Certidão de nascimento no RJ sem saber o cartório de registro
Olá a todos. Estou necessitando de ajuda com dicas e sugestões para encontrar a certidão de nascimento da minha mãe, neta de portugueses. Já fui ao cartório onde ela se casou (1986) e lá disseram que a certidão de nascimento e a habilitação de casamento foram enviadas ao Tribunal de Justiça do RJ. Consultei o site Portal Extrajudicial e consta documentos a partir de 2007. Pedi uma busca no cartório de Madureira, cartório mais provável, pois minha tia foi registrada neste cartório, e o resultado foi negativo. Minha mãe nasceu em casa (1943) e vivia em Bento Ribeiro antes de se casar. Agradeço desde já.
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Comentários
@Kleber Silva Aguiar
Na esperança que possa me ajudar também
Necessito buscar a certidão de nascimento da minha mãe, a saber:
Darci Holanda da Cruz Cassiano (Cassiano foi incluído após o casamento)
DN.: 29/04/1943
Rio de Janeiro
Pais: Benoni Benigno de Holanda e Natalia Holanda da Cruz
@Deise_Holanda o nascimento da sua tia Jussara (1945) é do 14o RCPN já olhou lá? Nome da mãe está indexado só como Natália da Cruz…
No óbito de outra filha (Jurema-1949) Natália já aparece com o sobrenome Holanda, o Benoni como “Genoni” - registro de Irajá https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-DCD7-1H1?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A77RY-2ZW2&cc=1582573&lang=pt&groupId=M941-DPP
Aparentemente Benoni foi casado com outra mulher (Olívia Bove - https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CSL5-299G-K?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AX913-XCGC&cc=1582573&lang=pt&groupId=
No óbito dela aparece como viúva de Benoni )https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-67H3-JH1?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A65Y2-SMYS&cc=1582573&lang=pt&groupId=M98P-8KX talvez isso explique o fato de Natália não ter o sobrenome Holanda (divórcio no Brasil só foi possível com a lei de 1977)
Essas foras as únicas filhas do casal que consegui encontrar talvez os colegas tenham mais sorte… mas tente pedir uma busca no cartório, talvez apenas com nome da mãe
@Deise_Holanda , sua mãe fez primeira comunhão dia 28/novembro/1954 (aos 11 anos). Ela estudava numa escola em Bento Ribeiro:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=089842_06&pesq=%22Benoni%20Benigno%20de%20Holanda%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=42479
Você mesma disse que ela morava em Bento Ribeiro e a notícia acima confirma isso, ao menos quando ela tinha 11 anos. Se os pais moravam ali quando ela nasceu, ela deve ter sido registrada na "famigerada" então 12a. circunscrição:
Digo famigerada porque esta circunscrição teve seus documentos distribuídos por três circunscrições em 2012 (6a., 11a., 12a.) e, depois disso, mais uma foi criada como divisão da 12a. (a 15a.). Assim, estas quatro (6a., 11a. 12a., 15a.) seriam possibilidades, sendo que a mais provável (caso ela tenha sido registrada na região) seria a atual 11a., que em tese recebeu os documentos de Bento Ribeiro anteriores a 2012 (vide marcações em vermelho acima). Sugiro tentar, na ordem: 11a., 6a., 12a., 15a. (é ALTAMENTE improvável que esteja na 15a.).
Independente disso, você pode tentar conseguir, junto à escola, a documentação apresentada para a matrícula dela. A escola ainda existe e pode ser que a documentação ainda exista. Nela, é possível que haja a certidão de nascimento.
Link Google Maps para a escola - R. Ivinheima, 15 - Bento Ribeiro, Rio de Janeiro - RJ / (21) 3017-3047
Como curiosidade, e sem relação com a busca do documento, há diversas outras notícias e avisos (fúnebre, por exemplo) sobre seu avô Benoni na Hemeroteca:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/docmulti.aspx?bib=%5Bcache%5Dcolina_4950301231653.DocLstX&pesq=%22benoni%20benigno%22
@Deise_Holanda , encontrei o registro da sua tia Jussara no Arquivo Nacional:
Esse screenshot foi tirado do Acervo Judiciário do Arquivo Nacional:
https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/servicos/bases-de-dados/bases
Creio que seja esta a tia que você disse que foi registrada em Madureira (de fato o nome ali em cima sugere que se trata do 14o. RCPN, que é de Madureira). Infelizmente não encontrei o registro da sua mãe no sistema.
Prezados, muito obrigada.
Vou buscar nestes lugares sugeridos: cartórios, escola e secretaria de educação.
Minha mãe disse que minha vó, a sua mãe, declarava que tinha vindo menina para o Brasil. Tinha uma irmã, chamada Lucinda.
Poderiam me ajudar nesta busca também ?
Nome da minha vó: Natalia da Cruz (em alguns documentos da minha mãe aparece Natalia da Cruz e em outros, Natalia Holanda da Cruz)
Pais (portugueses): Manoel Ribeiro da Cruz e Conceição Lopes de Carvalho (como consta na certidão de óbito)
Ano de nascimento: 1917
Data de falecimento: 05/06/1985
@Deise_Holanda
As histórias familiares tem muitos “furos” e várias coisas que quando vamos pesquisar vemos que não eram verdade (toda família é assim, inclusive a minha 😂).
Nao sei se viu meu ultimo post a respeito do outro casamento do pai dela com Olívia Bove acima, que pode ter influência inclusive no sobrenome da mãe dela, depois verifique e veja se essa história era conhecida da família…
Quanto a Natália da Cruz ter vindo pequena de Portugal há de se investigar mas é pouco provável, veja o casamento dos pais dela no Rio de Janeiro, onde ambos se declaram brasileiros… https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-DC39-N2M?view=index&action=view&cc=1582573&lang=pt&groupId=M9DX-9LR Manoel pode eventualmente ser espanhol (ao menos os pais dele Agostinho e Dolores, pais de Maria, parecem que são da Espanha, talvez das Canárias) como consta do Family Search mas como são nomes comuns é preciso verificar com calma isso https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-X4QL-JT?view=index&cc=1582573&lang=pt&groupId=M941-8P9 (óbito de Dolores)
Salvador seria um irmão mais velho de Manoel (filho de Agostinho e Dolores) este aparece no nascimento de uma filha como natural das Olhas Canárias, o que confirma a história https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-65TD-XL?view=index&cc=1582573&lang=pt&groupId=M9DD-KC2
Casamento da irmã Lucinda, que vc mencionou https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-67K7-GWC?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AQGJ1-6621&cc=1582573&lang=pt&groupId=M98Y-FPM
@Deise_Holanda
Seu post repetiu…
Leia por favor os 2 posts que lhe enviei acima, desconsidere a parte dos espanhóis, parece que é um casal homônimo…
Encontrei o nascimento de Natália da Cruz, os pais aparecem como portugueses mesmo. É do livro 95 da antiga Freguesia de Santa Rita, 2a Pretoria Cível, atualmente deve estar no 1o RCPN
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-6M43-9JL?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A79W5-T36Z&cc=1582573&lang=pt&groupId=M9D6-1QS
@AlanNogueira
Penso que no anseio de ajudar, confundiu os nomes.
Eis a busca:
Nome: Natalia da Cruz
Pais: Manoel Ribeiro da Cruz e Conceição Lopes de Carvalho
Ano de nascimento: 1917
Data de falecimento: 05/06/1985
O senhor me apresentou uma busca no nome de "Manoel Lopes Ribeiro" como se fosse meu bisavô materno. Se está confuso procurar com o nome correto, imagine se misturar as famílias e trocar os nomes....😁
Sim, as histórias familiares têm muitos casos intrigantes. Por exemplo, o caso do meu avô materno: na certidão de casamento dele consta que é natural do Amazonas e na certidão de óbito, que é natural do Ceará.
Se puderem me ajudar, agradeço desde já.
@Deise_Holanda , Natália nasceu no Rio de Janeiro em 21 de maio de 1917 (sendo registrada em 23 de maio, dois dias depois):
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-6M43-9JL?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A79W5-T36Z&action=view&lang=pt&groupId=M9D6-1QS
EDIT: O @AlanNogueira já havia encontrado o documento acima, não havia visto.
@Deise_Holanda , Lucinda também era brasileira (no casamento dela está escrito que era brasileira e que foi apresentada a certidão de nascimento, o que afasta a hipótese de erro):
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-67K7-GWC?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AQGJ1-6621&action=view&lang=pt&groupId=M98Y-FPM
Adicionalmente, está escrito que o pai Manoel Ribeiro da Cruz se naturalizou brasileiro. Caso sua mãe não seja falecida e pretenda pleitear a cidadania dela como neta, é importante consultar o forum (não sei responder) se isso seria um problema para fazer pela via dele como português:
De qualquer forma, haveria ainda o caminho da sua bisavó Conceição.
@Deise_Holanda como dito no primeiro post de hoje “há de se investigar um pouco mais” e “como são nomes comuns é preciso verificar com calma isso”… além disso, no segundo post de hoje expressamente foi dito para que “desconsidere a parte dos espanhóis, parece que é um casal homônimo…”.
Quanto à ajuda para busca que pediu, talvez não tenha lido o mesmo post:
”Encontrei o nascimento de Natália da Cruz, os pais aparecem como portugueses mesmo. É do livro 95 da antiga Freguesia de Santa Rita, 2a Pretoria Cível, atualmente deve estar no 1o RCPN
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-6M43-9JL?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A79W5-T36Z&cc=1582573&lang=pt&groupId=M9D6-1QS”
@AlanNogueira
Agradeço imensamente a ajuda dada.
De fato, os documentos bate com os dados que a minha mãe contou. O comentário exposto os nomes dos bisavôs trocados foi publicado com um atraso.
Quero manifestar mais uma vez, o meu muitíssimo obrigada pela inestimada ajuda de vocês.
Agora, aguardar a resposta dos cartórios.
Que Deus abençoe vocês.
@andrelas
Tenho lido todos os posts, pois minha mãe pretende aplicar a nacionalidade portuguesa como neta de portugueses.
Vou seguir a busca, pois na certidão de casamento da outra filha do meu bisavô, consta naturalizado brasileiro. Não sei que implicações têm este fato na aplicação que minha mãe pretende realizar.
A saga é encontrar a certidão de nascimento da minha mãe. Minha sensação é que, após encontrar, teremos que retificar a certidão de nascimento para, em seguida, solicitar o processo.
A ajuda e as dicas de vocês têm sido inestimadas. Mais uma vez, muito obrigada.
Cordialmente,
Deise
Gostaria de pedir outra ajuda na busca de documentos. Teria como encontrar as certidões de óbito dos meus bisavós maternos e a certidão de casamento deles?
Eis os nomes: Manoel Ribeiro da Cruz
Conceição Lopes de Carvalho
A ajuda de vocês tem sido inestimada
Cordialmente, Deise
@Deise_Holanda , é importante se adiantar e abrir um outro tópico perguntando sobre a questão da naturalização do seu bisavô, para saber de uma vez se há algum impeditivo e, se houver, qual seria o caminho para desfazê-lo. Ambas as leis (a atual e a proposta futura) contém o seguinte trecho nas condições para cidadania de netos:
"Os indivíduos com, pelo menos, um ascendente de nacionalidade portuguesa originária do 2.º grau na linha reta que não tenha perdido essa nacionalidade, se declararem que querem ser portugueses e possuírem laços de efetiva ligação à comunidade nacional;"
Seu bisavô se naturalizou em 1939/1940. Aqui está o processo de naturalização dele (contém praticamente a história de vida dele aqui no Brasil):
http://imagem.sian.an.gov.br/acervo/derivadas/br_rjanrio_a9/0/pne/51364/br_rjanrio_a9_0_pne_51364_d0001de0001.pdf
As dúvidas são:
@Deise_Holanda , seu bisavô Manoel casou de novo com uma Thereza Maiani? Pergunto porque encontrei este óbito abaixo:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-6S63-VPC?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AWYPW-PX2M&action=view&lang=pt&groupId=M941-MTX
O nome dele, dos pais, e a idade, todos batem. No entanto, no óbito diz que ele era casado com Thereza Maiani Cruz, e não com Conceição Lopes de Carvalho - logo, pode ser um homônimo.
Ainda sobre o Manoel, encontrei um CANDIDATO a batismo dele (podem ser homônimos - como não tenho o nome dos avós, não tenho como confirmar). Mas os nomes dos pais e a data batem:
https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/30d96a79bd8a461fa457012ff1c6613a?isRepresentation=false&selectedFile=54447935&fileType=IMAGE
@Deise_Holanda @andrelas
Sobre naturalização, o entendimento é: de modo geral, se não houve comunicação a PT sobre o fato, ela não produziu efeitos em PT. Na prática: consta alguma averbação nos assentos em PT (nascimento, casamento) disso? Se não há, indica que PT nunca tomou conhecimento do fato.
Como visto ao longo dos anos nesse e fóruns similares, era raríssimo existir tal comunicação. Os processos são aprovados sem problemas.
Além disso, a certidão de casamento dessa outra pessoa não é necessária no processo de sua mãe. Aqui o que se precisa em um processo de netos:
https://forum.cidadaniaportuguesa.com/discussion/24046/documentos-para-atribuicao-de-nacionalidade-para-netos-formulario-1d
@andrelas creio que vc encontrou o batismo certo do Manoel, o nome dos pais, o local (Castro Daire) e até a data de nascimento batem com o processo de naturalização dele e com os nomes declarados como avos paternos no nascimento de Nathalia no RJ.
No mesmo registro de Nathalia a mãe aparece como Conceição Lopes de Carvalho, filha de João Lopes de Figueiredo e Helena de Jesus Ermida. Nas buscas encontrei o passaporte de Helena Maria de Jesus, filha de Manuel Fernandes Ermida, natural do lugar de Casal das Maças, Freguesia: Santiago de Besteiros, Concelho: Tondela, Distrito: Viseu que acredito seja a mãe dela. Note que viajou com uma filha (Deolinda) nascida no Rio de Janeiro, cujo pai é justamente o João Lopes de Figueiredo. Conceição deve ser desta mesma localidade...
https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/6ace9128c26940398926c1d9a8d97625?isRepresentation=false&selectedFile=55539290&fileType=IMAGE
@andrelas
Minha mãe confirmou sobre o casamento do meu bisavô. Ela disse que na adolescência visitava o avô na Rua João Vicente e tinha uma senhora, com nome de Teresa, que "brincava" declarando que deveria ser chamada de avó.
Na certidão de casamento da filha Lucinda ele declarara como viúvo.
Penso que tais documentos e fatos sejam verídicos.
Na certidão de óbito dele consta natural de Portugal. Vou buscar sobre o processo de naturalização e a aplicação de dupla nacionalidade. Obrigada pela dica.
E sobre a minha bisavó Conceição. Poderia me ajudar encontrar a certidão de óbito. Penso que ela não aplicou para naturalização.
Cordialmente,
Deise
Olá a todos!
Minha mãe está reunindo os documentos para aplicar ao processo de nacionalidade por atribuição.
Recentemente descobrimos que o seu avô materno se naturalizou brasileiro em 1939/1940.
Gostaria de esclarecimentos sobre o tema em questão. Em princípio a avó materna manteve a nacionalidade.
Nesse período Portugal e Brasil permitiam dupla nacionalidade ?
agradeço desde já.
Deise
@Deise_Holanda , vou tentar encontrar o óbito dela, mas em princípio óbitos não são necessários para processos de cidadania, exceto em casos especiais, para fixar nomes.
Outra coisa: eu sugeri que você abra um NOVO TÓPICO com a dúvida sobre a naturalização (embora o @CarlosASP já tenha respondido acima). Você colocou uma mensagem aqui no mesmo tópico, que terá visibilidade limitada.
@Deise_Holanda @andrelas
Conceição teve um casamento anterior com Augusto de Carvalho (daí vem o “Carvalho” que ela de seus sobrenomes): https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-R8HW-N?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A6X8G-JW97&cc=1719212&lang=pt&groupId=M9HQ-989 nele confirma que era natural da Freguesia de São Tiago de Besteiros, Viseu.
@AlanNogueira , seguindo sua pista encontrei, por enquanto, o batismo de um irmão da Conceição em Santiago (São Tiago) de Besteiros, chamado Armindo. Mas temos um caso genealogicamente interessante que, espero, não vá ocorrer também com a Conceição (número 23 na imagem abaixo):
https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/6ace9128c26940398926c1d9a8d97625?isRepresentation=false&selectedFile=55539602&fileType=IMAGE
Vejam o que está escrito:
@Deise_Holanda , Armindo não era filho de João Lopes. Note que o padre fez questão de escrever que o filho era da Helena CASADA COM o João (isso nunca acontece, o nome do marido sempre vem antes, deixando claro que o filho é dele, e depois o da esposa), e também de colocar que João estava a três anos no Brasil na ausência de sua esposa. Escreveu ainda algo à margem do registro que eu peço que confirmem o que é (eu leio uma determinada palavra)... Reforço que não estou chamando a atenção disso por moralismo ou nada similar (acredite, depois de pesquisar minha árvore até o século XVI, encontrei situações das mais diversas), mas só porque precisamos ver o que estará escrito no batismo da Conceição.
@Deise_Holanda , achei o batismo da Conceição (graças à pista do @AlanNogueira ):
https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/f5739261af9943e4ac327a643214b265?isRepresentation=false&selectedFile=55541006&fileType=IMAGE
Lado direito, em cima, número 21, nascida em 20 de abril de 1885 e batizada em 3 de maio de 1885, filha "legítima" de João Alves de Figueiredo e de Helena de Jesus, neta paterna de José Antonio Lopes e Maria Antunes, e materna de Manoel Fernandes Ermida e Joaquina Maria. Felizmente ela foi registrada normalmente, portanto a questão do Armindo (acima) é completamente irrelevante.
@andrelas parabéns pelo achado da Conceição! Essa freguesia é populosa e os livros são grandes, vc deve ter visto muitas folhas até chegar lá :-)
Sobre o caso do Armindo: é realmente interessante do ponto de vista genealógico, mas ainda que a brasileira fosse descendente direta dele isso não teria grandes impactos no processo de nacionalidade, pois para essa finalidade basta o fato de que ele é português. Talvez o conservador nem pedisse maiores esclarecimentos, já que “o filho da mulher casada presume-se do marido” (o que imagino seja a razão para ter constado o nome dele no assento).
Na margem onde destacou lê-se a abreviatura de “adulterino”, que é outra palavra usada para os filhos ditos “ilegítimos”. Hoje essa diferenciação foi felizmente abolida mas há de se compreender que à época havia a diferenciação - inclusive para fins de herança - entre filhos “legítimos” (havidos no casamento), “ilegítimos” ou “adulterinos” (filho de mulher casada cujo pai não era o marido) e filhos “naturais” (havidos de pai e mãe, ou apenas mãe, no qual os pais não tinham impedimento para casar e “legitimar” o filho posteriormente. Os filhos ilegítimos sofriam ainda grande preconceito na sociedade em razão dessa diferenciação…
@AlanNogueira
Apenas um pequeno ajuste, ilegitimos e adulterinos eram coisas mais ou menos diferentes.
Os adulterinos eram filhos de relacoes em que ambos os pais eram casados, mas nao um com o outro.
Os bastardos eram quando um dos pais era casado e o outro, solteiro.
E ainda tinha os naturais, quando ambos os pais eram solteiros. Esses ainda podiam ser legitimados, se os pais se casassem.
@eduardo_augusto obrigado pela correção, essas denominações dos legítimos/ilegitimos/naturais são mesmo um pouco confusas para mim. Já vi usarem “filho espúrio”’como sinônimo também, além do termo “bastardo” que eu pensava ser apenas uma forma pejorativa. Como diz o ditado, “a gente aprende todo dia e ainda morre burro” e hoje aprendi mais um pouquinho :-) Após seu comentário fui procurar para e achei esse artigo da Wikipedia que achei bem simples de entender, vou deixar o link para caso alguém mais se interesse pelo assunto https://pt.wikipedia.org/wiki/Filia%C3%A7%C3%A3o_ileg%C3%ADtima
@AlanNogueira , na verdade, como estava tarde, eu usei outro approach: como já sabia qual era a freguesia exata, limitei a busca no FamilySearch por esta freguesia e procurei por todos os filhos de mãe "Helena" (já que, pelo pai, não havia funcionado). Apesar de não estar corretamente listado na freguesia lá no FS (a leitura automatica não compreendeu o nome), o concelho estava e, com isso, apareceu algo parecido com Conceição (não me lembro que estava escrito exatamente, mas não era Conceição) ainda na primeira página de resultados. Fui lá olhar, e era. 😁
@andrelas 👏🏻👏🏻👏🏻
@AlanNogueira @eduardo_augusto , o poder que a Igreja tinha (e, por consequência, os padres) era absurdo. Entendo que há as regras religiosas e a visão do casamento dentro desta ótica, mas escrever "adulterino", impedir que se coloque o nome do pai porque os pais não são casados, etc, é um absurdo. Eu vi uma vez, nas minhas pesquisas, um batismo onde o padre dava um "sabão" na mãe no próprio documento. Não lembro exatamente como estava escrito, mas ele basicamente dizia que aquele era o terceiro filho dela, de pais diferentes, e que ninguém sabia quem eram os pais, etc, etc. Isso se estendeu por umas cinco linhas do batismo.
Não é à toa que o Estado precisou até mandar a polícia buscar livros em algumas paróquias devido à resistência dos padres quando da criação do registro civil em 1911...