Pedido de ajuda para Pesquisa de Registro de Batismo Emilia Adelaide Fernandes - Avó Portuguesa
Helena Campos
Member
- Pessoal, não sei ao certo como pedir ajuda ao forum, então estou colocando aqui os dados para ser orientada.
- Estou procurando o registro de batismo da avó portuguesa de minha nora. Não temos nenhum documento dela, apenas a certidão de casamento, já ocorrido no Brasil que menciona o seguinte:
- Nome: Emília Adelaide Fernandes
- Pai: Manoel de Deus Lopes da Silva
- Mãe: Maria Victória Fernandes
- Ano Provável de nascimento :1900
- Local de residência dos pais: Lobão - (As tias dela contaram que a mãe dizia que tinha vindo de Tondela - Viseu, portanto eu suponho ser Lobão da Beira)
- Eu já procurei no livro de Batismo PT-ADVIS-PRQ-PTND10-001-0009 por duas vezes em todos os anos (1884-1900) e já estou pesquisando no livro seguinte, já que sei que pode estar registrada em outra data, já que a certidão de casamento nem menciona o dia e mês, somente o ano.
- O avô dela também era português, o que poderá ser uma segunda opção, no entanto os dados na certidão de casamento deles informam que ele era proveniente de Lisboa, e achei que seria mais difícil de localizar devido ao número de igrejas...os dados dele são os seguintes:
- Nome: Francisco Ferreira
- Mãe: Maria da Conceição (filho natural)
- Data de nascimento: 9/12/1900
- Local de residência (não menciona se era o de nascimento...) - Lisboa
- Eles se casaram no Brasil em 1922...será que adianta procurar por emissão de passaportes?
- Gostaria de saber se há alguma sugestão por parte dos mais experientes! Agradeço qualquer ajuda!
- Maria Helena
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Comentários
@Helena Campos
Se não entrar, sugiro solicitar informações do ID no Cepese http://www.remessas.cepese.pt/remessas/mod/itsdatabase/view.php?id=10
ID 440508 / Emília Adelaide / Lobão / Tondela / Manuel de Deus Lopes / Maria Vitória Fernandes / Sem Indicação / 24 / Rio de Janeiro / Solteiro
@Kleber Silva Aguiar
Obrigada pela ajuda. Não consegui entrar no site indicado, mas pelo que entendi, os dados que você conseguiu informam que ela teria vindo para o Rio com 24 anos...como a certidão de casamento deles é de 1922, já aqui no Brasil, ela não deve ter nascido em 1900, conforme informado nessa mesma certidão, pois teria que ter pelo menos 24 anos ao se casar, e não 22.
Voltarei a procurar nos anos anteriores a 1900. E buscarei tambem pelo livro de passaportes de Viseu.
Helena Campos
@Helena Campos
Não conseguiu? Abra o link, clique "Pesquisa de Titulares de Passaportes"
Nome: "Emília Adelaide" e em Naturalidade: "Lobão"
@gandalf
@Kleber Silva Aguiar
Consegui. Agora acho que vou ver se posso pedir, pelo ID, a cópia do documento original de passaporte, talvez lá eu localize a data e local de nascimento, já que não encontrei nada no livro de batismo de Lobão da Beira.
Obrigada pela força!
Maria Helena
@Helena Campos
Eu fiz uma busca de 3 anos nos livros e também não encontrei. No entanto vi algumas "Maria Emília". Me ocorreu que ela pode ter tido um outro primeiro nome, que abandonou quando decidiu embarcar, solteira, sozinha, para o Brasil.
Também ví outros registos relacionados com o apelido "da Silva" e mesmo "Lopes da Silva", o que é indício de que a família de fato era de lá.
Se você tiver gás, tente algumas coisas:
Esse 3 supõe que ela pudesse ser filha adulterina, e que o registo não tivesse os mesmos dados declarados no passaporte. É improvável, mas ja que vai ler pela 3a vez, faça valer o esforço.
Histórias de família ajudam muito a criar o cenário, mas minha mãe não se lembrava de quase nada relacionado ao meu avô português. Só depois que levantei a história eu fui contando pra ela. Ela achava que ele era loiro de 1,80m e olhos azuis. No registro de passageiros do navio, o pai dele tinha 1,56m cabelo preto olhos castanhos e bigode fino. :-)
@gandalf
Obrigada!
Vou rever todos os registros, inclusive procurando os irmãos dela, cujos nomes encontrei naquele link que me enviaram anteriormente. Sabemos que eles se estabeleceram em Nova Friburgo, RJ tendo sido responsáveis pelo povoamento de todo um bairro, inclusive o nome dela ( o nome de casada) é nome da escola municipal do bairro e do irmão mais velho nome de rua...mas infelizmente ainda não consegui o principal, o assento de batismo. Encontrei uma outra Emília Adelaide, de Lobão, Tondela, mas filha de outros pais e com outra data de nascimento(1893, eu acho) .
Revi a data do casamento dela, e apesar de meio apagada na certidão, não era 1922 como parecia e sim 1932, o que faz com que o ano de nascimento possa mesmo ser 1900 e ela ter vindo com 24 anos para o Brasil.
Sabemos também, pela história contada pelas filhas, que ela deixou uma filha pequena em Portugal com os pais, de nome Maria Adelaide Fernandes, que depois imigrou tb para o Brasil para se reunir com a mãe. Cheguei a encontrar o registro de entrada dessa menina no Brasil, mas perdi em um arquivo de outro computador, (havíamos desistido da busca, pois na época ficaria difícil de comprovar os laços com Portugal). Mas esse fato confirma que ela era de Lobão e que registrou a filha com o nome dela de Emília Adelaide Fernandes.
Vou continuar as buscas... espero que a minha internet meio lenta ajude! :)
Talvez comece a buscar pelo avô, em Lisboa. Ainda que mais difícil, por conta de haver um número maior de paróquias, ele possui uma data de nascimento completa na certidão de casamento!
Para processos de netos teremos tempo...afinal, é melhor aguardar que a lei mude e que não seja mais necessária a apresentação de "laços com Portugal"
Mais uma vez, obrigada pela ajuda.
Maria Helena
@Helena Campos , @gandalf , que anos vocês já pesquisaram? Posso me juntar ao mutirão??
@Leticialele
Obrigada.
Eu ja pesquisei os seguintes livros:
PT-ADVIS-PRQ-PTND10-001-0009 e o PT-ADVIS-PRQ-PTND10-001-0010... mas sei que sempre podemos deixar passar algum registro, principalmente quando já estamos cansados... quando estava pesquisando os registros a procura de meu bisavô, vasculhei por dois meses cerca de 4 horas por dia até encontrar...tive que montar a árvore da família retornando até 1780, para ter certeza de que estava procurando nos lugares certos!!! Mas valeu a pena, hoje a minha mãe, com 93 anos, já é portuguesa e eu tb já recebi minha nacionalidade. Então não desisto! Agradeço toda ajuda possível.
Como informação acrescento que também vieram para o Brasil os irmãos da Emília Adelaide,
ID-51576 Francisco Lopes e
ID-429833-António Lopes Da Silva
@Helena Campos
O que está me dizendo? Emília Adelaide, de Lobão, Tondela?
Quantas Emílias Adelaide existem no mundo? E duas na mesma cidade? Da mesma idade? Elas tem que ter alguma relação. Poderia ser que os pais tivessem falecido e ela foi viver em outra casa, adotada, não aguentou e fugiu mundão afora? :-)
Não são muitas que se aventuram aos 24 anos, sozinha, num navio que vai levar 6+ semanas no mar, cruzando o Atlântico movido a vela. Vou lhe dizer... nossos antepassados tinham fibra!
Volta lá e investiga essa Emília mais de perto, e os membros da família dela.
@Helena Campos .concordo com o @gandalf !
É o mesmo caso da minha Maria Lucrécia e da sua Amélia Leonor!!
Vou procurar esse registro!
@Helena Campos e @gandalf , achei o assento de Emilia Adelaide , com algumas coincidências estranhas!
@gandalfhttps://digitarq.advis.arquivos.pt/viewer?id=1192009 m 0057.tif
Batismo: 25 de abril de 1894 - Nascimento - 11 de março de 1984
Pais- Antonio Lopes Ferreira e Emília Ferreira da Silva
Avós paternos: José Lopes Thomaz e Maria Cândida
Avós maternos: Francisco Ferreira da Silva e Maria Emilia da Silva.
Mas há um averbamento dizendo que " Casou com Alfredo Correia Marques, ao tempo de 22 anos, natural de Lobão da Beira, filho de João Marques Correia e maria Marques da Conceição, nesta conservatória, em 24 de janeiro de 1912 cujo casamento foi dissolvido pelo óbito da referida Emilia Adelaide Lopes, falecida hoje pelas 7 horas e 30 minutos em Lobão da Beira assento 231, desta. Em 27 de maio de 1961"
Não pode ser a mesma!
A busca continua!!
@Helena Campos @gandalf @Leticialele
Assento nº 23 de 1906 (tif0173):
https://digitarq.advis.arquivos.pt/viewer?id=1192010
@Guilherme Moreira , você é um gênio!!! Se eu fosse um pouco menos lenta, teria chegado lá no 173!! parabéns por ser tão eficiente!!
@Helena Campos @gandalf , eu aqui, toda feliz por ter encontrado o assento do irmão dela, Francisco, nascido em 21 de dezembro de 1903!
https://digitarq.advis.arquivos.pt/viewer?id=1192010 Assento 1, de 1904 (m 0096) !!!
A Emília Adelaide que nasceu em 1894, como eu disse acima, foi madrinha de batismo da tão procurada Emilia Adelaide!!
Ela adotou o nome de Emilia Adelaide Lopes Ferreira!!!
@Guilherme Moreira @Leticialele
Vocês são o máximo e mais um pouco. Não deixo de ficar mesmerizado.
Ela recebeu o mesmo nome da madrinha, que a propósito, tinha uma caligrafia invejável na assinatura. Tinha que ter alguma ligação entre as duas pra ter o mesmo nome.
Que letra linda, com 12 anos de idade.
@Leticialele
Uma correção: não era 0057. Era m0075.tiff.
Aqui a outra Emília Adelaide: "https://digitarq.advis.arquivos.pt/viewer?id=1192009" m0075.tiff, lançamento 17. Essa foi a madrinha, 1894.
Aqui o Francisco, o irmão: "https://digitarq.advis.arquivos.pt/viewer?id=1192010" m0096.tiff, lançamento 1, 1904.
Aqui a nossa Emília Adelaide: "https://digitarq.advis.arquivos.pt/viewer?id=1192010" m0173.tiff, lançamento 23, 1906.
Lele, vou dar o crédito pra você também. Sim, quase chegou lá, e o Guilherme te empurrou e segurou a porta. Não valeu. RsRsRs
@gandalf , credite o 0057 à minha dislexia... hahaha.
@Leticialele
@gandalf
@Guilherme Moreira
Vocês são demais!!!!! Genial essa ajuda! Muito obrigada de coração!!
Confesso que eu gostei da brincadeira...quando precisarem de ajuda no forum para buscar os documentos de outros que estejam com dificuldades, podem contar comigo! Só preciso que minha internet ajude! kkkk
Agora sim podemos montar a genealogia dela, e também resgatar a essência da vida dessa mulher, descrita aqui em Friburgo como uma portuguesa forte e sorridente, que criou seus 6 filhos, e que deixou um legado para o bairro que ajudou a desenvolver!
Ainda vou procurar pela filha dela, a que nasceu em Portugal e veio depois a procura da mãe para o Brasil. Mas essa não está nos assentos de batismo, por ser posterior a 1911. Ainda não sei como fazer. E se possível os parentes que possam ter ficado em Portugal, pois sei que a minha nora ficaria feliz de saber da estória da família.
E claro que é bom termos a documentação que permitirá a minha nora requerer a nacionalidade, ainda que ela pudesse depois faze-lo através do meu filho, como esposa, mas a de neto é melhor e é hereditária! Mas saber da história que está por trás dos documentos é sempre emocionante! Eu tive a oportunidade de ir na aldeia do meu bisavô, em Marco de Canaveses, levando minha mãe de 93 anos, e foi muito legal! Espero poder levar minha nora e a mãe dela a Lobão da Beira um dia!
Obrigada por toda a ajuda!!!
Maria Helena
@Helena Campos , eu já achei um avô nascido em 1620!!
Estou obcecada com uma trisavó, que era exposta (criança abandonada), mas tem que ter sido batizada!!
Quando eu canso de procura-la, procuro a Amélia Leonor, uma das avós do Gandalf;
É um desafio decifrar a letra dos padres, mas também me divirto com o que escreviam nos assentos!!! "Falleceu da vida presente", "Não recebeu os sacramentos porque enlouqueceu"!
É muito bom, adoro. O tempo passa rápido, nem percebemos!!
@Helena Campos
Vou lhe dizer... A viagem era dura.
Não são muitos os que se aventuram aos 24 anos, sozinha, num navio que vai levar 6+ semanas no mar, cruzando o Atlântico movido a vela. A Caldeira a vapor era só pra manobrar no porto, e pra gerar eletricidade a bordo, quando muito pra iluminar um único salão.
Pela manhã todo mundo de penico na mão porque não tinha banheiro. Quem quisesse tomar banho, tinha que estar no tombadilho as 6 da manhã, pra levar um jato de água salgada bombeada direto do mar, fria, enquanto os marinheiros lavavam o navio.
Vou lhe dizer... nossos antepassados tinham fibra! A gente reluta hoje em fazer de avião que leva 8 horas. No youtube tem alguns filmes da época do cotidiano nesses navios. Depois busque.
Se tem o nome completo da filha é fácil. Só tem que pedir ao civilonline e custa $10 euros. Se a filha se casou em PT pode ser mais fácil.
Você de um dia pra outro, passa a não saber quase nada, a saber quem são os pais, os avós, irmãos que tinha. Tudo volta a vida. :-)
@Kleber Silva Aguiar , Agradeço a você também por ter sido quem me ajudou a saber que não estava buscando um fantasma!!!
@gandalf
@Guilherme Moreira
@Kleber Silva Aguiar
@Leticialele
Amigos ,
Só para atualizar a saga das buscas que vcs me ajudaram, tivemos que buscar também o avô, marido da Emília Adelaide Fernandes, já que seria necessário transcrever o casamento deles, uma vez que ele era o declarante do filho, o pai da minha nora. Homem difícil de ser encontrado... na certidão de casamento dava como vindo de Lisboa...mas uma das filhas, ainda viva, mas com mais de 90 anos, dizia que ele falava que era de Coimbra! Filho natural, sem nome de pai para ajudar na busca... sem local definido de nascimento... com um nome bastante comum - Francisco Ferreira! Enfim, contava apenas com uma data de nascimento...foi uma saga, mas acabamos por descobrir em um cartório pequeno do interior de Friburgo - RJ, um documento dele antigo (que nem era passaporte nem nada) que falava de Dardavaz, Tondela, Viseu! Afinal, ele nasceu a cerca de 13 km de Lobão da Beira, aonde a Emília Adelaide Nasceu... dizem que se conheceram no Brasil, mas ficou a minha dúvida romantica...será que não eram apaixonados já em Portugal???
Volto a agradecer a ajuda inicial de vocês... espero em breve podermos dar entrada no processo dela!
@Helena Campos
Quando eu buscava por documentos, criei muitas teorias para explicar coisas. A maioria delas se desfez. Minha avó nasceu em uma cidade a 10km de onde meu avô português veio a trabalhar, na primeira usina hidrelétrica da America Latina, em Juiz de Fora. Ainda existe e foi restaurada (https://www.google.com/search?q=primeira+usina+hidrel%C3%A9trica+da+america+latina). Pensei o mesmo que você. No final, minha avó se encontrou com meu avô a 300km de distância do lugar, e se casaram. Sim, estiveram próximos, mas não foi ali que se encontraram na quermesse. :-)
Uma vez, em viagem na Itália, a dona do hotel em Rimni, era uma senhora que por causa da guerra falava 4 idiomas. Italiano, Alemão, Francês, Espanhol. Conversamos bastante. Quando eu ia embora, levei o mapa e pedi pra ela me ajudar a escolher a melhor rota.
Ela apontou para o lado e disse: "Está vendo essa bicicleta aí? Eu só vou até onde ela me leva", e sorriu.
Assim é. As pessoas podiam até nascer em cidades próximas, mas o que as coloca juntas são as circunstâncias, e as dificuldades da vida, muito mais do que a distância que as separa (ou une). ...nossa, hoje eu estou inspirado. Hehehe