Nenhum assento foi encontrado no SIRIC (1920)

Mandei pedido de procura no CRAV de certidão de nascimento da Avó Portuguesa (Emília Assunção Trigo) nascida em 15 de novembro de 1920.

O CRAV me indicou pedir a certidão no Registo de Vila Flor. Mandei esses dados: Emília Assunção Trigo,15 de novembro de 1920, Pai: Manuel de Jesus Trigo, Mãe: Regina Cecília de Oliveira, Avós paternos: José Trigo e Maria Nunes, Avós maternos: José Francisco de Oliveira e Francisca Meirelles

Ela está na lista de desembarque no porto de Santos em 1924, consta que tem 4 anos e veio de Vila Flor. O passaporte do pai dela também consta que veio de Vila Flor.

A certidão de casamento brasileira conta que ela é natural de Bragança. Outros documentos da família indicam Carvalho de Egas, Bragança... que fica em Vila Flor, como a certidão de óbito do pai, mas outras certidões de óbito indicam que ele era natural de Trás-os-Montes.

O Espaco Vila Flor respondeu:

"Em referência ao pedido infra, informo V.ª Ex.ª que depois de efetuadas buscas nos livros dos assentos de nascimento existentes nesta conservatória entre os anos de 1911 a 1922 e na aplicação informática do SIRIC, nenhum assento com a identificação facultada foi encontrado."

Isso significa que não tem assento em nenhum registo em Portugal ou só em Vila Flor?

Pensei que fosse ser simples :(

Comentários

  • @CarlaFB o siric é o sistema informatizado do Registo Civil.


    O fato de não ter sido encontrado lá o assento é um mal sinal, porém não é o fim da linha. Só constam lá os registros que foram digitalizados pelas conservatórias, e existe muita coisa que ainda não foi digitalizada.


    Como o registro é posterior o ideal seria você ter pedido via Civil Online e não via CRAV.


    Como é um registo antigo, eu tentaria entrar em contato com o Arquivo distrital de Bragança, pata ver se eles podem ter alguma coisa.

  • andrelasandrelas Beta
    editado September 24

    @CarlaFB ,

    O pai Manuel de Jesus Trigo é, definitivamente, de Carvalho de Egas, conforme consta na emissão de seu passaporte (esquerda, cima):

    https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/95db515a4a424bf187d635ad3529909d?isRepresentation=false&selectedFile=38436462&fileType=IMAGE


    Aparentemente o batismo dele está disponível nos CHF do FamilySearch, mas infelizmente o livro de 1880 não está online (ao menos via via Tombo.pt, pois há um "buraco" entre 1879 e 1881:

    https://www.familysearch.org/pt/tree/person/sources/GGGB-HJC


    É curioso que, nessa emissão de passaporte, constam ele, a esposa Regina Cecília, e seus filhos José Henrique Trigo e Maria Trigo. Entretanto, no desembarque no Brasil vieram outros filhos, entre eles a Emília:

    https://www.arquivoestado.sp.gov.br/uploads/acervo/textual/hospedaria/L096_208.pdf

    A Regina Cecília, sua esposa, também nasceu em Carvalho de Egas:

    https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/d11cba4189b14706bce64e4b438083d2?isRepresentation=false&selectedFile=38313775&fileType=IMAGE

    Com tudo isso, diria que há uma enorme possibilidade de que a Emília tenha, de fato, nascido em Carvalho de Egas. Como não há livros online após 1911 (na verdade, em Carvalho de Egas eles acabam em 1899), sugiro seguir a sugestão do LeoSantos, pedindo que verifiquem tanto Carvalho de Egas (mais provável, pois ele é, inclusive, no CONCELHO de Vila Flor) quanto, se não encontrarem, a freguesia de Vila Flor.

  • @CarlaFB @ecoutinho @LeoSantos

    Além das sugestões dos colegas, eu tentaria paralelamente outras coisas:

    Pedir ao cartório de Jardinopolis para desarquivar a habilitação do casamento de Emilia com Antonio para ver que documentos ela apresentou para casar. Se der sorte, aparece algo com uma indicação certeira. Se der azar, ela fez apenas um declaração corroborada por testemunhas:

    https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CSC7-7WYY

    E ver o que consta no batismo do irmão José Henrique em 1910 na freguesia de Carvalho de Egas para o caso de conter alguma outra informação não conhecida até agora:

    https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6X53-3NQX

    O registro está travado por copyright. Mas você pode gratuitamente ver o conteúdo contatando o Centro de Historia da Família mais próximo. Aqui onde achar os CHFs:

    https://locations.familysearch.org/pt/br

    O batismo do pai Manuel de Jesus deve ser este (o número 7, último da página e continua na seguinte). Nascido em outubro de 1886, o que bate com 37 anos em janeiro de 1924 (emissão do passaporte):

    https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/db08a67505ce43e9bf0d95be52076186?isRepresentation=false&selectedFile=38313792&fileType=IMAGE

    Sei que este batismo não bate com o ano (mas o dia/mês batem) citado no casamento civil em Jardinopolis em 1944 (me parece que os pais "recasaram" no civil no BR muitos anos depois de possivelmente o terem feito no religioso em PT).

    Mas o batismo acima bate com o passaporte PT que geralmente é mais confiável que documentos BR. Acho que erraram o ano ao copiar os dados para essa imagem do casamento BR que colocou,

    Existe sempre a possibilidade de os pais terem nascido, casado religiosamente e terem batizado os primeiros filhos no concelho de Vila Flor - e depois terem vivido por um tempo em algum outro concelho, com alguns filhos registrados em um lugar e outros em um diferente. Por isso, a conservatória de Vila Flor poderia não teria achado um registro de nascimento de Emilia.

    Uma vez vi uma família com vários filhos, todos, com exceção de um (justamente o que se procurava), batizados na mesma freguesia e concelho.

    Também fiquei bem intrigado com a discrepância entre os membros da família no passaporte do pai e os que constam na entrada da Hospedaria dos Imigrantes.

    Eu não achei uma lista de passageiros para o vapor Formosa com chegada em Santos em janeiro/fevereiro de 1924 para ver se ali aparecia algo mais. Talvez outro forista ache.

  • @CarlaFB @CarlosASP A lista de passageiros está abaixo. Vieram no vapor FORMOSE (não Formosa) que aportou em 6/2/1924.

    https://www.arquivoestado.sp.gov.br/uploads/acervo/textual/mi_listavapores/BR_APESP_MI_LP_013980.pdf

    A família está inclusa na lista, só não vi o nome da Emília??? Os nomes estão espalhados na lista (registros 10,19,28,29,30,31,39 e 40)

    Interessante que as idades mudam um pouco em cada documento (passaporte, hospedaria e lista de desembarque)

    Talvez a explicação para não constar os nomes de todos no passaporte seja que este documento só era emitido para os filhos acima de 10 anos (??).

  • @CarlaFB

    Infelizmente a lista de passageiros do vapor Formose que @Nairolasai achou só contem como informação que eram de "Portugal", sem mais nada sobre locais.

    Mas acho que resolveu o mistério dos passaportes sem aparecer todos os nomes dos filhos.

    Como foi notado, os membros da família aparecem espalhados na lista de passageiros. Meu palpite é que isso corresponde aos passaportes apresentados.

    Os dois filhos maiores. que tiveram seus próprios passaportes, aparecem sozinhos nos números 10 e 19.

    Já os filhos menores, que não devem ter seus passaportes (mas serem listados como acompanhantes de alguém) aparecem assim:

    Mario, Beatriz, Joao e Emilia (essa erroneamente listada no masculino), nos números 29-32, devem estar como acompanhantes no passaporte da mãe Regina (número 28).

    Já Alzira (40) como acompanhante no passaporte do pai Manoel (39).

    Acho que quem lançou o registro dos passaportes em si (postado por @andrelas ) foi meio preguiçoso e só listou lá os titulares de cada um dos quatros passaportes emitidos (um para cada pai e para cada filho mais velho) e omitiu os nomes dos acompanhantes no do pai e da mãe (como em geral aparece na maioria dos registros de passaportes).

Entre ou Registre-se para fazer um comentário.