas? Ou já apareceu que só indo num CHF mesmo?

  • @CarlosASP Já olhei sim e infelizmente não tem nas imagens, tem registros no FS da época de nascimento desse pai de minha avó porém está com bloqueado e só indo a um CHF mas o CHF na minha cidade está fechado por conta da pandemia porém eu já entrei em contato com a pessoa que cuida do CHF aqui e ela nem se quer me responde.

  • @Pedroca2 Você já considerou a possibilidade dele ter feito registro tardio em algum cartorio? Isso era comum na época que os cartorios estavam no inicio. A pessoa se registrar quando tivesse que cumprir alguma outra obrigação legal.

    Exemplo: Meu bisavô nasceu em 1901, porém se registrou apenas em 1932, antes de se casar. Você já considerou fazer uma pesquisa completa nos livros dos cartórios próximos?


    Sugestão: Se ele nasceu em 1889 e faleceu em 1940 ( Exemplo), solicite e pague uma busca nos cartorios que englobe nascimento e óbito dele. Comece pelos cartorios mais antigos da região.

    Outra coisa: Irei a um CHF semana que vem, deixe aqui o link, e se preferir, mande por mensagem privada os dados que eu posso dar uma procurada para você.

  • editado July 2021

    @A1920 A questão do cartório é que é cobrado 18 reais por uma busca a cada 10 anos nos registros então eu posso até realmente tentar encontrar porém vai sair caro então eu vou aguardar essa resposta do mitra e seria minha única saída pagar aos cartórios.

    O CHF na sua cidade está abrindo?? Muito obrigado por fazer isso será de MUITA importância a mim, acredito que não tenho problema em colocar os dados aqui, os dados do batismo:

    Batismo de: Domiciano d'Oliveira Carvalho - Nasceu por volta de 1888 - São José do Barreiro - SP

    Pai: João d'Oliveira Carvalho (Português)

    Mãe: Maria d'Oliveira Dutra (Brasileira)

    Os pais do Domiciano d'Oliveira casaram se em 1884 se puder olhar também se encontra algo sobre esse casamento e uma ultima pesquisa, seria um documento de óbito do português João d'Oliveira Carvalho, sei que ele estava vivo até 1896 então se conseguisse olhar 20 anos em torno disso. Não tenho palavras para agradecer, aguardo ansiosamente seu retorno! O lugar da pesquisa no catálogo é a cidade de São José do Barreiro - São Paulo.

  • @Pedroca2 O processo inteiro não sai por menos de 3k. Não é uma boa alternativa se preocupar com a busca nos cartórios.

    Sim, esta abrindo mas tive que agendar com antecedencia.

    Irei lá semana que vem e trago uma atualização.

    Mas, ainda assim, recomendo fortemente fazer essa busca nos cartorios. que compreenda todas as decadas de vida deles.

  • editado July 2021

    @Leticialele Então, já dei uma olhada e não tem nenhuma fase da vida ( nascimento e casamento) tanto do João (Português) e do filho Domiciano que possa estar nessas imagens.

  • @A1920 Venho muito feliz dizer que eu procurei como um maluco por esse registro no FS e encontrei o registro de nascimento do Domiciano de Oliveira Carvalho, então se você puder fazer o favor no dia que for ao CHF de apenas ver sobre o óbito na cidade de Areias-SP do João d'Oliveira Carvalho (vivo até 1896) pois tenho um indício de que ele foi para Areias-SP no final de sua vida (Ele aparece em um almanaque) e caso você tenha tempo sobrando e possa ajudar muito a mim, confirme também em São José do Barreiro-SP sobre esse óbito, acredito que a partir de 1896 ele não tenha vivido mais do que 20 anos.


    @Leticialele E agora no caso, como você me esclareceu em outra pergunta, se o Português declarou o filho até 1 ano de idade não é preciso a transcrição, porém como você vai ver nas imagens ele próprio o Domiciano se registra muitos anos após seu nascimento então eu teria que fazer a transcrição de casamento do pai dele certo? Mas a dúvida é a seguinte, se for encontrado o batismo dele e lá ele ter sido declarado pelo pai antes de completar 1 ano eu posso escolher qual dos dois (Batismo/Registro Civil) eu posso enviar para Portugal porque por exemplo eu não precisaria fazer a transcrição de casamento pelo batismo correto??

    Att de ano de nascimento Domiciano: 1894


    Registro Domiciano: https://ibb.co/R9gDSG2

    https://ibb.co/kmBhrRK

  • @Pedroca2 , se ele próprio se registrou, aos 39 anos, nem a transcrição de casamento irá ajudar, porque, para nacionalidade, a filiação tem que ter sido reconhecida na menoridade.

    No entanto, como ele nasceu em 1894, se houver assento de batismo, pode mandar, mas terá que fazer a transcrição do casamento dos pais. Não mande esse registro de 1933, NUNCA.

  • @A1920 Não sei se você ainda está acompanhando aqui mas agora como a Leticia disse que para o processo de cidadania essa certidão de nascimento não faz diferença tente por favor olhar os óbitos do João d'Oliveira Carvalho e também dar uma olhada em Nascimentos em São José do Barreiro por volta de 1894 e 1888 ele deve ter nascido (Domiciano de Oliveira Carvalho)por ai, espero muito que você possa fazer isso por mim e encontre valeu!

  • Olá @Pedroca2 a nova lei de atribuição diretamente para netos não te ajuda no seu caso?

    Nova lei: Portugal facilita pedido de cidadania para brasileiros - Nacional - Estado de Minas

  • @annabeatriza e @Pedroca2, as mudanças na regulamentação da lei não mudaram muito para Neto (a maior novidade seria o processo eletrônico), há um dispositivo falando que a critério do Conservador pode ser dispensado ou suprido por outro meio de prova, documentos que seriam necessários, mas é um critério subjetivo e bem específico. Eu desconheço ainda algum caso que tenham sido dispensados os documentos necessários.

    Como disse a @Leticialele a auto declaração de nascimento não era incomum, já vi algumas vezes na minha árvore genealógica que é do Rio de Janeiro que era a Capital do Império e da República na época a pessoa fazer a auto declaração muito próxima ao casamento (o que causa até problemas de indexação no FS, a pessoa geralmente é indexada como pai dela mesma ou como um "Jr." ou "filho").

    Um amigo meu está com um caso parecido com o seu, com uma auto declaração de nascimento no registro civil e com o registro de batismo localizado e emitido pelo pároco atual, todavia, ele foi desaconselhado a ingressar por uma consultoria que ele contratou.

    Disse para ele que há duas possibilidades, ele ingressar e pedir que seja considerado esse batismo, justamente falando que o registro civil só foi instituído na época da proclamação da república - em alguns lugares o registro civil é anterior - (como foi o caso de Portugal). Ou aguardar que haja alguma jurisprudência ou norma quanto ao aceite dessas auto declarações de nascimento para fins de nacionalidade. A questão dele não é nem o custo do processo, mas sim a possibilidade de ingressar novamente caso haja algum posicionamento sobre o aceite de uma auto declaração de nascimento, a aceitação normativa de declarante diferente do pai ou posterior a menor idade (o que pode nunca ocorrer). Por outro lado, a mãe dele tem uma idade adiantada. Então são coisas que devem ser levadas em consideração.

  • editado May 2022

    @Damasceno_de_Castro Então, no caso infelizmente eu empaquei no batismo, não posso olhar os registros da igreja de onde meu ascendente nasceu, por enquanto estou aceitando que ele não foi batizado ou aconteceu o rito do batismo mas não houve registro no papel.

    A questão do batismo eu perguntei a meses atrás quando entrei no fórum e a Leticia me passou que eu poderia usar o batismo pois o Domiciano filho do português nasceu antes da instituição da lei do registro civil, 1889.

    Mas pelo oque entendi da sua mensagem é que Portugal pode ou não aceitar o batismo como certidão de nascimento, certo? E neste ponto eu também fico igual a seu amigo, minha avó que faria o processo se fosse encontrado esse batismo, tem 88 anos.

  • @Pedroca2 , a linha de pensamento é justamente essa da questão da criação/ implementação do registro civil no Brasil. Em linhas gerais, a implementação não foi imediata. Concordo com a Letícia, você pode usar o batismo sim. O registro que você precisa estaria em uma fase intermediária entre a criação e a implementação do registro. Já li alguns lugares que o registro civil só foi instituído em 1893. Seria bom você ter alguma informação documental neste sentido, o registro civil nesta localidade foi criado em tal data.

    Estava dando uma olhada na árvore, o caso que eu te falei da auto declaração. Vi que tem dois registros de nascimento do meu tio bisavô que nasceu em 1895 (o meu trisavô declarou o nascimento dele em 1895 na 11ª Circunscrição do Rio de Janeiro) e em 1920 ele mesmo fez uma segunda declaração de nascimento em 1920, quando tinha 25 anos, auto declarou o nascimento na 3ª Circunscrição do Rio de Janeiro (provavelmente ele não encontrou o primeiro registro dele para fins de casamento, ele casou em 1921).

    Com certeza, tem uma certa subjetividade de quem vai examinar o caso, mas não desanime. Minha avó também ingressou como neta aos 88 anos em 2019 e teve o processo concluído em junho de 2021, aos 90 anos. Ela continua firme e forte.

    Tente reunir o máximo de documentos possíveis, quando conseguir o batismo coloque aqui para ter ajuda na análise do mesmo.

  • @Pedroca2 tenho um ramo familiar que é de São João Marcos/ RJ, que hoje em dia pertence a Rio Claro/RJ, não era incomum os registros serem efetuados em Mangaratiba/ RJ, Iguaçu/RJ, Campo Grande, Rio de Janeiro/RJ.

    Como São João do Barreiro/ SP fica perto da fronteira com o Rio não era incomum a migração da micro região de Angra/RJ e Parati/RJ para Cunha/SP, São José do Barreiro/ SP é bom você tentar retroagir com a árvore para tentar achar parentes ou fixação em determinada região.

    Só por Curiosidade vi que o primeiro livro de registro de nascimento da 11ª Circunscrição do Rio de Janeiro/ RJ, pelo menos disponível para pesquisa no FS, é de 1890.

  • @Damasceno_de_Castro Então, quanto a esta questão, Barreiro na verdade é a única cidade de que tenho registros dos portugueses, são dois o meu trisavô João e seu irmão. Olhando em um jornal antigo a primeira aparição do irmão de João chamado Manoel é de 1863 em Barreiro, provavelmente pelo menos o Manoel estava já em Barreiro antes ainda.

    O João provavelmente se mudou no final de sua vida para Areias, uma cidade a 22 KM de Barreiro.

    Uma dúvida aqui, em outra discussão que criei uma pessoa encontrou um batismo da sobrinha do Domiciano (filho do Português) , ela nasceu em Areias e foi batizada em Aparecida que fica a 77 KM, tem batismos deste tipo em sua arvore?

  • @Pedroca2 , em linhas gerais a ocupação por Portugueses das regiões das serras fluminenses se deu depois da assinatura do tratado de Madri em 1750 (a ocupação de terras perto das Minas Gerais e no caminho do ouro eram proibidas e não estimuladas.

    O vale do paraíba fluminense teve um incentivo maior de ocupação em 1710 por ataques constantes de piratas na costa de Angra dos Reis, bem como a invasão da cidade do Rio de Janeiro por corsários franceses se estimulou a criação de um caminho terrestre que ligasse Rio de Janeiro a São Paulo. Mas a efetiva implementação desta estrada e da ocupação das serras do Rio de Janeiro só se deu após a mudança da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. Tirei essa informação sobre São José do Barreiro da wikipedia:

    "Ainda no século XVIII, descendo a Serra do Mar em direção ao porto da Mambucaba, o capitão Fortunato Pereira Leite e seu cunhado João Ferreira de Souza, com seus familiares e agregados vindos de Pouso Alto, se detiveram nas proximidades de um atoleiro de difícil passagem. Aí fundaram um arraial onde, em 1820, foi erguida uma capela dedicada a São José, passando o povoado a ser conhecido com São José do Barreiro, nome que conservou ao ser elevado à vila em 1859."

    A divisão territorial eclesiástica não correspondia a divisão administrativa da época. Portanto, a Villa de Areias pode ter feito parte da paróquia de Aparecida. Significa dizer que se celebravam batismos, casamentos e extremas unções por igrejas, capelas (até dentro de fazendas) e até em casas e depois era o feito o respectivo registro paroquial na sede da paróquia.

    Como você disse que seu antepassado aparece no Almanaque (provavelmente o Almanaque Laemert), se ele era negociante (ou lavrador) muito provavelmente ele deve ter rodado bastante esse caminho do porto de Mambucaba em Angra dos Reis para os interiores do Vale do Paraíba fluminense e paulista e o interior de Minas.

    Era muito comum também a publicação de lista de eleitores (lembrando que o voto era censitário, havia um critério de patrimônio/ renda para exercer o voto divido por localidade).

    Em relação a registros paroquiais e de nascimento de São João Marcos não consigo evoluir muito em registros (a cidade foi inundada para criação de um reservatório), tem muito dado sobre a cidade em uma obra de um antepassado fez sobre a ocupação da cidade (a cidade era a sede das propriedades da família Souza Breves e na região tudo gravitava em torno deles, meu antepassado direto era guarda livros/ contador dessa família e depois foi presidente da Câmara Municipal e deputado Provincial. Encontrei bastante dado na hemeroteca da Biblioteca Nacional sobre ele. Quanto a registro só casamento e óbito, os nascimentos/ batismo não consegui encontrar de quase nenhum. Provavelmente porque alguns registros foram transferidos para paróquia de Mangaratiba e Rio Claro que de distrito passou a sede do Município. Consegui alguma coisa em Mangaratiba.

    Em outro ramo familiar de Friburgo/RJ também havia bastante divisão, os municípios na origem pertenciam a Cantagalo/RJ, mas tem registro de São João Batista de Nova Friburgo e de São José do Ribeirão de Bom Jardim, como eles moravam na "fronteira" os registros ficavam espalhados. Nessa região existe alguns trabalhos de genealogia como foram feitos núcleos de colonização alemão, suíço e italiano, que se juntou ao um outro núcleo de açorianos e portugueses que primeiro passaram pelas Minas Gerais. Os estudos foram centrados além dos registros de pessoas, nos registros de terras e nos registros dos núcleos de colonos.

    De repente em algum estudo de genealogia da região de aparecida você encontre algo sobre a família que te elucide.

    Não era incomum também, os batismos serem feitos com bastante diferença em relação ao nascimento, principalmente na zona rural.

    Também estou fazendo uma pesquisa em Barra do Piraí para mãe do meu primo, coloquei até aqui no grupo, lá existiam e ainda existem 5 distritos, portanto, estou procurando em 5 cartórios diferentes o registro do avô do meu primo (que era o primeiro brasileiro nascido em 1925).

    O importante é não desanimar, o FS vai colocando algumas indexações novas no decorrer do tempo. No princípio do ano eles colocaram bastante coisa.

  • @Pedroca2 E ae, achou o batismo ou já fez a entrada dos processos ?

  • editado May 2023

    @bunker94 Encontrei sim, por sorte o batismo na verdade foi feito um ano antes do que minha avó acreditava ter sido a data de nascimento de seu pai. Especificamente janeiro de 1888, sendo valido por este motivo para requerer a nacionalidade pois a obrigatoridade passou a valer em 1889!

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