Buscando familiares em Portugal.
Gostaria de ajuda Para encontrar certidões dos meus familiares em Portugal, pois pretendo fazer a cidadania portuguesa.
Estou usando o Family search para me ajudar, mas esbarrei em alguns dilemas de família. Por exemplo, meu avô veio de Portugal com 12 anos (aproximadamente), porém, os documentos que achei ele só tem registro na cidade de Jacarezinho no Paraná (Brasil), mas pelas histórias familiares, eles nunca estiveram lá.
Gostaria de uma ajuda ou um
Norte para tentar localizar.🙏🏻
Obrigado
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Comentários
@SauloFarto1982 coloque todos os dados que possui aqui no fórum que o pessoal ajuda a buscar. Informe nome, nome dos pais, data aproximada de nascimento, nome do cônjuge, filhos e se souber irmãos tbm… se souber o local de onde veio ou informações do desembarque coloque tbm. Quanto mais informações maior a chance de alguém obter sucesso na busca.
Bom dia, muito obrigado.
Vamos lá:
Avô: Mário Farto
Nascimento: entre 1916/1917 em Portugal, registrado no Brasil em Jacarezinho/PR, quando era adolescente (entre 12 e 16 anos de idade)
Pai: José Domingos Farto, nascido em Portugal
Mãe: Maria Miguel (acredito que tenha Domingues após casado)
Irmãos: Guiomario Farto e Herminda Farto
Nossa família se fixou entre as cidades de Santos/SP e Guarujá/SP (uma parte do Guarujá que era Santos antigamente).
eu localizei no Family search essa certidão de óbito, que me parece do meu bisavô, estou confirmando com minha mãe e tias.
@SauloFarto1982
Tem muitos nomes parecidos em Leiria... Mas acredito que o José Domingos Farto, pai de Mario, era este de Vieira de Leiria, Concelho de Marinha Grande, Leiria https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/c8fe3533056f4f3593649e27774903a9?isRepresentation=false&selectedFile=46271283&fileType=IMAGE nascido 1887. Na margem esquerda deste registro consta que se "casou a 14.1.1920 e no civil a 14.1.1914" o que nao faz muito sentido, talvez tenha sido o contrario...
Note que o nome da mãe nao confere com o registro de obito que voce possui mas o avô materno tinha o sobrenome "Pedro", que pode ser apenas a confusao de quem declarou o obito, especialmente tendo falecido 83 anos era comum que o declarante nao soubesse a informacao. Obitos sao notorios por esses tipos de erro e sao os documentos menos confiaveis na busca, portanto devem ser vistos com reserva.
De todo modo se for este, Mario nasceu em 1917 deve ter sido nesta mesma região, os registros apos 1911 ficam nas conservatorias, voce pode confirmar com Conservatoria por email ou telefone ou entao se estiver disposto a arriscar 10 euros pedir diretamente pelo civilonline, costumam atender em no maximo 2 dias - MAS SIGA O GUIA ATÉ O FINAL PARA CONSEGUIR FAZER O PEDIDO COM MAIS DE 100 ANOS: Como solicitar certidões pelo civilonline além disso indique a freguesia do pai e mencione que nao tem certeza absoluta da freguesia de nascimento.
Acredito que este seja o passaporte do Jose Domingos Farto em 1922 infelizmente nao tem nenhuma informacao sobre filiacao, naturalidade ou acompanhantes para confirmar https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/4be08984d7f84b119ce4814a54ccefb6?isRepresentation=false&selectedFile=45810721&fileType=IMAGE
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Olhando a arvore da sua familia acredito que voce também descenda de portugueses por este outro ramo que também viveu em Santos, mas não tenho elementos para afirmar categoricamente, depois confirme por favor:
Joaquim - Batismo n. 30/1908 em 09/05/1908 - Freguesia de Anreade, Concelho de Resende, Viseu - https://cloud.archeevo.pt/viewer/descriptions/23589/685809 ele se casou no Brasil (Santos) com Esmeralda Eleutério.
Consta com sobrenome "Rabaça" ao inves de "Chaves". A data de nascimento confere com a data de nascimento declarada no casamento. No entanto o pai Antonio se apresentou no Brasil com o sobrenome "Rabaça Chaves" o que confirma se tratar da mesma familia https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3QHK-PQMM-3H7N?view=index&cc=5000160&lang=pt&groupId=
@SauloFarto1982 , se este óbito for mesmo do seu bisavô, quase certamente este é o nascimento dele (imagem 4, direita, no. 15):
https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/c8fe3533056f4f3593649e27774903a9?isRepresentation=false&selectedFile=46271283&fileType=IMAGE
Digo isso porque no óbito está claro que o obituado nasceu na freguesia de Vieira de Leiria, concelho de Marinha Grande, distrito de Leiria. Como se trata de uma freguesia pequena, a chance de um homônimo não é grande, mas sempre é preciso confirmar. Os documentos da freguesia estão aqui:
https://tombo.pt/f/mgr02
Poderia postar aqui os documentos que você possui (não que encontrou no FamilySearch) e que referenciem seu avô? Por exemplo, casamento, óbito, nascimento de filhos, etc, sempre escaneados ou fotografados de forma que permita ler com facilidade. Só evite postar documentos muito recentes ou de pessoas ainda vivas por segurança, ok? Nestes casos, você pode extrair os dados importantes (nomes de pai, avós, datas, etc) e postar o que achar que não tem problema.
Continuando na HIPÓTESE do documento acima ser do seu bisavô: à margem, está averbado o casamento dele. Embora não diga onde, suponho que seja na mesma freguesia (Vieira de Leiria, concelho de Marinha Grande, distrito de Leiria), oque também nos faria supor que seu avô Mário tenha nascido ali. Como só estão online documentos até 1911, ano em que se iniciou o registro civil em Portugal, seria preciso solicitar via CivilOnline e ver no que dá. São dez Euros e pode ser que sejam perdidos, caso este acima seja um homônimo ou caso seu avô tenha nascido em outra freguesia. Alternativamente, tendo mais dados, podemos tentar continuar a pesquisa e ver se conseguimos um nível maior de certeza.
De qualquer forma, vou dar mais uma pesquisada por aqui.
@SauloFarto1982 , você tem certeza de que seu avô Mário nasceu em Portugal? Este aqui não seria ele?
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_02&pesq=%22mario%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=26124
Se for, no edital de casamento diz que ele seria brasileiro. Quando você disse que ele foi "registrado no Brasil quando era adolescente", você quis dizer que ele nasceu em Portugal mas o pai o registrou de novo aqui como se tivesse nascido no Brasil?
Você não citou acima, mas ele teria tido um irmão Elizeu, que morreu jovem?
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_02&pesq=%22mario%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=40191
E creio que confirmamos que aquele óbito é mesmo do seu bisavô, pois a data bate:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_05&pesq=%22mario%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=10289
No capítulo das curiosidades, seu avô foi um dos feridos em um grande desabamento ocorrido em Santos:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_04&pesq=%22mario%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=29226
Ele faleceu muitos anos depois:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_08&pesq=%22mario%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=95496
E aqui está o óbito da sua avó:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_09&pesq=%22mario%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=171976
@SauloFarto1982 ,
óbito de outro irmão do Mário:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=153931_02&pesq=%22jose%20domingos%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=47860
E outro:
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=896179&pesq=%22jose%20domingos%20farto%22&hf=memoria.bn.gov.br&pagfis=83846
@SauloFarto1982 , o casamento de Mário Farto e Maria Natário:
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:XS34-C1P1?lang=pt
Assim como a maioria dos documentos de São Paulo, infelizmente só pode ser acessado num Centro de História da Família. Seria interessante ver o que é dito da nacionalidade do Mário mas, a julgar pelo edital publicado no jornal que mandei acima, deve estar dizendo que ele é brasileiro. Entendo que isso não é necessariamente verdade, mas mesmo que ele tenha nascido em Portugal isso deve acrescentar obstáculos ao processo.
Sua mãe ou pai (filho/filha do Mário) ainda é vivo(a) e está com boa saúde? Se sim, uma coisa que você poderia considerar seria fazer a cidadania dele(a) como neto(a) de português (já temos o nascimento do seu bisavô José, avô dele(a), acima) e, depois, fazer o seu como filho. Sim, acrescenta tempo e dinheiro ao processo, mas caso realmente exista uma salada documental do Mário, ou caso você não encontre o nascimento em Portugal, é uma alternativa.
Óbito do Guiomário, irmão do Mário (creio que foi você quem anexou à árvore):
https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:65J3-D3KP?lang=pt
@andrelas @SauloFarto1982
O casamento está legível aqui, ao menos em extrato: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CS6V-C9CP-Q?view=index&personArk=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3AX9BV-1YG4&action=view&cc=2765317&lang=pt&groupId= Mario Farto aparece como brasileiro nascido em Jacarezinho-PR, talvez valha a pena pedir o no cartorio o desarquivamento dessa habilitação de casamento para verificar o que foi apresentado para casar. Como mencionou que a familia supostamente nunca viveu em Jacarezinho, talvez valha a pena investigar essa situação...
Interessante que o pai da Maria Natário também era Portugues de Mira, Coimbra https://familysearch.org/ark:/61903/1:1:6FFX-VFNP?lang=pt, a confirmar esses registros são pelo menos 3 ramos com ascendencia portuguesa, resta verificar se o(a) neto(a) dessas pessoas está vivo(a) para fazer o pedido e verificar qual ramo a documentação está mais "redonda" (leia-se divergências ou com menos erros) para fazer o pedido
@AlanNogueira , como nessa área de genealogia estamos sempre aprendendo, pergunto: como você encontra o documento a partir do primeiro link (que eu mandei), uma vez que o primeiro link não mostra o documento? Você faz uma nova busca até encontrar (usando outros termos) ou tem algum macete? 😁
@andrelas também aprendo todo dia aqui com os colegas. Quando a este registo na realidade encontrei atraves de outra busca... o Family Search é uma ferramente excelente mas como a indexação é feita muitas vezes por computador e a tecnologia de leitura otica de textos manuscritos ainda está longe de ser perfeita, acontece muito de ter pequenas variações no nome, as vezes uma letra (como no caso deste casamento, repare que no link que voce mandou é Maria Natário, com N, e no outro está Maria Matário, com M). Além disso ainda que esteja indexado certo, também é comum ter variação de nome de um registro para o outro, usando outros sobrenomes etc. Em muitos casos os registros civis são cadastrados em 2 coleções diferentes, a digitalização do livro de registros (que na maioria fica bloqueada a imagem) e em algumas cidades tem os "livros talão" que são mais ou menos uma copia da certidão "breve relato" que foi entregue para a pessoa (geralmente com a imagem livre para visualização, como neste caso). Não tem muito segredo, é preciso ir fazendo as buscas variando os nomes, os sobrenomes, as vezes colocando o nome só de uma pessoa, as vezes do casal, as vezes dos pais... contar tbm um pouquinho com a sorte kkk... até alguma coisa dar certo :-)
@AlanNogueira , ah, entao tranquilo, obrigado! :-) Eu tambem faço um monte de buscas com diversas variações, ou então mudando o "papel" das pessoas (colocando a pessoa como pai, ou como a pessoa procurada de fato, etc), ou então colocando e tirando segundos nomes, etc.
Como você disse, o FS é indispensável e, sem ele, a gente não teria quase nada, mas ele precisava de uma senhora atualização no motor de buscas, que é muito ineficiente. Não se trata nem mesmo da indexação errada (seja pelo OCR falho, seja porque o voluntário que indexou não fala a língua do documento e fez besteira), porque às vezes procuramos pelo nome certinho que está no FS e ele só acha a pessoa na terceira página de resultados, depois de um monte de gente com nomes ligeiramente parecidos, mas diferentes. Fora essa montanha de restrições de documentos (que não é culpa deles).
@AlanNogueira @andrelas
Sério, vocês são de outro planeta! Acompanho o fórum desde que iniciei o processo da minha família, anos atrás, e fico impressionado com a qualidade das pesquisas que vocês e alguns outros membros recorrentes são capazes de fazer. Parabéns, incrível!
@Sukita1914 , além de nós dois temos outros colegas no forum que também foram picados pelo mosquito da genealogia (que é um nome pomposo mas que na verdade nada mais é do que um vício legalizado). 😂 Mas, creia, não é nada muito complicado, não. Basicamente, além de ser metódico e organizado nas buscas e ter paciência e uma pitada de esperança de encontrar um documento que parece não existir às vezes, é só conhecer as ferramentas disponíveis. São muitas e mesmo hoje, mais de dez anos depois de começar nessa seara, vira e mexe eu vejo alguém usar uma que eu desconhecia (ou de uma forma que eu não sabia que podia usar).
Mas o que mais me apaixonou nessa comunidade de genealogia (e que de certa forma também é visto aqui nesse forum como um todo) é a disposição de ajudar, sem objetivo de recompensa, seja ela financeira ou de outro tipo qualquer. Quando comecei minhas pesquisas genealógicas pessoais tive MUITA, mas MUITA ajuda, gente que perdeu tempo me explicando como funcionavam as coisas, que me deu aula de história e cultura dos lugares para eu entender melhor os documentos, que procurou documento pra mim, que foi ao CHF pra mim, enfim, pessoas sem as quais eu não teria saído das minhas 30 e poucas pessoas para quase 2500 pessoas na árvore que tenho hoje. O que eu procuro fazer hoje aqui e em outros lugares é "pagar adiante" (pay forward) a boa vontade que tiveram comigo, nada mais. 😊
@Sukita1914 muito obrigado! O @andrelas falou muito bem, há muitos e muitos colegas aqui no forum que são verdadeiros experts neste assunto como @Kleber Silva Aguiar @CarlosASP @Guilherme Moreira @eduardo_augusto @andrelas @Nairolasai e tantos outros; eu nao sou profissional, fui aprendendo aos pouquinhos alguma coisa sobre as buscas e com o conhecimento que consegui acumular até aqui tento apenas retribuir a inestimável ajuda que recebi, passando adiante e tentando fazer com que a alegria que tive ao encontrar informações sobre meus antepassados chegue também as demais pessoas que se interessam sobre suas origens :-)
@SauloFarto1982
Entrada da família na Hospedaria dos Imigrantes de SP foi em 1913, Jose Domingos Farto, esposa Emília e um filho (Joaquim) confirma que Mário (1917) muito provavelmente nasceu no BR
(ver n. 7460)
https://www.arquivoestado.sp.gov.br/uploads/acervo/textual/hospedaria/L08A_087.pdf
Pessoal, boa noite.
Acabei de acessar o fórum e me deparei com um monte de informações valiosas sobre a minha família, vocês foram incríveis…. Sensacional!
@AlanNogueira e @andrelas em especial!🙏🏻🙏🏻
Informações dos meus tio-avós falecidos antes da minha mãe nascer. Infelizmente não localizei o da minha bisavó, Maria Miguel (talvez Maria Miguel Farto).
Acidente dos meus avós, de fato a loja caiu sobre eles, meu vô permaneceu internado por meses e teve encurtamento de perna, ficou manco a vida toda.
Existe um documento do meu vô, Mário Farto, de 1933, que fala que seria o registro de nascimento dele, anos após o nascimento, então, corrobora para a história que ele teria sido registrado no Brasil na adolescência. O problema é que esse documento é daqueles no Family Search que não estão disponíveis.
Vou anexar tudo o que tenho, pra ver se consigo avançar em algo mais.
Eu postei alguns documentos da família do meu pai também, pra poder buscar informações também.
Mas o foco ainda é meu avô materno, Mario Farto, pois temos muitos mistérios nessa história, que ele e a família não gostavam de falar sobre, etc.
@SauloFarto1982
As histórias familiares são uma fonte apenas indicativa e precisam ser vistas com bastante ceticismo. As coisas vão se perdendo entre as gerações e muita coisa se fantasia, seja para esconder algo ou simplesmente para dar um colorido mais glorioso à história mais comum de nossos antepassados que migraram para o Brasil: a maioria eram imigrantes pobres que buscavam oportunidades melhores outro lado do Atlântico. É bastante comum dizer que “o meu bisavô era português” quando na verdade descobre-se depois que os pais dele que eram PT (confundindo uma geração com a outra).
Dito isso, baseie-se principalmente nos documentos, que vão confirmar (ou não) essas histórias.
O caso do Mario Farto me parece típico, veja acima a entrada da família no Brasil em 1913 - pai, mãe é um irmão (Joaquim). Se ele nasceu em 1917, muito provavelmente foi no Brasil.
Este mesmo registro mostra que foram trabalhar na lavoura de café, não consegui entender bem o nome da estação, mas menciona o fazendeiro José Branco, que dá nome a uma rua na cidade de Brodowski/SP, curiosamente uma das ruas que limita com a estação da ferrovia Mogiana. Devem ter ido pra essa região, o que não quer dizer que ficaram por lá. Também pode ser Ourinhos, tambem tinha ferrovia, que fica bem perto de Jacarezinho (o que parece mais provavel). Meus antepassados do ramo espanhol passaram pela hospedaria de SP, foram pra uma fazenda no estado mas não se tem registo algum deles por essas terras: viveram a vida toda no Rio de Janeiro.
Para tirar a teima você pode pedir o desarquivamento da habilitação de casamento de Mário Farto no cartório (tem custo) e ver o que apresentou. Também pode pedir o inteiro teor do nascimento de 1933 que encontrou no FS direto no cartório onde foi registrado ou tentar desbloquear a imagem em um CHF.
Tambem pode pedir o assento de nascimento de Mário em Portugal através do civilonline (custo de 10 euros) mas acho que receberá resposta negativa. Talvez valha gastar esse dinheiro para descartar ou não essa linha, embora eu acha que não há registro por lá.
Se o filho(a) de Mário Farto estiver vivo(a) é neto de português e pode pedir a nacionalidade e depois passar pra vc. Se estiver falecido, o direito se perdeu por esta linha.
Você nao respondeu mas veja se o Joaquim que lhe mandei na primeira mensagem de fato se conecta com sua árvore ou de algum primo, valendo a mesma regra de que o neto(a) dele precisa estar vivo para pedir a nacionalidade, que é o foco aqui do fórum.
@SauloFarto1982
Complementando os comentários dos colegas:
Você já tem a certidão de nascimento de Manoel Farto? Seria o primeiro documento que eu buscaria (caso realmente haja algum neto de um PT vivo para obter a nacionalidade).
Se não tiver, existe essa indexação que indica um registro tardio provavelmente feito no Guarujá em 1933 (se a data de indexação estiver certa). Meu palpite é que teria sido registrado lá, mas indicando Jacarezinho como local de nascimento (o que bateria com o casamento que @AlanNogueira colocou):
https://www.familysearch.org/pt/tree/person/sources/GR3P-352
Essa parte bateria com a história familiar que ele foi registrado tardiamente.
Você tem dois caminhos para conferir essa certidão:
Um é presumir que a data de 1933 de registro foi corretamente indexada pelo FS e já pedir no cartório do Guarujá para verificar.
Outro é primeiro acessar o conteúdo da certidão para ter certeza do que diz, quando foi feita etc. Para isso, contatar um Centro de Historia da Familia para destravar (gratuitamente) o conteúdo. Aqui como achar o CHF mais próximo:
https://locations.familysearch.org/pt/br
@AlanNogueira aquele registro da Hospedaria menciona "Emilia" como esposa. Seria homônimo. ou o nome da esposa pode ter tanto Maria como Emilia, ou ele casou mais de uma vez?
Como o @andrelas disse, tem muitos "Domingos" ou "Domingues" Farto nessa freguesia em Leiria.
@CarlosASP de fato tem muitos homonimos nessa localidade... uma forma de descobrir se estamos com o batismo do José Domingues Farto correto seria buscar o casamento anotado na margem do batismo (que seria em 1914 ou 1920) - o que por si só já mostra uma inconsistencia com a chegada ao Brasil em 1913... Ou talvez seja anotacao do casamento BR com uma possivel segunda esposa Maria? É preciso investigar melhor isso... Outra coisa: lendo melhor a lista da hospedaria parece que está escrito Barretos, lá parece que havia um fazendeiro de nome José Branco também, que segundo reportagem morreu em 1916...
@AlanNogueira
Aquele Jose (da Hospedaria), casado com Emilia, deve ser um homônimo.
Ele aparece como Jose Domingos Farto (no passaporte) e também como Jose Pereira Farto (Pereira vem da mãe; passou a usar esse nome no BR). A esposa é realmente é Emilia (Domingues Boiça) e veio com um filho Joaquim de PT. Ao menos esse filho Joaquim foi morar em Barretos e depois foi parar no Paraná:
https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9VTZ-NJ5
No registro da Hospedaria que você colocou, esse Jose também aparece como filho de Antonio.
Tem mais outro Jose Domingos Farto, casado com outra Emilia (Miguella), na mesma freguesia. Mas é filho de Custodio. Aqui ele aparece como pai da criança:
https://digitarq.arquivos.pt/fileViewer/811034da8f6b4d55825ad55fd60b931c?isRepresentation=false&selectedFile=46276599&fileType=IMAGE
@SauloFarto1982
Além de obter obter o registro de Mário no Guarujá, também concordo com a sugestão do colega de obter os casamentos em PT para aquele José do batismo que @andrelas achou. É muita gente com o mesmo nome na mesma freguesia.
@CarlosASP voce tem toda razão, certamente é um dos homônimos
@CarlosASP é tanto nome igual que até o padrinho do José (encontrado pelo @andrelas e @AlanNogueira, nascido em 1887), cujo avô é José Domingos Farto, tb se chama José Domingos Farto !!!!!.
O nascimento da Maria Miguel tb pode conter alguma averbação.
Me deparei com isso algumas vezes em freguesias (ou cidades, no caso do Brasil) menores. Às vezes são mesmo muitos casamentos intrafamília (porque no final das contas, no início da vila, só tinha uma ou duas famílias ali) que multiplicam os mesmos nomes e sobrenomes, as vezes são sobrenomes toponímicos adquiridos, às vezes são costumes do local.
Minha esposa é de Paraty (RJ). Pesquisando a árvore dela, metade da cidade no século XIX e início do XX é de Beneditos e Beneditas... Pesquisando vi que boa parte dos habitantes (incluindo minha sogra) eram afrodescendentes, e entendi o porquê do nome quando vi o nome de uma das igrejas: Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito, que (da Wikipédia):
(...) é uma confraria de culto católico, criada para abrigar a religiosidade do povo negro, que na época da escravidão era impedido de frequentar as mesmas igrejas dos senhores.
Resumo: os escravizados eram sequestrados na África, trazidos para cá, e eram obrigados a escolher (para si e para os filhos) nomes "católicos". Qual era a Igreja que os abrigava? A de São Benedito. Daí, um monte deles eram Beneditos e Beneditas. Além disso, havia muitas "Beneditas dos Remédios", porque Paraty tem ainda a Igreja matriz de "Nossa Senhora dos Remédios" e, como os escravizados não tinham sobrenome português, esses eram atribuídos a eles, assim como "Nascimento", "da Graça", "de Jesus", etc, Daí a enorme quantidade de homônimos.
Uma vez fiz uma apresentação sobre genealogia e, dentre outras coisas, foquei em como a genealogia aproxima as pessoas e contradiz qualquer pensamento eugenista. Muitos ficaram surpresos, pois tinham da genealogia a impressão contrária, que seria uma ciência que acentua as diferenças, as "linhagens", mas não é assim, A genealogia mostra que somos todos primos em algum grau, e há estudos, como esse da Nature, que colocam o ancestral comum mais próximo a apenas 3 mil anos atrás. Enfim, isso é outro aspecto que me apaixona nessa seara: mostrar que somos todos parentes e combater o preconceito.
Sobre o sobrenome em si: muitas fontes acreditam que "Farto" é de origem espanhola (próximo a Portugal) e que deriva de uma alcunha (para os brasileiros, "apelido" - em Portugal "apelido" quer dizer sobrenome), como este:
Farto como apelido não é muito vulgar. Derivará de alcunha e as famílias assim nomeadas são representadas pelo brasão da figura…
O mais antigo de apelido Farto que se encontrou, em fontes Espanholas, refere-se a alguém residente em Leão que foi testamenteiro e herdeiro de um seu avô, no século X.
Existem referências a outro Farto que fez parte da lista dos participantes na reconquista de Tarragona, em 1118 e no seu repovoamento, ao serviço do Conde Berengário III de Barcelona (1118-1131).
Em Portugal no tempo de D. Afonso V (1446-1481) encontrou-se em Avis, em 1449, Pero Anes Farto numa “Carta de monteiro da mata de Vale de Cabeços”…
O cavaleiro Martim Farto é referido em 1487 e em 1493 nas Actas de Vereação de Loulé fazendo parte da gente abonada e de distinta ascendência que deixaram em testamento mandar celebrar aniversários e missas por alma, confiada às preces dos Franciscanos do convento de Nossa Senhora da Graça (destruído pelo terramoto de 1755 e do qual ainda resta o portal). Martim (M. F. Botão, 1999) deixou o usufruto dos seus bens em 1500 a André d’Ataíde, o qual é referido catorze vezes nas Actas de Vereação, nomeadamente em 1522 e 1523 como Juiz e em 1527 como Juiz dos Órfãos. A Rua de Martim Farto ainda assim se chama e dá acesso à Igreja Matriz de S. Clemente do lado Norte.
Com data posterior encontrou-se nos registos paroquiais de S. Clemente (Loulé) uma Isabel Farta Ichoa casada com João de Gois e falecida em 1597/12/27, já viúva. Isabel poderia ser filha do anterior Martim Farto, se tivesse falecido com mais de 96 anos de idade… ou sua neta.
Foram filhos de João de Gois e de Isabel Farta:
- Outro Martim Farto casado com Violante Neta e falecido em 1586/12/26.
- Beatriz Ichoa Viegas, nascida em cerca de 1540 e casada em 1567/5/14 com Álvaro de Taíde (filho de Diogo de Taíde Mascarenhas).
- Fernão Raposo casado com Guiomar Soares em 1562/12/7 e falecido em 1612/12/23:
- Luís Raposo casado com Leonor Leitão em 1570/5/14.
@andrelas muito interessante a história dos antepassados de Paraty. Sobrenomes devocionais eram muito comuns, lembro de um caso aqui do fórum que foi difícil de achar. O português era Fulano “dos Reis”, filho natural de mãe que tinha outro apelido… o palpite foi certeiro: nasceu 06/janeiro. Os decendentes brasileiros todos são “dos Reis” e achavam que vinha de alguma linhagem. São muitos sobrenomes inventados, na minha família mesmo temos o apelido “Viana” que foi incorporado pelo meu bisavô, nascido em Viana do Castelo :-)
Pessoal, muito obrigado mais uma vez, vocês me deram várias dicas e um belo norte.
@AlanNogueira De fato o registro na hospedaria não é do meu bisavô José Domingues Farto, trata-se de um homônimo. Inclusive a certidão de óbito do meu bisavô no FS estava anexado a essa família da hospedaria.
@CarlosASP ja peguei o endereço aqui da igreja onde fica o centro de pesquisa em Santos, vou agendar para ter acesso as imagens bloqueadas.
Esse registro de nascimento tardio em 1933, no Guarujá (Santos) me traz a esperança de que de fato ele tenha nascido em PT e registrado adolescente no Brasil.
o fato de ter a anotação na certidão de nascimento do meu bisavô com o ano 1914 é 1920, pode trazer indícios que eles vieram para o Brasil apoia 1920, pois eles nunca mais voltaram lá para ter movimentação nesses documentos, e o meu vô ter nascido em 1916, antes desse último registro de 1920, traz uma linha de que pode ter um registro perdido em PT.
Penso em investir os 10 euros que o @AlanNogueira aconselhou e tentar a sorte…rs
No demais, estou organizando as informações que vocês me ajudaram a levantar, evidências, reportagens, etc., que já trouxe muita felicidade e será a pauta do encontro da família nesse final de semana.🙏🏻🙏🏻🙏🏻
Tem como ponto importante também no contexto, o passaporte concedido somente ao meu bisavô em 1922, e não pode ser o homônimo, pois ele ela estava no Brasil desde 1913.
Então corrobora com a tese do meu avô, Mário Farto, ter nascido em PT e vindo criança / adolescente pro Brasil.
Então corrobora com a tese do meu avô ter nascido em PT, em 1916, a irmã do meu avô Herminda Farto (depois que casou Herminda Farto Ferreira) que nasceu em 1918 e irmão Guimario Farto em 1920.
@SauloFarto1982 tendo esse indício arrisca pedir logo a certidão no civilonline para tirar a teima, o custo não é absurdo. Avalia tbm a sua outra linhagem, talvez seja opção caso essa não dê bom resultado…